Somos educados desde cedo para tomar partido na luta do bem contra o mal e não para entender a pluralidade de pontos de vista ou mesmo o fato de que “bem” e “mal” são construções que atendem a interesses de determinados grupos sociais. Não são absolutos e precisam ser enxergados à luz de seu contexto. (mais…)
direito à luta
A Venezuela e os políticos brasileiros, por Elaine Tavares
No mês de janeiro, eu estava na Venezuela. Naqueles dias o país atravessava uma grave crise de abastecimento provocada por um boicote empresarial. Como uma boa parte da cadeia de distribuição ainda está na mão privada, essa fatia do empresariado decidiu segurar alguns produtos, fazendo com que a população se alarmasse. Pelas emissoras de televisão comercial ficava evidente o clima de quase terrorismo que se tentava impor. Por isso, é absolutamente mentirosa qualquer alegação de censura na Venezuela. O empresariado – de maioria golpista – diz o que quer, como quer e quando quer. Nada os impede de provocar o medo, o terror e a incitação ao golpe. Isso é coisa cotidiana. A diferença é que lá existe também uma rede de emissoras estatais, públicas e comunitárias, que disputam as informações. (mais…)
O Sal da Terra – Salgado, desenhista da luz no mundo de sombras
“Somos um animal muito feroz; somos terríveis,” diz Sebastião Salgado no documentário dedicado a ele por Wim Wenders
Por Léa Maria Aarão Reis, na Carta Maior
Quando se refere à nossa espécie, a frase do mineiro Sebastião Salgado, um ícone vivo da fotografia do nosso tempo, permeia o espírito do festejado documentário sobre sua extraordinária obra, O Sal da Terra (The salt of the earth, de 2014), que há mais de três meses lota cinemas nas principais cidades do Brasil. (mais…)
Do luto à luta: Mães de Maio incansáveis na busca por justiça. Entrevista de Débora Maria à Adital
Por Cristina Fontenele, na Adital
O Movimento Independente Mães de Maio é uma rede autônoma de mães, familiares e amigos de vítimas diretas da violência estatal, formada no Estado de São Paulo a partir dos episódios conhecidos como “Crimes de Maio”, em 2006. Nessa época, em apenas uma semana (entre os dias 12 e 20 de maio) cerca de 500 pessoas morreram no Estado, vitimadas pelos conflitos gerados entre os ataques do PCC (Primeiro Comando da Capital) e a retaliação da segurança pública de São Paulo. (mais…)
Moishe Postone participa de debate no Sindicato dos Jornalistas do Rio no dia 16/06, às 18h
Um dos maiores estudiosos do marxismo no mundo, o professor Moishe Postone, da Universidade de Chicago, lança seu livro ‘Tempo, trabalho e dominação social – uma reinterpretação da teoria crítica de Marx’ (Boitempo) no próximo dia 16/06, terça-feira, a partir das 18h, no auditório João Saldanha, que fica na sede do Sindicato (Rua Evaristo da Veiga 16, 17º andar, Centro). Além do lançamento do livro, Postone participa de debate sobre a atual conjuntura de crise global, presente na sua mais recente obra. A entrada é franca. (mais…)
‘Educação pública não pode seguir tolhida pela agenda do capital, dos governos e das igrejas’
Por Gabriel Brito e Valéria Nader, no Correio da Cidadania
Num ano tão marcado por derrotas das pautas progressistas, com fortíssimo avanço conservador em todas as frentes, uma notícia foi contra a maré: a eleição da Chapa 20, organizada pela esquerda anticapitalista, para a reitoria da UFRJ, que a partir de julho será exercida por Roberto Leher, professor da Faculdade de Serviço Social.
“É importante assinalar que a vitória foi impulsionada por inédita mobilização estudantil, que imprimiu um ambiente crítico, luminoso e criativo ao processo eleitoral. O protagonismo docente, vibrante, e dos técnico-administrativos, igualmente luminoso e vibrante, substantivou o debate sobre autonomia, a produção do conhecimento novo, as relações de poder capazes de engendrar outra perspectiva de democracia. Debatemos muito a função social da universidade pública no capitalismo dependente e o sentido da produção do conhecimento”, disse, em entrevista ao Correio da Cidadania. (mais…)
Margaridas seguem em marcha!
5ª Marcha das Margaridas acontece no mês de Agosto em Brasília-DF, mas mulheres já estão organizadas em todo o país. A expectativa é de que 100 mil mulheres marchem por igualdade e justiça.
Catarina de Angola – ASA
“Olha Brasília está florida, estão chegando as decididas.
Olha Brasília está florida, é o querer, o querer das Margaridas”.
Canto das Margaridas – Loucas de Pedra Lilás.
“A gente tem que estar em marcha pra que todas nós sejamos livres! Livres pelo direito de ir e vir, por salários dignos, por trabalho justo. Uma só pra buscar esses direitos é mais difícil, mas juntas é bem mais fácil conseguir”. Assim a agricultora Vânia Maria Rocha dos Santos, da comunidade Pereiro, em Flores, Sertão do Pajeú de Pernambuco, fala da importância de marchar com outras Margaridas. (mais…)
Monsenhor Romero, o beato da revolução
A última “rebeldia” lhe custou a vida. Na manhã seguinte, mesmo ciente do risco que corria, Monsenhor Romero decidiu rezar uma missa. No altar, recebeu um tiro disparado por um atirador de elite do Exército salvadorenho
Por Marina Terra, de San Salvador, no Opera Mundi
Monsenhor Oscar Arnulfo Romero Galdámez agora é, segundo o Vaticano, um beato. Mas para aqueles presentes neste sábado (23/05) à Praça Salvador do Mundo — emblemático endereço da capital salvadorenha escolhido para abrigar a cerimônia de beatificação -— se trata de um ato protocolar e de um reconhecimento há tempos esperado. Onipresente no consciente coletivo do país, Monsenhor Romero sempre foi para os salvadorenhos uma figura sagrada, independente de fé ou crença. (mais…)
AJP e O Direito Achado na Rua: “O que nos move é a possibilidade de transformar a realidade”
Tania Pacheco – Combate Racismo Ambiental
Hoje cedo divulgamos a notícia de que a série inicial de livros sobre O Direito Achado na Rua está agora disponível para ser baixada. Horas depois, recebemos de Priscylla Joca a entrevista que agora publicamos, feita por ela originalmente para a página da Renap Ceará.
A entrevistada é Ludmila Cerqueira Correia, coordenadora técnica do Centro de Referência em Direitos Humanos da UFPB, professora no Curso de Direito da UFPB, doutoranda na Pós-Graduação em Direito da UnB e, justamente, integrante do grupo de pesquisa O Direito Achado na Rua. Ludmila foi também uma das responsáveis pela organização do primeiro livro do Centro de Referência em Direitos Humanos da UFPB (disponível AQUI). (mais…)