Áreas do Norte de Minas e do Vale do Jequitinhonha correm risco de desertificação

Luiz Ribeiro, Estado de Minas

A retirada da vegetação nativa para produção de carvão e cultivo de eucalipto pode levar áreas do Norte de Minas e do Vale do Jequitinhonha à desertificação. O alerta é do gerente de Monitoramento da Cobertura Vegetal e Biodiversidade do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Waldir Melo. Segundo ele, grande parte da vegetação ainda existente em Minas se concentra nas bacias dos rios Pardo, São Francisco e Jequitinhonha. “São as áreas onde restam mais fragmentos dos três biomas”, afirma Melo, fazendo referência ao cerrado, caatinga e a mata atlântica. (mais…)

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Desertificação: ‘por que este assunto não está na capa dos jornais?

Um solo produtivo leva de três mil a 12 mil anos para a sua formação, e o aumento da desertificação no mundo desmascara a ‘eficiência’ do agronegócio.

Najar Tubino, Carta Maior

É uma decisão da ONU, que desde 2013 também definiu o dia 5 de dezembro como o dia mundial do solo. Em maio, entre os dias 4 e 7, ocorrerá a Conferência Internacional do Solo na Albânia com o lema: “O solo sustenta a vida: muito lento para formar, rápido demais para perder”. Um centímetro de solo demora entre 100 e 400 anos para se formar, e os pesquisadores calculam que um solo produtivo dentro da normalidade leve de três mil a 12 mil anos para a sua formação. Mesmo assim, a ONU calcula que até 2050 o mundo perderá um Brasil inteiro em solo, ou seja, 849 milhões de hectares. São 12 milhões de hectares por ano. O que é mais importante: somente 5 a 10% dessa terra chegam ao mar. Onde fica o restante? No leito dos rios, no lago das represas, tanto de abastecimento de água, como das hidrelétricas, nos córregos, nos afluentes. Como dizem os chineses: os rios do planeta estão empanturrados. (mais…)

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