Nesta quarta-feira (25) tomou posse a nova Relatora de Direitos Humanos e Povos Indígenas, que atuará no mandato 2016. Em maio deste ano o Comitê de Seleção das Relatorias em Direitos Humanos elegeu Gersem Baniwa como relator, que precisou se afastar de suas atividades por problemas de saúde que exigem um longo tratamento.
Diante disso, a Coordenação Colegiada da Plataforma de Direitos Humanos – Dhesca Brasil, após diálogo com o então relator e com entidades que atuam na área, decidiu chamar para ocupar esta função a candidata que ficou em segundo lugar no processo de seleção, Erika Yamada, que prontamente aceitou o convite.
A Relatora assumiu suas atividades durante reunião da Coordenação Colegiada da Plataforma, que aconteceu em Curitiba nos dias 24 e 25 de novembro.
Conheça a Relatora
Erika Yamada é advogada, formada pela Universidade de São Paulo (2001) com mestrado em Direitos Humanos Internacional e Direito Humanitário pela Universidade de Lund, na Suécia (2005) e doutorado em Direito e Política Indígena pela Universidade do Arizona nos Estados Unidos (2009), com diploma validado pela Universidade de Brasília (2013) onde é colaboradora no Grupo de Pesquisa Moitará. Comprometida com o tema dos direitos dos povos indígenas como direitos humanos, colaborou e aprendeu com trabalhos de organizações indígenas brasileiras e estrangeiras e do ex Relator da ONU sobre Direitos dos Povos Indígenas. Foi advogada do Instituto Socioambiental e, como servidora pública, foi assessora e coordenadora-geral na Funai (atualmente em licença). “Através do efetivo diálogo entre sociedade e Estado, do diálogo intercultural, da participação e do respeito ao direito de consulta é possível construir uma sociedade mais justa e plural num país que reconheça a diversidade”, afirma Erika.
O que é a Relatoria
A Relatoria de Direitos Humanos e Povos Indígenas integra as Relatorias em Direitos Humanos, uma iniciativa da sociedade civil brasileira que tem como objetivo contribuir para que o Brasil adote um padrão de respeito aos direitos humanos. O Projeto foi implantado em 2002 pela Plataforma de Direitos Humanos com o desafio de diagnosticar, relatar e recomendar soluções para violações apontadas pela sociedade civil. Para averiguar as denúncias acolhidas, as Relatorias visitam os locais realizando missões, audiências públicas, incidências junto aos poderes públicos e publicam relatórios com recomendações para a superação dos problemas identificados.
–
Foto: Coordenação Colegiada e Secretaria Executiva da Plataforma com a Relatora Erika Yamada (ao centro)