Vladimir Platonow – Repórter da Agência Brasil
A morte de cinco jovens negros pela Polícia Militar no último sábado (28) foi repudiada ontem (3) durante manifestação no bairro de Madureira, na zona norte do Rio.
Dezenas de pessoas, principalmente jovens, saíram do Viaduto Negrão de Lima, onde fica a sede da Central Única das Favelas (Cufa), e seguiram em passeata até o Parque de Madureira.
Batizado de Ato Contra o Genocídio da Juventude Negra, a manifestação percorreu as principais ruas de Madureira. As pessoas carregavam cartazes e faixas contra a violência policial e o racismo no país.
A estudante de psicologia Hulliane Cardoso, que integra o grupo de teatro da Cufa, disse que o “racismo se apresenta de várias formas, desde a dificuldade em se pegar um táxi até a violência policial, quando armas são apontadas para jovens negros”.
O ato foi organizado pelo estudante de publicidade e escritor Bruno Rico, que convocou os participantes pelo Facebook. Segundo ele, “ser negro, pobre e morar em favelas se transformou em fator de risco no país”. Bruno espera que a manifestação seja a primeira de outras para denunciar a violência contra os jovens negros.
A manifestação foi acompanhada por agentes da Guarda Municipal, que estimou em 500 pessoas o número de participantes.
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Foto: Em ato contra o genocídio da juventude negra, manifestantes protestam pelas ruas de Madureira contra a morte de cinco jovens por PMs, no último sábado (28), em Costa Barros –