A lama da Samarco e o jornalismo que não dá nome aos bois, por Alceu Castilho

Bento Rodrigues: povoado soterrado pela Samarco sintetizava um modo de vida tão esquecido pela imprensa quanto os impactos sociais e ambientais do mundo corporativo

Em seu blog

Por trás da lama da Samarco afirma-se o gosto amargo de um jornalismo subserviente, a serviço do mercado. Dezenas de pessoas estão desaparecidas em Mariana (MG). Entre elas, crianças. O vídeo abaixo mostra como era o cotidiano de um povoado destruído. Mas a maior tragédia socioambiental brasileira do século XXI  já começa a ser soterrada pelos jornais, após uma cobertura protocolar. Da lama à ordem: ignoram-se os conflitos, minimizam-se as contradições e se assimilam os discursos cínicos de executivos e de membros do governo. Com a clássica blindagem dos sócios da empresa. (mais…)

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OPIAM: Carta de repúdio à PEC 215

Ao

Congresso Nacional
Ministério Público Federal
Presidência da República
Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira – COIAB
Articulação dos Povos Indígenas do Brasil – APIB
Articulação dos Povos Indígenas do Tocantins – ARPIT
Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo – APOINME
Articulação dos Povos Indígenas do Sul – ARPINSUL
Articulação dos Povos Indígenas do Sudeste – ARPINSUDESTE
Conselho Indígena de Roraima – CIR
Conselho Terena e
Aty Guasu

Prezados Senhores,

Ao cumprimenta-los cordialmente, venho através do presente instrumento em nome do movimento indígena do Alto Madeira, onde residem 11 povos das etnias Tenharin, Parintintin, Jiahui, Mura, Pirahã, Munduruku, Apurinã, Miranha, Torá, Saterê Mawé, e Juma espalhados em 60 aldeias, manifestar nosso REPÚDIO a PEC 215, que consideramos inconstitucional e abusos contra nós, povos indígenas do Brasil, que ao longo de quinhentos anos fomos escravizados e sofremos invasões, abusos e genocídio. (mais…)

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Indígenas realizam caminhada na Esplanada dos Ministérios contra a PEC 215 e o marco temporal

CIMI

Cerca de 250 indígenas dos povos Kayapó e Xikrin, do Pará, e Pataxó, da Bahia, realizam na manhã de hoje (11/11) uma mobilização na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, em protesto contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215 e em defesa da demarcação das terras tradicionais dos povos originários do Brasil. Aprovada por uma Comissão Especial na Câmara dos Deputados no último dia 27 de outubro, esta proposta poderá ir à votação no plenário dessa Casa a qualquer momento.

A PEC 215, se aprovada, transfere do Executivo para o Legislativo a prerrogativa de demarcar terra indígena, titular território quilombola e criar unidade de conservação ambiental. Os indígenas avaliam que se ela for aprovada nunca mais haverá o reconhecimento e a demarcação de suas terras tradicionais. (mais…)

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Nota sobre visita de solidariedade aos povos indígenas do sul e extremo sul da Bahia

Aconteceu no período de 05 a 08 de novembro de 2015, uma jornada de solidariedade aos povos indígenas do sul e extremo sul da Bahia, a referida jornada foi realizada pelo Conselho Indigenista Missionário – CIMI, Movimento dos Trabalhadores Rurais –MST – Regional Extremo Sul, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento do Extremo Sul da Bahia – Cepedes, e contou ainda com a participação  de 12 jovens do Comitê de Solidariedade com a América Latina (LAG), que é uma organização norueguesa que trabalha para divulgar informações sobre a realidade na América Latina. (mais…)

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As Veias Abertas da Mineração

Vivemos a alquimia colonial e neo-colonial, que Galeano escreveu em 1978, onde o ouro se transforma em sucata e os alimentos se convertem em veneno

Por Jarbas Vieira*
Do Brasil de Fato / MST

Passados 515 anos da invasão da coroa portuguesa sobre o solo e subsolo brasileiro, ainda não conseguimos nos libertar totalmente das amarras coloniais, impostas através dos estupros de índias e negras, do genocídio ao povo originário, da escravidão, da religião, do extermínio que até hoje o povo preto sofre, entre tantas outras formas de imposição para manter o país subjugado aos interesses das empresas transnacionais, fazendo do Brasil, como dizia Darcy Ribeiro, uma colônia produtiva baseada na pilhagem dos bens naturais e exploração do nosso povo. (mais…)

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Por quantos dias uma tragédia como a que começou em Mariana é notícia?

Tania Pacheco – Combate Racismo Ambiental

Nos últimos dias apostei comigo mesma por quanto dias a tragédia que começou em Mariana seria notícia. Faço questão do “que começou” na medida em que – insisto – ela vai descendo rios abaixo sem matar pessoas, é verdade, mas arrasando com vidas outras: peixes, tartarugas, caranguejos, outras espécies da fauna, com repercussões na flora, e, ainda, destruindo os meios de vida de comunidades ribeirinhas e de pequenos agricultores e pescadores artesanais, além do abastecimento de água potável. Sem contar que autoridades preocupadas em desassorear o rio Doce para que tudo desemboque logo no oceano esquecem que também lá a onda de lama tóxica causará desgraças. Dito isso, volto ao início: quantos dias?

Decidi acompanhar um jornal específico, O Globo, que enviou inclusive repórteres do Rio de Janeiro e de São Paulo para cobrir a matéria. (mais…)

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Movimentos sociais de Pernambuco convocam ato público contra a PEC 215 para esta quarta, dia 11

A mobilização faz parte da Jornada Nacional de Lutas contra a PEC 215, que durante o dia 11 promoverá atos públicos em diversos estados do país. Confira:

Frente de Organizações Contra a PEC 215 – Pernambuco / Comissão Pastoral da Terra

Uma ampla articulação entre organizações indígenas, indigenistas e movimentos sociais de Pernambuco convocam para esta quarta-feira, dia 11, um ato público contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215 e em defesa dos direitos territoriais dos povos indígenas, quilombolas, comunidades tradicionais e do meio ambiente. A proposta pode ir à votação no Plenário da Câmara Federal a qualquer momento. (mais…)

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Lama da Samarco: biólogo aponta impacto por 100 anos na vida marinha

André Ruschi denuncia “assassinato da 5ª maior bacia hidrográfica brasileira”, diz que Samarco precisa ser fechada e critica uso do mar para dispersão da poluição

Por Alceu Luís Castilho – Outras Palavras

O biólogo André Ruschi, diretor da escola Estação Biologia Marinha Augusto Ruschi, em Aracruz (ES), defende o fechamento da Samarco, mineradora responsável pelo rompimento da barragem de resíduos em Mariana (MG). Ele usou uma rede social para falar do impacto em três Unidades de Conservação, em particular o Refúgio de Vida Silvestre de Santa Cruz, um dos mais importantes criadouros marinhos do Oceano Atlântico. (mais…)

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PEC 215: a quem interessa sua aprovação?, por Sucena Shkrada Resk

Compreender as motivações da política partidária não é uma tarefa fácil para qualquer um de nós, cidadãos comuns, que não vivenciamos regularmente os bastidores.. Entretanto, alguns temas em pauta no Congresso chamam a atenção. E um deles é a recente aprovação feita por uma Comissão Especial da Casa da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215/00, que altera as regras para a demarcação de terras indígenas, de remanescentes de comunidades quilombolas e de reservas (unidades de conservação). São 15 anos de persistência em se aprovar esse texto. Por quê? (mais…)

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Lama de Mariana: Como o jornalismo é engolido nas grandes tragédias, por Leonardo Sakamoto

Leonardo Sakamoto

Dez breves considerações para uma autocrítica necessária sobre a cobertura do rompimento das barragens de desejos de mineração, em Mariana (MG), ocorrido na última quinta (5):

1) Onde você escreve apenas “Samarco”, como responsável pela catástrofe da barragem de Mariana, acrescente “Vale” e “BHP”. Diga ao seu chefe para esquecer que a Vale é grande anunciante do seu veículo pelo menos desta vez. (mais…)

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