Sub-representação no Congresso

Canal Ibase

Quase 23 mil pessoas se candidataram às eleições de 2014, para as 513 vagas para deputados e 81 para senadores. Entre os eleitos, apenas 10% são mulheres. Para se ter uma ideia, 51% da população são mulheres e elas representaram 30% das candidaturas.

A representação desigual do Congresso, que reproduz as várias desigualdades sociais no país, também é bastante visível na diferença entre brancos e negros. Cerca de 51% da população brasileira é negra. Entre os candidatos, havia 30% de homens negros, 13% de mulheres negras. Na composição final do Congresso, há 21% de homens negros e apenas 3% de mulheres negras. Entre os indígenas, a questão é igualmente gritante – ou mais. Há 818 mil indígenas no país, pertencentes a 305 etnias mapeadas, falantes de 274 línguas. E no Congresso? Nenhum. Foram 75 candidatos, ninguém foi eleito. Apenas dois se tornaram deputados estaduais em todo o país.

O video abaixo, produzido pelo Inesc, mostra a nova composição do Senado e da Cãmara de Deputados e evidencia a sub-representação desses segmentos da população. Ainda assim, há muitos outros segmentos que poderiam ser citados, dependendo da perspectiva. A população LGBT é quase invisível no Congresso, assim como camponeses, habitantes da zona rural de uma forma geral, favelados, entre outros.

A desigualdade social se reproduz no Congresso e será mantida, se nada for mexido e esses representantes continuarem lá sem serem questionados.

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