Mulheres ganham em média 24% menos que os homens, mostra relatório

Yara Aquino – Repórter da Agência Brasil

Atualmente, as mulheres fazem 52% de todo o trabalho no mundo, mas quando estão em uma atividade remunerada ganham, em média, 24% menos do que os homens. Na América Latina e Caribe, elas ganham 19% menos e são frequentemente excluídas dos cargos superiores de gestão. Os dados sobre o desequilíbrio de gênero no mercado de trabalho estão no Relatório de Desenvolvimento Humano 2015, lançado hoje (14) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

A América Latina e Caribe é também a região com o maior percentual de trabalhadores domésticos, a maioria mulheres, somando quase 20 milhões de pessoas, ou 37% do total mundial, de acordo com o documento. O texto registra que essa é uma ocupação em que “as condições de trabalho frequentemente não são ideais”. (mais…)

Ler Mais

IBGE: desigualdades de gênero e racial diminuem em uma década, mas ainda são marcantes no Brasil

IBGE

Em dez anos, a situação das mulheres na sociedade brasileira melhorou, entretanto as desigualdades em relação aos homens permanecem significativas. Apesar de a jornada semanal dedicada aos afazeres domésticos pelas mulheres ter reduzido de 22,3 horas para 21,2 horas semanais, elas acumulam 5,0 horas semanais a mais na jornada total de trabalho em relação aos homens. Essa situação ocorre porque a jornada no mercado de trabalho das mulheres se manteve em 35,5 horas semanais, enquanto essa jornada para os homens passou de 44,0 para 41,6 horas semanais, sendo que eles mantiveram 10 horas semanais dedicadas aos afazeres domésticos (menos da metade da feminina). (mais…)

Ler Mais

Brasil sedia reunião da América Latina e Caribe sobre Década Internacional dos Afrodescendentes

Evento acontece em Brasília, entre 3 e 4 de dezembro, com a participação da Ministra das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos e do Alto Comissário das Nações Unidas para Direitos Humanos

SEPPIR

A primeira reunião regional sobre a Década Internacional de Afrodescendentes, abrangendo a região da América Latina e Caribe, será realizada em Brasília/DF, entre os dias 3 e 4 de dezembro. O encontro, coordenado pelo Escritório do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, será realizado em parceria com o governo brasileiro, por meio do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos – responsável por coordenar as ações da Década no Brasil, e a Procuradoria-Geral da República. (mais…)

Ler Mais

Detenta grávida é jovem, negra e ré primária, diz estudo

Do total de entrevistadas, 70% eram rés primárias e um terço tinha sido condenado a penas de até quatro anos de prisão

O Tempo

Rio de Janeiro. Jovem, sem ensino fundamental completo, negra, ré primária, respondendo por tráfico de drogas e cumprindo prisão provisória. Esse foi o perfil das presas grávidas e mães de filhos pequenos entrevistadas por pesquisadores da Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em duas unidades prisionais da região metropolitana do Rio. As informações são da Agência Brasil. (mais…)

Ler Mais

De que cor é esta ministra?

Barbara Reis – Publico

Desde o fim da monarquia, Portugal teve 75 governos e mais de três mil governantes. Eram todos brancos. Até hoje, nestes 100 anos de vida republicana, não houve um único ministro “diferente”, alguém que não fosse branco como a maioria. Esta quinta-feira, Francisca Van Dunem, que é negra, tomou posse como ministra da Justiça. Mas aquilo que é óbvio dizer — “a nova ministra da Justiça de Portugal é negra e isso nunca tinha acontecido” — abriu um debate. Como é a primeira vez, o debate nunca tinha acontecido. E por isso vale escrever: em 2015, Portugal deu posse a um primeiro-ministro de origem goesa, a uma ministra negra de origem angolana e a um secretário de Estado filho e neto de ciganos. (mais…)

Ler Mais

A Negra Consciência dos Direitos Humanos

Plataforma Dhesca

O dia 20 de novembro marca o dia da Consciência negra no Brasil. Instituído oficialmente desde 2003, essa data já é secular para as organizações e movimentos negros, pois faz homenagem à Zumbi dos Palmares, negro escravizado que lutou juntamente com sua companheira Dandara pela liberdade do povo negro no Brasil e que foi assassinado em 1695.

O debate em torno da defesa dos direitos humanos não pode se abster da transversalidade da questão racial, já que muitas das violações de direitos têm como pano de fundo o imaginário da superioridade (e inferioridade) de determinados grupos raciais. (mais…)

Ler Mais

Sobre ser negra e lutar contra o silenciamento

Se você é uma mulher negra, não se cale. Nós não estamos ganhando nada com o nosso silêncio. As outras pessoas que aprendam a ouvir

Julia Drummond* – Carta Maior

Aos que não me conhecem, meu nome é Júlia, tenho 23 anos, sou mulher cis, hetero, negra e universitária. Me formei recentemente em Direito na USP e acabei de ser aprovada no mestrado em Direitos Humanos na mesma Universidade. (mais…)

Ler Mais

Jessé Souza: ‘A desigualdade é mais grave que a corrupção’

Em novo livro, sociólogo e presidente do Ipea critica cientistas e classe média tradicional

Por Nice de Paulo, em O Globo

RIO – Depois de dizer que os 40 milhões de brasileiros que ingressaram no mercado de consumo nos últimos anos não formavam uma classe média – como então alardeava o governo -, Jessé Souza, que assumiu a presidência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em abril, promete mais polêmica com o livro “A tolice da inteligência brasileira”, que chega às lojas nos próximos dias. Nele, o sociólogo afirma que o Brasil não tem uma classe alta, mas sim uma “classe de endinheirados”. (mais…)

Ler Mais

Poder simbólico e manipulação

Por Thiago Burckhart*, para Desacato.info.

Pierre Bourdieu, um dos maiores pensadores do século XX, cunhou o termo poder simbólico. Essa categoria visa expressar e ao mesmo tempo denunciar os mecanismos de poder e dominação que se disseminam de modo invisível na dimensão simbólica da vida, por meio dos discursos e da comunicação de modo geral. Expressa, portanto, o poder das palavras enquanto potência no âmbito da vida de criar performatividades, ou seja, ações. (mais…)

Ler Mais