Policiais de MT devem cumprir quatro mandados em Juína e Jaciara. Operação apura crimes ambientais de terra indígena em Rondônia.
Dois mandados de busca e apreensão e duas conduções coercitivas devem ser cumpridos por policiais federais nesta terça-feira (8) na cidade de Juína, a 737 km de Cuiabá e em Jaciara, município a 143 km da capital mato-grossense. De acordo com a Polícia Federal, a operação ‘Crátons’, tenta combater crimes ambientes ligados à extração e comercialização ilegal de diamantes das terras dos índios Cinta Larga, em Rondônia. A investigação é um desmembramento direto da Operação Lava Jato.
Em Mato Grosso, a PF apenas informou que vai cumprir mandados nas cidades de Juína (1 condução e 1 busca) e Jaciara (1 condução e 1 busca).
A operação foi deflagrada inicialmente em Brasília, Rondônia, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia, Mato Grosso e Pará. A investigação apurou que uma organização criminosa, formada por empresários, advogados, comerciantes, garimpeiros e até indígenas.
O grupo era responsável por financiar e promover a exploração de diamantes no chamado ‘Garimpo Lage’, localizado no interior da Reserva Indígena Parque do Aripuanã e de usufruto dos indígenas da etnia Cinta Larga.
Em todo o país devem ser cumpridos 90 mandados judiciais, sendo 11 de prisão preventiva, 41 de busca e apreensão, 35 de conduções coercitivas, além de três intimações para comparecimento a oitivas. A PF também identificou a participação de uma cooperativa e de uma associação indígena na extração ilegal dos diamantes.
Os investigados devem responder pelos crimes de extração de recursos minerais sem autorização, dano a unidade de conservação, usurpação de bem da união, receptação, organização criminosa, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
O nome dado à operação faz referência às estruturas geológicas que dão origem à formação dos diamantes, chamadas de ‘crátons’.