Como parte das comemorações dos 20 anos, a Boitempo anuncia o Boitatá, um selo infantil que não subestima a inteligência de seus pequenos leitores e procura promover o aprendizado, o questionamento e a construção do senso de justiça através de livros instigantes e envolventes. O novo selo tem início com a Coleção Livros para o Amanhã, lançada originalmente em 1977 pela extinta editora catalã La Gaya Ciencia (de Barcelona), que logo após a queda de Franco, e cheia de esperança para a nova geração, contratou uma equipe multidisciplinar de educadores para escrever em conjunto quatro livros.
De forma didática e ricamente ilustrados, os volumes que compõem a coleção pretendem ser uma introdução – aos pais e educadores, dentro e fora de sala de aula – a temas de interesse social e cidadania, além de promoverem um convite ao debate. Inéditos no Brasil, os livrinhos surpreendem por sua atemporalidade. Seguindo a inspiração da editora Media Vaca (de Valencia), responsável por “ressuscitar” os livrinhos em nova edição – preservando o texto, mas contratando artistas contemporâneos para repensar a arte e ilustrá-los –, a Boitempo também percebe que esse suposto “Amanhã” ainda não chegou, mas deseja que ele não tarde. A arte e as ilustrações que a Boitempo publicará com a tradução, portanto, não são da edição original, mas sim da edição de 2015, feitas por quatro artistas espanhóis (um pra cada) em atividade.
Os dois primeiros títulos da coleção estão previstos para serem lançados no começo de dezembro: A democracia pode ser assim e A ditadura é assim. Os outros dois livros serão lançados no ano que vem: As mulheres e os homens e O que são classes sociais?.