90 dias: Executivo, Legislativo e Judiciário buscarão solução para conflitos fundiários

O Indigenista

Governo Federal publicou Portaria criando Grupo de Trabalho para formular diagnóstico dos atuais conflitos fundiários envolvendo povos indígenas e, ainda, realizar levantamento de soluções legislativas e de políticas públicas para solucionar os problemas. Para tal tarefa foi dado prazo de 90 dias, prorrogáveis para mais 90.

Estarão no GT não apenas Funai, MJ, ou Ministérios do Poder Executivo, mas representantes do Poder Judiciário, Poder Legislativo, sociedade civil e Ministério Público Federal. (mais…)

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“Nós somos as vítimas do maior genocídio da humanidade”, denuncia militante indígena

Em entrevista ao Brasil de Fato, Daiara Tukano fala sobre a miséria e as ameaças sofridas dentro dos territórios em que os Guarani-Kaiowás vivem e sobre a articulação dos proprietários de terra no Congresso.

Por Camilla Hoshino, De Curitiba (PR), no Brasil de Fato

Um depoimento gravado pela militante indígena Daiara Tukano ganhou repercussão nas redes sociais, na última semana. O vídeo fazia um apelo aos movimentos sociais e ativistas para que se unissem à luta contra o massacre do povo Guarani-Kaiowá, vítima da disputa por terras no município de Antônio João, no Mato Grosso do Sul (MS). (mais…)

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Em carta aberta, ONGs pedem mais ambição no combate ao desmatamento

Organizações socioambientais lançam manifesto coletivo que pede o fim do desmatamento em todos os biomas brasileiros

Greenpeace Brasil

Organizações da sociedade civil que atuam no país lançam hoje (14) o manifesto “Desmatamento Zero e o Futuro do Brasil”, que mostra a enorme importância de, como nação, assumirmos a meta de zerar o desmatamento nos próximos anos, algo considerado pelo grupo como “necessário e factível”.  Segundo o documento, caso o País não seja mais ambicioso em suas metas de combate a destruição de biomas ameaçados, o Brasil poderá amargar grandes prejuízos em curto prazo. (mais…)

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Caciques Krahô comunicam que a etnia não participará dos Jogos Mundiais Indígenas: “A organização do evento não respeita o nosso povo”

Por Nayara Rodrigues, Conexão Tocantins

Os indígenas da etnia Krahô do Tocantins não participarão dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas (JMI) que acontecerão em Palmas do dia 23 de outubro até 1º de novembro próximos. A informação foi confirmada por meio do ofício de n° 03/2015 encaminhado nesta última quinta-feira, 10, ao articulador dos JMI, Carlos Terena, informando a decisão da União dos Caciques Krahô. Os caciques justificam que a organização do evento não respeita o povo indígena e ainda, que os organizadores do evento usam o nome e a imagem do povo indígena para se promover. “Para promover a sua própria imagem como gestores que apoiam o nosso povo e a causa indígena, o que não é verdade”, posiciona a União dos Caciques em ofício.

De acordo com os representantes do povo Krahô, as instalações que estão sendo construídas são vulneráveis à chuva e há necessidade de informações mais detalhadas sobre e para os indígenas quanto ao evento. (mais…)

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O dia em que a casa foi expulsa de casa, por Eliane Brum

A maior liderança popular do Xingu foi arrancada do seu lugar pela hidrelétrica de Belo Monte, a obra mais brutal –e ainda impune– da redemocratização do Brasil

Eliane Brum, El País Brasil

Antonia Melo foi encurralada. Por seis meses o tempo da sua vida esteve marcado pelo som das máquinas botando abaixo a vizinhança da Sete de Setembro, o nome da rua só mais uma ironia. Ela estava ali, sitiada, testemunhando o mundo que ajudou a construir ser violado e convertido num cenário de Faixa de Gaza. Ela, seus filhos, seus netos. E o barulho da destruição avançando, cercando, soterrando também as conversas, fincando seus braços robóticos nas palavras, matando frases inteiras. Um dia chegou em casa e descobriu os escombros do muro dos fundos, derrubado junto com um pedaço da floresta que tinha como quintal. Num calor que pode beirar os 40 graus, já não havia energia elétrica suficiente para ligar a geladeira. Antonia foi sendo asfixiada aos poucos, menos ar a cada dia. (mais…)

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Humanidade abaixo da crítica, lá como cá. Afinal…

Tania Pacheco – Combate Racismo Ambiental

A foto (primeira página de O Globo de ontem, domingo) informa que se trata de um sírio tentando salvar um bebê nas costas da Grécia após naufrágio do barco no qual viajavam. Diz que “não se sabe se o menino da foto está entre os mortos”. E acrescenta: “A crise migratória na Europa levou a Alemanha a retomar o controle de suas fronteiras”.

Onde se lê Grécia, leia-se aquele país do Syriza, no qual a população corajosamente disse “não” ao ajuste da Troica. Onde se lê Alemanha, leia-se aquele país da Merkel, que castigou cruelmente a ‘ousadia’ da população grega, levando Tsipras a se submeter à sua arrogância. Onde se lê mortos, leiam-se 34 pessoas, sendo 11 crianças e quatro bebês. (mais…)

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A morte do indígena guarani-kaiowá Semião Vilhalva, por Hermano de Melo

“os coordenadores da expedição ordenaram que a reportagem do Correio voltasse e não presenciasse o desfecho da retomada das fazendas. E acrescentaram: ‘Daqui em diante, vocês não vão ver o que vai acontecer’, disse um dos ruralistas, que ameaçou ‘riscar’ os pneus do carro caso insistisse. Ao que parece, eles não queriam testemunhas sobre o que iria acontecer em seguida…”

No Correio do Estado

Reportagem de página inteira assinada por Celso Bejarano e publicada em 9/9 último no jornal Correio do Estado revela de forma inequívoca o que aconteceu em 29 de agosto passado, quando um grupo de 100 ruralistas montados em modernas caminhonetes adentrou as fazendas Barra e Fronteira, no município de Antônio João, MS, a fim de retomar área que segundo eles havia sido invadida por indígenas. Tudo seria considerado “normal” se incidente grave não tivesse acontecido: o índio Guarani-Kaiowá Semião Fernandes Vilhalva, 24 anos, foi morto por tiro disparado à longa distância com arma de calibre 22 e de autoria ainda desconhecida.   (mais…)

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Paraná tem a primeira doutora quilombola do Brasil

Por Agência de Notícias do Paraná

O Departamento da Diversidade, da Secretaria de Estado da Educação do Paraná conta com a primeira doutora quilombola do Brasil. A professora da rede estadual de ensino Edimara Soares terminou o doutorado em 2012 na Universidade Federal do Paraná (UFPR), ao defender a tese “Educação Escolar Quilombola: quando a diferença é indiferente”.

O conhecimento que ela ganhou durante a pesquisa é disseminado e debatido em cursos sobre educação escolar quilombola. O Departamento da Diversidade existe desde 2008 na Secretaria da Educação, e Edimara Soares trabalha na coordenação da educação das relações das diversidades etnicorraciais e quilombola. (mais…)

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Clube da Luta, por Neimar Machado de Sousa*

O filme norte-americano Clube da Luta (1999), protagonizado por Brad Pitt, conta a história de um homem comum, narrado por Edward Norton, descontente com a vida segundo as regras do Tio Sam: o American Way of Life. A mudança de rumo ocorre após o envolvimento com um vendedor de sabonetes e uma mulher dissoluta, Marla Singer. O filme é uma metáfora entre o descompasso entre jovens e o sistema publicitário de valores. Na sua guinada de vida, vê-se envolvido com uma organização que planeja apagar os registros de todas as dívidas com cartões de crédito, explodindo os edifícios onde estão estes registros.

Outra linha analítica do filme é a metamorfose física vivida pelos membros do Clube da Luta, após abandonar as convenções, cosméticos e as refeições nas lanchonetes de fast food. Este filme me fez lembrar sobre a educação grega, conforme narrada pelo historiador italiano Mario Alighiero Manacorda. Segundo ele, os gregos desenvolveram uma Pedagogia de Aquiles, programa para formação integral do guerreiro, chamado de Paidéia, origem do termo pedagogia. (mais…)

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Polícia de Rondônia localiza agricultores e diz que eles foram torturados por madeireiros

Ao flagrarem a extração ilegal de madeira, eles foram espancados com coronhadas de espingardas nas costas, na cabeça e obrigados a tirar as roupas. 

Por Kátia Brasil, em Amazônia Real

A 9ª. Delegacia de Polícia Civil de Extrema, em Rondônia, informou na noite deste sábado (12/09) que localizou os quatro agricultores que estavam sendo procurados no Projeto de Assentamento Florestal (PAF) Curuquetê, no sul de Lábrea (Amazonas), na fronteira com o Estado vizinho. Segundo a polícia, que confirmou a existência de um conflito agrário na região, eles foram encontrados por familiares em uma região isolada com marcas de torturas e espancamentos. Os acusados pelos crimes são madeireiros. (mais…)

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