Energia elétrica 2015: vulnerabilidade sem precedentes, por Telma Monteiro

Telma Monteiro

Dá uma olhada na situação dos reservatórios das hidrelétricas no último dia 06 de fevereiro (tabelas da situação da energia armazenada, abaixo, comparam 06 de fevereiro de 2015 e 06 de fevereiro de 2014). 

Energia armazenada 06 02 2015

Energia armazenada 06 02 2014

Como o Brasil é dependente de energia hidrelétrica (crítica que tem sido feita pelos especialistas) e carece de investimentos em alternativas genuinamente limpas (social e ambientalmente falando), este governo nos colocou numa situação de vulnerabilidade sem precedentes. Não há campanhas para economizar, não houve preocupação em conter o consumo industrial e comercial, não foram tomadas medidas para fechar as torneiras das perdas em transmissão e distribuição e a sociedade não foi convidada a discutir quem são os verdadeiros vilões da atual escassez de energia elétrica.

Como disse o professor Celio Bermann, em entrevista ao IHU, o consumo residencial é de 25%. Quem fica com o grosso da geração? As indústrias eletrointensivas, principalmente de alumínio, aço, petroquímica, papel e celulose. Essas indústrias deveriam ser obrigadas a economizar e pagar mais caro pelo uso da energia elétrica, além de reformar seus parques com novas tecnologias, já que na verdade exportam energia e água embutidas nos seus produtos. Mas o governo insiste em planejar mais hidrelétricas como as previstas para o rio Tapajós. 

Leia mais sobre o assunto na matéria:

Fotos: UHE Santo Antônio, rio Madeira – PAC2
Energia armazenada em 06 de fevereiro de 2015. Fonte: ONS
Energia armazenada em 06 de fevereiro de 2014. Fonte: ONS

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