Kidzania, onde se domesticam as crianças

Chega ao Brasil parque de diversões global que, em nome de “aprendizagem”, sugere limitar vida à lógica das empresas e marcas corporativas

Por Lais Fontenelle, Outras Palavras

“Deve ter alamedas verdes
A cidade dos meus amores
E, quem dera, os moradores
E o prefeito e os varredores
E os pintores e os vendedores
As senhoras e os senhores
E os guardas e os inspetores
Fossem somente crianças”
“A cidade ideal”, de Chico Buarque

Um empreendimento global para crianças entre 4 e 14 anos invadiu o subsolo do Shopping Eldorado, em São Paulo, nestas férias de verão. Prometendo mais do que fantasias a um preço “camarada” de 100 reais por criança e 50 por adulto, esse parque de diversões coloca empresas e produtos em contato direto com crianças, com a clara intenção de criar consumidores fieis a marcas “do berço ao túmulo”, como dizem os publicitários. (mais…)

Ler Mais

Conflitos com índios vão se agravar, prevê ex-presidente da Funai

“Os conflitos não ocorrem porque os índios têm terra demais”, diz o antropólogo Márcio Meira, ex-presidente da Funai. “Eles ocorrem porque os índios têm terras que interessam ao agronegócio.”

Roldão Arruda, Estadão

Há uma reação cada vez mais forte na sociedade brasileira às demandas das populações indígenas, na avaliação do antropólogo Márcio Meira, ex-presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai). A reação decorre do crescimento econômico e o consequente avanço sobre áreas ocupadas pelos índios por empreendimentos do agronegócio, da mineração e hidrelétricas, segundo o especialista. (mais…)

Ler Mais

Anistia Internacional destaca projetos do Congresso como ameaças aos direitos humanos de indígenas e quilombolas

Por Renato Santana, Assessoria de Comunicação – Cimi

O Informe 2014-15 da Anistia Internacional sobre violações mundiais de direitos humanos, divulgado nesta terça-feira, 24, destacou, em seu capítulo sobre o Brasil, iniciativas e projetos parlamentares, no âmbito do Congresso Nacional, entre as principais ameaças aos povos indígenas e comunidades quilombolas. Leia o informe na íntegra aqui(mais…)

Ler Mais

Lideranças Suruí afirmam ao presidente da Funai que não querem mais o projeto de carbono em suas terras

Patrícia Bonilha, Assessoria de Comunicação Cimi

Doze lideranças do povo Paiter Suruí, da Terra Indígena (TI) Sete de Setembro, localizada no estado de Rondônia, afirmaram ao presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Flávio Chiarelli, em uma reunião realizada na manhã de ontem (24), que desejam que o projeto de Carbono Florestal Suruí seja suspenso. Os principais argumentos apresentados pelas lideranças foram: as graves divisões ocorridas no povo; o não cumprimento das promessas de melhoria de vida da comunidade (enquanto, por outro lado, afirma que algumas poucas famílias têm se beneficiado bastante); o afastamento de lideranças e a centralização da representatividade do povo; e as ameaças feitas a vários integrantes do povo que, atualmente, se posicionam contrários ao projeto. (mais…)

Ler Mais

A mão de obra barata que não agrada a burguesia

Metade dos brasileiros nunca contrataria moradores de favelas: o retrato de uma sociedade onde ricos favorecidos veem pessoas como mercadorias subvalorizadas

por Joseh Silva, Carta Capital

Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Data Popular, que consultou a opinião de 3.050 pessoas em 150 cidades, 47% dos entrevistados nunca contrataria moradores de favelas para trabalhar em suas casas. Os dados explicitam a segregação social em que vivemos e diz muito sobre o preconceito que a burguesia tem em relação às favelas. A priori, a pesquisa ajuda a estigmatizar mais quem vive em condições precárias de moradia e atende a necessidade da burguesia de observar o comportamento do empobrecidos para intuírem como tirarão proveito econômico da situação. (mais…)

Ler Mais

Crônica da destruição do cerrado

A ideologia mórbida do capitalismo rural detonou o bioma mais antigo no país – responsável por quase 20 mil nascentes – e isso impacta o Brasil inteiro.

Por Najar Tubino, na Carta Maior

O professor Altair Sales Barbosa, da PUC de Goiás, criador do Memorial do Cerrado, em Goiânia, nos últimos anos tem argumentado que o cerrado como bioma não existe mais, tamanha a destruição pelo avanço do agronegócio. Ele não é o único. Os mais otimistas consideram que em 2030 o cerrado não existirá mais, seguindo a média de extinção de dois milhões de hectares por ano. Ou seja, em 45 anos, contando do início da década de 1970 –o Programa de Desenvolvimento do Cerrado, chamado polo centro pelos militares, foi instituído em 1975-, a ideologia mórbida do capitalismo rural brasileiro detonou o bioma mais antigo no país, responsável por quase 20 mil nascentes, que abastecem oito das 12 regiões hidrográficas. As quatro mais importantes: do rio Paraná, do rio São Francisco e dos rios Araguaia e Tocantins. (mais…)

Ler Mais

Ex-Secretário de Estado de Meio Ambiente de Minas Gerais será julgado nesta sexta. Que seja feita justiça!

Movimento Pelas Serras e Águas de Minas

Nesta sexta, dia 27 de fevereiro de 2015, Adriano Magalhães Chaves, ex-Secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais, será julgado em processo nº 14.119154-4 que tramita na 8ª vara Criminal de Belo Horizonte, a partir de denúncia apresentada em abril de 2014 pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais. (mais…)

Ler Mais

Empresa Siderúrgica é responsabilizada por poluição em Piquiá de Baixo. Viva!

Justiça nos Trilhos

O Tribunal de Justiça de São Luís julgou na segunda-feira (23) os processos judiciais movidos por 21 famílias do bairro Piquiá de Baixo, em Açailândia-MA. As famílias reivindicam indenização por danos morais e materiais provocados pela empresa siderúrgica Gusa Nordeste. Em decisão unânime, os Desembargadores confirmaram que a empresa deve indenizar as vítimas, pela poluição provocada no bairro. (mais…)

Ler Mais

Nota do movimento Quem Dera Ser um Peixe sobre o Acquario do Ceará e suas águas turvas

Quem dera ser um peixe

PERGUNTAS IMPERTINENTES I

A respeito da oficialização da paralisação do Acquario e a manipulação da informação pelo governo:

1. Dos órgãos de comunicação, com honrosas exceções, mencionaram e replicaram exaustivamente apenas a nota do governo do Estado dando conta da paralisação da obra. Se o contraponto é essencial para o equilíbrio da informação, cadê a versão dos movimentos e dos três Ministérios Públicos que acompanham o caso com toda responsabilidade e acuidade há três anos?
(mais…)

Ler Mais