“Eu abri a porta e ela disse que ia me matar”, diz idosa agredida por travesti em São Paulo

No dia 16 de abril recebemos e postamos o texto “Eu sou Verônica: Quem chora pelas travestis?“, denunciando, inclusive com uma montagem de três fotos, a violência sofrida por Verônica Bolina no 2º Distrito Policial, na região central de São Paulo. Esta tarde, um leitor postou num comentário o link para a matéria abaixo, que denuncia a violência que teria sido por ela praticada, dando origem à sua detenção. Tanto a denúncia do dia 16 quanto esta devem ser apuradas, e as pessoas responsáveis pelas violências devem ser devidamente punidas, sejam elas quem forem. Responder a atos de humilhação, tortura ou desrespeito à dignidade na mesma moeda é abdicarmos da nossa humanidade e optarmos pela barbárie. (Tania Pacheco)

* * *

Laura perdeu os dentes, quebrou o braço e nariz, além de ferimentos em todo o corpo 

Por Sylvia Albuquerque, do R7

“Você é o Satanás e eu vou te matar”. Assim começou o pesadelo de Laura P., de 73 anos, no último dia 11. Após abrir a porta de seu apartamento, ela ouviu a ameaça de sua vizinha, a travesti Verônica Bolina, de 25 anos, e começou a ser espancada. (mais…)

Ler Mais

Populismo penal puxa o gatilho dos assassinatos estatais, por Marcelo Semer

Por Marcelo Semer, em Justificando

O fuzilamento do brasileiro Marco Archer na Indonésia despertou duas discussões razoavelmente adormecidas: a virulência da guerra às drogas e a legitimidade da pena de morte. Mas há uma terceira questão pouco iluminada no debate: é o populismo penal quem puxa o gatilho do assassinato estatal.

Com uma legislação mais liberal, embora ainda draconiana no que tange aos entorpecentes, o Brasil pode criticar a ilegitimidade da pena de morte e a monstruosidade de sua aplicação em casos como este. Mas estamos pouco confortáveis no embate civilização x barbárie, quando se cotejam as mortes que as guerras às drogas efetivamente causam no país, especialmente na periferia, objeto preferencial das polícias e dos policiamentos –basta ver que na mesma semana do fuzilamento um garoto de apenas onze anos foi morto no Rio de Janeiro, por policiais militares. (mais…)

Ler Mais