Tiago Paulino solicitou os serviços de uma empresa de táxi e acabou sendo preso e agredido por policiais, sem ter cometido crime algum
Assustado, Tiago desceu do veículo e foi rapidamente abordado por policiais militares, que estavam no local participando de outra operação em parceria com a Polícia Civil. Os PMs chegaram atirando e o prenderam, sem dar tempo para que ele se defendesse. “Não deu tempo de falar nada, quando tentei falar alguma coisa o policial me bateu. Então eu tive que lidar com eles com calma até conseguir provar minha versão da história”, relatou o jovem.
Após apresentar seus documentos de identificação, número de celular e uma nota fiscal que continha seu endereço, os policiais ligaram na casa de Tiago e confirmaram as informações fornecidas por ele. Só então o jovem foi liberado, após ficar claro que ele não tinha envolvimento com nenhuma prática criminosa. Tiago, que é formado Sistemas de Informação pela UEG (Universidade Estadual de Goiás) e trabalha como desenvolvedor de web, relatou ao Jornal Opção que após todo o constrangimento, a abordagem ainda virou motivo de chacota entre os policiais.
O taxista foi embora do local assim que os policias prenderam Tiago. O jovem acredita que a atitude foi originada por racismo. “Ele oferece um serviço que é o transporte. E não tinha nada a ver. Então, imagino que ele usou de preconceito, pela minha cor e aparência eu tive cara de bandido, de marginal”, declarou.
A Polícia Civil não gerou boletim de ocorrência pelo acontecido. Já a Polícia Militar gerou um relatório sobre o ocorrido, mas, segundo Tiago, o documento não consta nenhuma informação sobre os disparos, racismo ou agressão. O jovem está sendo auxiliado por um advogado, que deve dar prosseguimento às medidas legais.
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