Desde a morte de Marçal, há 31 anos, 12 líderes indígenas foram mortos

Caroline Maldonado, Midiamax

Não bastassem as mortes por suicídio, desnutrição e pela violência interna resultante do processo de aldeamento, que colocou os índios em pequenas áreas, as comunidades Guarani Kaiowá e Terena amargam assassinato de, pelo menos, 12 lideranças nos últimos 31 anos. Tudo isso, porque os índios reivindicam, no total, apenas 2% da área de Mato Grosso do Sul, Estado que tem a segunda maior população indígena do país. Enquanto, os fazendeiros esperam indenização do Governo Federal por seus títulos de propriedade, os índios não aguentam mais esperar e seguem com o que chamam de “retomada”. (mais…)

Ler Mais

Índio assassinado é enterrado a poucos metros da área ocupada pela sede da fazenda Fronteira

Por Suki Ozaki

Nossa equipe esteve ontem em Antônio João, na Fronteira com Paraguai, para cobrir o enterro do indígena SiMEÃO, 22 anos, que foi assassinado com um tiro no rosto no sábado. Constatamos o clima tenso, dentro das áreas de conflito, com uma espécie de “calmaria” antes que tudo possa ir pelos ares a qualquer momento. Boatos e mentiras circulam a rodo. Não tivemos nenhuma dificuldade para fazer matéria com os guaranis caiuás, mas os fazendeiros não quiseram falar com nossa equipe. No pequeno vilarejo de Campestre a vida seguia seu curso, as pessoas tomavam tereré em seus quintais e não queriam muita conversa. Entre boatos e mentiras, seguem os fatos.

 

(mais…)

Ler Mais

Indígenas convocam entrevista coletiva hoje em Brasília para denunciar assassinato em Ñanderú Marangatú (MS)

No Cimi

Brasília – Cerca de 70 professores e lideranças indígenas de seis povos (Guarani-kaiowá, Terena, Munduruku, Baré, kambeba e Baniwa) realizam na tarde de hoje, 1º setembro, atos em protesto ao assassinato de mais um líder Guarani-Kaiowá, Semião Vilhalva, de 24 anos. Ele foi alvejado durante um ataque armado realizado por cerca de cem fazendeiros e jagunços, acompanhados de políticos da região, ao acampamento indígena no último sábado, dia 29, no município de Antônio João, no Mato Grosso do Sul. Outros indígenas, incluindo crianças de colo, foram atingidos por balas de borracha. A área em disputa, Ñanderu Marangatú, é reconhecida e foi homologada como terra tradicional indígena desde 2005 pelo próprio Estado brasileiro. Em meio aos atos, que serão realizados em frente a órgãos públicos considerados responsáveis pela situação de abandono a que os povos indígenas estão relegados, será realizada uma entrevista coletiva às 15h30, no gramado lateral do Supremo Tribunal Federal (STF). (mais…)

Ler Mais

Anistia Internacional repudia assassinato de líder indígena no Mato Grosso do Sul e pede urgência na investigação

Anistia Internacional

A Anistia Internacional manifesta sua preocupação com o agravamento da violência contra o povo Guarani-Kaiowá no Mato Grosso do Sul. No dia 29 de agosto de 2015, um ataque às terras Ñanderú Marangatú no município de Antonio João, deixou mulheres e crianças feridas e o indígena Simião Vilhalva morto.

Ñanderú Marangatú é uma terra indígena tradicional Guarani e Kaiowá demarcada e homologada desde 2005. Entretanto, a suspensão dos efeitos da homologação, seguido por uma ordem de despejo, retirou os indígenas de suas terras. Cerca de 10 anos após a decisão, os indígenas decidiram retomar suas terras ocupadas por fazendeiros locais há uma semana. (mais…)

Ler Mais

Nota pública de Aty Guasu do Grande Povo Guarani e Kaiowá a todas as sociedades

Aty Guasu

É essencial se compreender que a última Terra Indígena Guarani e Kaiowa regularizada foi em 1928, essa terra foi demarcada pelo Serviço de Proteção aos Índios (SPI) em 1915.

Em primeiro lugar, o governo e a justiça federal deveria fazer demarcação das terras indígenas e julgamento e punição aos fazendeiros assassinos indígenas. Sem punição aos fazendeiros assassinos e mandantes de extermínio indígenas não vai parar as ações de extermínio/genocídio em andamento no Mato Grosso do Sul incitados pelos políticos anti-indígenas. Não existe nenhum fazendeiro assassino julgado e punido pela justiça do Brasil. (mais…)

Ler Mais

Enquanto se intensificam os ataques contra os povos indígenas no MS, governo federal segue inerte

No Cimi

Na noite deste domingo, 30, por volta das 21 horas, famílias indígenas de Ñanderú Marangatú sofreram novamente com ataques paramilitares de fazendeiros armados e seus jagunços. Os indígenas, fragilizados, famintos e aterrorizados, não esboçaram resistência, pois segundo eles o que houve ontem à noite “não foi confronto, foi uma nova tentativa de massacre”.

Desta vez o acampamento de retomada das famílias Guarani e Kaiowá foi invadido por mais de 60 pistoleiros, que entraram realizando disparos e ameaçando crianças, velhos, mulheres e homens. O novo ataque foi realizado sobre o território sagrado de Ñanderú Marangatú, na local onde se encontra a fazenda denominada Piquiri, sobreposta aos 9.300 hectares de chão tradicional homologados pela Presidência da República. (mais…)

Ler Mais

MS pede ação do Exército em área de conflito entre indígenas e fazendeiros

Nota: seria cômico se não fosse ridícula, em vez de trágica, a atual tentativa da imprensa empresarial de manipular o sentido das palavras, transformando em “retomada” a ação dos por ela chamados de “proprietários rurais”. Como pode ser visto no exemplo abaixo, agora indígenas “invadem” e “ocupam”; ruralistas, jagunços e pistoleiros “retomam”. Como se não bastasse, as referências a Simião Vilhalva, o jovem assassinado, são tão cheias de condicionais (como se não bastasse as declarações de advogados e políticos, ontem, de que o corpo teria de 24 a 36 horas de morto), que só falta efetivamente dizerem ter ele cometido suicídio! (Tania Pacheco).

* * *

Pedido foi enviado nesta segunda-feira (31) à Presidência da República. Indígena foi morto a tiros em área de conflito em Antônio João, no sábado.

Por Gabriela Pavão do G1 MS

O governo de Mato Grosso do Sul quer que o Exército atue na área de conflito entre indígenas e fazendeiros na região de Antônio João, a 301 km de Campo Grande, onde um indígena foi morto a tiros no sábado (29). A informação foi divulgada pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB) nesta segunda-feira (31), após reunião com representantes da segurança pública. (mais…)

Ler Mais

OAB MS: Nota de Esclarecimento e Crítica à demora do Governo Federal na resolução de conflitos de terra

“A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul (OAB/MS) informa a nomeação de um grupo de observadores que seguirá nesta segunda-feira (31) para o município de Antônio João com a finalidade de acompanhar in loco o conflito entre indígenas e proprietários rurais. A OAB/MS ressalta ainda a indispensável intervenção do Governo Federal, por meio do Ministério da Justiça, para solucionar o conflito”.

* * *

OAB/MS critica demora do Governo Federal na resolução de conflitos de terra em MS

OAB MS

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul (OAB/MS), Júlio Cesar Souza Rodrigues, classifica como irresponsável o descaso do Governo Federal na resolução de conflitos no Estado. Neste final de semana, houve evidências de violência no conflito entre indígenas e proprietários rurais, no município de Antônio João. (mais…)

Ler Mais

Indígena é morto no Mato Grosso do Sul em meio a tensão com fazendeiros, por Leonardo Sakamoto

No Blog do Sakamoto

Um indígena foi assassinado em uma fazenda no município de Antônio João, no Mato Grosso do Sul, neste sábado (29). De acordo com o Conselho Indigenista Missionário e com a Aty Guasu, que reúne lideranças Guarani Kaiowá, Simião Vilhalva foi morto por fazendeiros, que tentavam retomar uma fazenda ocupada que é reivindicada como território tradicional da comunidade Nhanderu Marangatu. Os produtores rurais negam.

A polícia afirma que não é possível ainda apontar a causa da morte, nem os executores. Uma reunião com dezenas de fazendeiros precedeu a ação dos proprietários rurais acusada de resultar na morte. (mais…)

Ler Mais

Corpo de Guarani e Kaiowá assassinado é entregue à comunidade e quem disparou tiros de borracha num bebê de colo?

No Cimi

Lideranças Guarani e Kaiowá relataram no início da noite deste domingo, 30, que o caixão com o corpo de Semião Vilhalva, indígena assassinado ontem durante ataque de fazendeiros contra o tekoha – lugar onde se é – Ñanderu Marangatu, foi entregue à comunidade por um motorista terceirizado da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai).

As autoridades policiais não informaram aos Guarani e Kaiowá ou à Fundação Nacional do Índio (Funai) se o corpo de Semião passou por perícia de legistas federais ou ao menos por exames cadavéricos. O Ministério Público Federal (MPF) do Mato Grosso do Sul não foi chamado para acompanhar o procedimento ou informado de sua realização.   (mais…)

Ler Mais