Curtindo Nimuendaju, por José Ribamar Bessa Freire

Em Taqui Pra Ti

Curt Nimuendaju morreu como viveu: entre os índios. Foi numa aldeia ticuna no Solimões, em 10 de dezembro de 1945. Ele tinha 62 anos. Nesta quinta-feira, aos 70 anos de sua morte, o Museu do Índio do Rio de Janeiro lançou o livro de sua autoria “Reconhecimento dos Rios Içana, Ayari e Uaupés” com texto e fotos de 1927, além de dados sobre as línguas faladas na bacia do Rio Negro, organizado pelo antropólogo Renato Athias, que na ocasião debateu com a linguista Marília Facó e este locutor que vos fala.

Na minha fala, sugeri que a vida de Nimuendaju daria um filme, cujo roteiro tentei esboçar de brincadeirinha. Cheguei até a propor o nome do ator para interpretá-lo: José Mayer, que tem o physique du rôle. Ele contracenará com Kentapí, índia Canela e com Ireti, Apinajé, namoradas de Nimuendaju com quem casou, que serão interpretadas não por atrizes profissionais, mas por leitoras selecionadas por esta coluna (cartas e fotos para a redação). A direção será de Cao Hamburger, que mostrou entender do riscado com “Xingu” e “O ano em que meus pais saíram de férias“. (mais…)

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Chuva ameniza fogo na Terra Indígena Caru, no MA, mas situação ainda é crítica

Com as TIs Caru e Awá – onde habitam indígenas dos povos Guajajara e Awá Guajá e há grupos de Awá Guajá isolados – já são cinco os territórios indígenas que sofreram queimadas em 2015 no Maranhão. O caso mais grave foi o da TI Arariboia, que teve 45% de seu território devastado pelo fogo

No Cimi

Depois da chuva que caiu ontem na Terra Indígena (TI) Caru, no Maranhão (MA), os focos de incêndio que ameaçavam mais diretamente o grupo de indígenas Awá Guajá isolados na área foram controlados. Ainda assim, muitas áreas de caça e coleta, indispensáveis à sobrevivência dos indígenas, foram queimadas, e outros focos ainda resistem em outras partes deste e de outros territórios tradicionais. Apesar da chuva, ação reduzida do Estado no combate ao fogo coloca matas e povos indígenas em risco. (mais…)

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Eduardo Cunha barra indígenas, por Egon Heck

No Cimi

Mais um final de dia melancólico e revoltante no espaço dos Três Poderes. No estacionamento do Anexo II, uma cena que expressa o atual momento porque passa o país. Indígenas, depois de uma tarde toda de espera para participar de uma sessão de homenagem aos 20 anos da criação da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, são constrangidos a uma improvisada sessão de desabafos diante de uma vergonhosa negativa de entrarem no plenário 9. Lá dentro, o cambaleante todo poderoso presidente da Câmara permaneceu irredutível diante das solicitações de entrada dos índios. “Estamos jogados que nem cachorro, diante dessa casa que foi construída com nosso dinheiro”, desabafou Gercília Krahô. (mais…)

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Lideranças indígenas apresentam, na PGR, reivindicações contra a PEC 215 e a construção de hidrelétricas

Eles estiveram mobilizados em Brasília entre os dias 7 e 10 de dezembro também contra o projeto Matopiba e a CPI da Funai e Incra

MPF

Lideranças indígenas dos Mundukuru, Xerente, Kraho, Canela, Apinajé, e Avá Canoeiro estiveram na noite dessa quinta-feira, 10 de dezembro, na sede da Procuradoria-Geral da República, em Brasília, para apresentar uma série de reivindicações e manifestar o descontentamento com vários atos do poder público em face dos povos indígenas brasileiros. Entre os principais pontos debatidos estão a PEC 215, projeto que transfere do poder Executivo para o poder Legislativo a exclusividade na demarcação de terras indígenas, a construção de hidrelétricas em Tocantins e no Pará, problemas de saúde, falta de atuação da Funai e o projeto do Governo Federal Matopiba, que prevê exploração agropecuária nos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.

A visita à PGR é um dos atos do protesto que ocorreu entre os dias 7 e 11 de dezembro, reunindo mais de 200 indígenas em Brasília. As lideranças repudiaram a postura e a atitude de parlamentares que aprovaram a PEC 215 na Comissão Especial da Câmara dos Deputados. Quanto ao tema, a subprocuradora-geral da República Deborah Duprat noticiou que “o Supremo Tribunal Federal já sinalizou que irá considerar a proposta inconstitucional. ” (mais…)

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“O governo faz a barragem como se fosse escondida”, dizem Munduruku em reunião na ONU

Cimi

Ontem pela tarde, três lideranças dos povos indígenas Karajá de Xambioá, Krahô e Apinajé, do Tocantins, e outras três Munduruku, do Pará, foram recebidas pela Assessoria de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), em Brasília, para falar sobre a situação de violações e ataques que enfrentam atualmente.

Os indígenas falaram a respeito de suas preocupações com a PEC 215 e todos os danos que a proposta causaria, caso aprovada, para terras indígenas demarcadas e não demarcadas e para todos os povos indígenas do Brasil. Os indígenas também falaram sobre o aumento da violência e sobre as situações em que ela é praticada, inclusive, por agentes do próprio Estado brasileiro. (mais…)

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Manifestação por índios isolados durante visita do Governador de Mato Grosso a Paris

Survival International

Uma manifestação na COP21 em Paris esta semana pediu a defesa dos índios isolados Kawahiva, cujo território em Mato Grosso está sendo destruído ilegalmente.

O ato coincide com a visita do Sr. Pedro Taques, Governador de Mato Grosso, a Paris para a conferência global do clima.

Apoiadores da Survival International, o movimento global pelos direitos dos povos indígenas, protestaram na COP e geraram apoio para a campanha global para salvar os Kawahiva. (mais…)

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Asamblea Global de las Luchas de los Pueblos en París

Cobertura La Vía Campesina – COP21

París – En el área principal de la Zona de Acción Climático, ZAC espacio de la sociedad civil alterno a la COP21,   y  tras una emotiva mística, diferentes delegadas y delegados de La Vía Campesina  compartieron distintas luchas de los pueblos alrededor del mundo,  por el derecho de la humanidad a la soberanía alimentaria, como parte fundamental para recuperar la dignidad y la soberanía de los pueblos.

En el contexto de la soberanía alimentaria es muy importante defender los derechos de los trabajadores y trabajadoras, lo ha  resaltado un delegado de la Confederación Americana de Trabajadores, quien recalcó que en la Cop21 no se están tratando problemas ni soluciones reales y valoró el espacio de la sociedad civil, que reúne a la gente de los pueblos, en los que realmente se encuentra la gente con ganas de un futuro limpio. (mais…)

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Denuncian exclusión de los derechos humanos en parte vinculante de Acuerdo Climático

Por Jorge Agurto

Servindi, 11 de diciembre, 2015.- Redes y coaliciones sociales de todo el mundo denuncian que los países que juegan un papel clave en las negociaciones climáticas se mantienen reticentes a mencionar el respeto de los derechos humanos en la parte vinculante del Acuerdo Climático.

En un conferencia de prensa realizada el jueves 10 de diciembre acusaron a Estados Unidos y los países del Golfo, liderados por Arabia Saudita, de ser los países que ponen mayores trabas para dicha inclusión. (mais…)

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‘Comunidades tradicionais estão sendo varridas do mapa’

Ativista que participa de evento do CEAF defende manutenção de grupos em reservas ambientais

CEAF-ESMP

As comunidades indígenas e tradicionais são exemplos da diversidade humana e têm um importante papel na preservação do meio ambiente, mas estão sendo varridas do mapa pelo modelo de desenvolvimento econômico que adotamos.

Essa é a opinião da jornalista e ativista socioambiental Tania Pacheco, coordenadora-executiva do Mapa dos Conflitos Envolvendo Injustiça Ambiental e Saúde no Brasil que participa nesta sexta-feira (11) do seminário “Comunidades Tradicionais e Unidades de Conservação”, realizado pelo CEAF no município de Registro. (mais…)

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MPF denuncia ação etnocida e pede intervenção judicial em Belo Monte

Depois de extensa investigação, procuradores concluem que o projeto de desenvolvimento do governo brasileiro promove a destruição da organização social, costumes, línguas e tradições de povos indígenas

MPF PA

O Ministério Público Federal iniciou processo judicial na Justiça Federal em Altamira em que busca o reconhecimento de que a implantação de Belo Monte constitui uma ação etnocida do Estado brasileiro e da concessionária Norte Energia, “evidenciada pela destruição da organização social, costumes, línguas e tradições dos grupos indígenas impactados”. A ação etnocida comprovada por longa investigação do MPF acaba por ser potencializada com a recente permissão de operação, por conta do descumprimento deliberado e agora acumulado das obrigações de todas as licenças ambientais que a usina obteve do governo.

Por isso, a ação do MPF pede também a decretação de intervenção judicial imediata, por meio de uma comissão externa, sobre o Plano Básico Ambiental do Componente Indígena de Belo Monte, o chamado PBA-CI, ou Programa Médio Xingu, que foi aprovado pelos órgãos licenciadores mas está sendo implementado de maneira totalmente irregular pela Norte Energia. A intervenção, de acordo com a proposta do MPF, promoveria a readequação dos programas e funcionaria como uma auditoria externa independente para garantir a transição da situação atual, de ilegalidade e ação etnocida (onde deveria haver mitigação e compensação), para uma situação em que o dinheiro público que financia a obra seja efetivamente usado em benefício dos povos afetados por ela. (mais…)

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