Por Helena Palmquist
Depois de passar a semana em Brasília participando da Mobilização Nacional Indígena, lideranças Munduruku do sudoeste do Pará convidam a imprensa paraense para uma coletiva em Belém sobre os principais problemas enfrentados pela etnia, uma das mais numerosas do país.
Estarão na cidade, de passagem na volta para as aldeias, o cacique geral do povo Munduruku, Arnaldo Kaba, Josias Manhuary, chefe dos guerreiros, e Maria Leusa Kaba, coordenadora do movimento Ipereg Ayu, de resistência às barragens no Tapajós.
O povo Munduruku protagoniza há alguns anos uma intensa luta para que o governo brasileiro respeite seus direitos, a Constituição brasileira e a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho. O governo projetou uma série de barragens para o rio Tapajós, onde os Munduruku vivem, mas até agora não realizou a consulta prévia prevista na Convenção, pela qual os indígenas tem de ser informados e consultados antes de qualquer decisão sobre os empreendimentos.
Os projetos de barragens ainda não foram concretizados mas já causam prejuízos aos Munduruku. Por causa deles, o governo se recusa a dar prosseguimento à demarcação da Terra Indígena Sawré Muybu, que seria alagada pela usina São Luiz do Tapajós. A demora na demarcação prejudica os indígenas se a barragem for mesmo construída e também dificulta a expulsão de centenas de garimpeiros e madeireiros que atuam ilegalmente dentro de suas terras.
A coletiva ocorrerá amanhã (sexta-feira, 17 de abril), às 10h30, na Fase (Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional), na rua Bernal do Couto, 1329, entre 14 de Março e Alcindo Cacela, próximo da Universidade da Amazônia (Unama).
Contato: Guilherme Carvalho
Telefone: (91) 98262.5245
E-mail: [email protected]
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Foto reproduzida da página do Facebook de Helena Palmquist.