Você conhece a história da primeira deputada negra do Brasil?

Por Fernanda Canofre, em Global Voices

Antonieta era menina pequena quando andava pela pensão da mãe tentando aprender as letras. Espiando os hóspedes-estudantes, de pouco em pouco se alfabetizou junto à irmã Leonor. Nem imaginava que seria por meio das letras que a professora Antonieta de Barros entraria para a história como a primeira deputada negra do Brasil. O ano era 1934 e não fazia nem 50 anos que a escravidão havia sido abolida.

Pouca gente conhece a história de Antonieta ou mesmo sabe quem foi ela. Em Florianópolis, capital do estado de Santa Catarina, no Sul do país, ela aparece em nome de rua, escola, túnel e tem até um memorial. Ainda assim, como acontece com tantos nomes perdidos em placas, para muitos é só sinônimo de um endereço qualquer — algo que a cineasta Flávia Person decidiu mudar. (mais…)

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As descobertas do relatório da Comissão da Verdade do Rio

Foram enumerados 181 agentes que comprovadamente são autores de graves violações aos direitos humanos. A lista acrescenta os nomes de agentes que não constavam no relatório da Comissão Nacional da Verdade

Por Maria Carolina Bissoto*, especial para a Ponte Jornalismo

No dia 10 de dezembro de 2015, passado exatamente um ano da entrega a presidente Dilma Rousseff do relatório da Comissão Nacional da Verdade, foi divulgado o relatório final da Comissão da Verdade do Rio de Janeiro (CEV-Rio), que conta com vinte e quatro capítulos, seis conclusões e quarenta recomendações. (mais…)

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Uma Crítica ao (Nem Sequer Lançado) Museu do Amanhã: A Inauguração Será neste Fim de Semana

RioOnWatch

O Museu do Amanhã, uma das obras mais ambiciosos do programa de revitalização do Porto Maravilha, abrirá as suas portas neste sábado, 19 de dezembro. Ocupando um pier que adentra a Baía de Guanabara na região do Porto, o museu é notável por sua espetacular aparência e pelas polêmicas e críticas ao projeto desencadeadas durante os quatro anos de seu processo de construção, um período durante o qual os políticos do Rio de Janeiro têm sido criticados por trabalhar em prol de um futuro sem os devidos cuidados ao passado da cidade. (mais…)

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Coleção Terras de Quilombos resgata a memória da resistência à escravidão

No Incra*

Resultado da parceria entre Incra, Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), foi lançada na última segunda-feira (14), em Belo Horizonte, a Coleção Terras de Quilombos. As publicações trazem, em linguagem acessível, as informações contidas nos relatórios antropológicos elaborados pela autarquia durante o processo de regularização fundiária de territórios quilombolas, que remontam a história dessas comunidades e, por consequência, da escravidão no Brasil.

O projeto, sob a coordenação da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich) da UFMG, prevê a análise de 190 laudos antropológicos de comunidades de vários estados, cujos territórios encontram-se em fase de regularização no Incra. Cada livro produzido a partir dessa reconstituição histórica retrata uma comunidade, por meio de narrativas a respeito da formação, do modo de vida e das lutas travadas a fim de permanecer em seu território tradicional, além de depoimentos dos próprios quilombolas. (mais…)

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Evento no Studio-X Rio Analisa os Quilombos de Hoje e Apresenta o Novo Circuito da Herança Africana

Felicity Clarke – RioOnWatch

No dia 19 de novembro, o Studio-X Rio sediou o evento Quilombo do Presente / Quilombo do Futuro, que explorou o significado dos quilombos de hoje. Realizado na véspera do dia da Consciência Negra, o evento reuniu pesquisadores e profissionais das áreas de história, arte, arquitetura e urbanismo para compartilharem conhecimentos sobre o significado especial e simbólico dos quilombos no Brasil do século 21.

Originalmente, os quilombos eram comunidades de refúgio estabelecidas por escravos que fugiram como forma de resistência ativa e sobrevivência em meio ao brutal e longo período daescravidão no Brasil. O evento do Studio-X descreve: “O quilombo é tanto mito e realidade na sociedade brasileira. Desde a Constituição de 1988, ele existe como território reconhecido pelo poder público, mas desde o surgimento do movimento negro, também como símbolo da cultura afro-brasileira. Nessa véspera do Dia do Zumbi, o Studio-X assume o tema para perguntar o que significa o quilombo hoje, tanto como território físico e simbólico na paisagem rural e urbana – do interior do estado do Rio de Janeiro até o centro da cidade”. (mais…)

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Brasil pide perdón por persecución y asesinato de Soledad Barret Viedma

Por Eliseo Paciello, em ABC

El Estado brasileño decidió pedir formalmente disculpas a Ñasaindy Barret de Araújo por la persecución y asesinato que sufrió su madre, Soledad Barret Viedma, durante la dictadura del Brasil.

Soledad fue declarada oficialmente muerta y desaparecida por la responsabilidad del Estado brasileño. Ahora también fue amnistiada por todas las persecuciones que sufrió en vida. Su hija, Ñasaindy Barret de Araújo, recibe formalmente el pedido de disculpas del vecino país. (mais…)

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Representante da Ordem dos Advogados do Brasil busca apoio para comissão que investiga escravidão

Ideia é criar comissões nas universidades

SEPPIR

O presidente da Comissão Nacional da Verdade da Escravidão Negra no Brasil, Humberto Adami, esteve nesta segunda-feira (30/11), no gabinete do secretário especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Ronaldo Barros. A Comissão, criada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em 2014, busca fazer um resgate histórico do contexto em que ocorreu o regime escravocrata no país. (mais…)

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Lluvia de críticas a La Nación por pedir la libertad de los genocidas

El diario publicó hoy su editorial No más venganza, donde criticó los juicios a los represores. Le reclamó al goberno electo que libere a los condenados

Tiempo

En su edición de hoy, el diario La Nación publicó un editorial donde critica con dureza la política de Derechos Humanos realizada por el kirchnerismo, habló de “venganza” y reclamó la libertad para los condenados. Las reacciones no tardaron en llegar, desde políticos, artistas y hasta periodistas del propio medio. (mais…)

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Rio, a Metrópole Relutante: Introdução à Baixada Fluminense – Parte 1 de 2

Esta é a primeira de duas matérias que apresentam a Baixada Fluminense, pela pesquisadora Stephanie Reist*, com foco na história e economia da região. A segunda será publicada amanhã com foco na cultura, no ativismo e a integração da Baixada

Stephanie Reist – RioOnWatch

As dinâmicas centro-periferia não só caracterizam as relações do Rio com suas favelas, mas também a relação da cidade com sua área metropolitana. Niterói é conhecida por alguns turistas pelos numerosos prédios desenhados pelo famoso arquiteto Oscar Niemeyer. Contudo, outras cidades da Grande Rio, como Duque de Caxias, Magé, e Belford Roxo são estigmatizadas da mesma forma que as favelas do Rio: os turistas são incentivados a evitá-las e alguns cariocas zombam da ideia de morar ou simplesmente se aventurar mais ao norte do que o Maracanã. (mais…)

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O sinistro apoio das empresas à ditadura

Por Redação de Outras Palavras

Lucio Bellentani, hoje com 71 anos, foi ferramenteiro na Volkswagen de São Bernardo do Campo quando tinha 28 anos. Filiado ao PCB, foi preso às 23h30 de um dia de julho de 1972, dentro da fábrica, numa ação acompanhada de seguranças da empresa. Outros 12 operários foram detidos com ele. Levou socos e pontapés na sala de Recursos Humanos e foi depois transferido para o Dops, onde passou por sessões de tortura: palmatória nas mãos, pés e cabeças, pau de arara, choque elétrico. Chegou a ser arrastado por um carro amarrado pelas mãos, teve dentes arrancados com alicate. Ficou um ano e oito meses preso, não conseguiu mais emprego em São Bernardo – as empresas partilhavam lista de ‘malditos’ – e foi morar no interior. Até hoje tem pesadelos e não suporta quarto escuro. (mais…)

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