Marcela Belchior – Adital
O enfrentamento ao terrorismo parece ter chegado, de fato, à pauta política do Estado brasileiro. Recentes declarações da presidenta Dilma Rousseff [Partido dos Trabalhadores – PT] atestam que o governo federal estuda consolidar uma participação ativa do país em ações de prevenção e combate à violência terrorista, tanto em âmbito internacional quanto no próprio país. Diante desse contexto, surge a pergunta: o Brasil teria potencial para ser um intermediador na resolução do conflito terrorista?
Em entrevista à Adital, a professora Lidice Meyer, doutora em Antropologia Social e coordenadora da Pós-Graduação Lato Sensu da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, afirma que, assim como o Brasil, todos os países deveriam se posicionar sobre a questão. “Todos os países, independentemente de sua confissão religiosa, deveriam se posicionar contra atividades terroristas, pois, independentemente de fundamentação religiosa, um ataque terrorista é uma agressão ao direito fundamental da vida humana, usando a violência física ou psicológica para desestabilizar uma situação de ordem”, explica. (mais…)