O documentário traz à tona a corporalidade das professoras, ou seja, a forma de pensar, de agir e dá voz às suas memórias
O filme-documentário “Elas Falam” mostra a experiência de professoras negras do Distrito Federal e traz à tona a identidade, a forma de pensar, de agir e dá voz à memória delas.
Entrevista pelo Revista Brasília desta quarta-feira (2), produtora do filme e diretora de Ações Afirmativas e Assuntos Intersetoriais da Secretaria Adjunta de Políticas para Mulheres, Renata Parreira, diz que o filme conta várias histórias reais de professoras renomadas e reconhecidas pela sua trajetória na educação e com trabalhos intensos pela implementação do ensino da história da cultura africana e afro-brasileira nas escolas.
Segundo Renata Parreira, as narrativas são fundamentais, porque forjaram enquanto identidade negra mas vêm reconstruindo e resignificando essa identidade, mas sobretudo inspirando novas professoras. Tem também o aspecto fundamental dos valores civilizatórios africanos, que é questão da ancestralidade, porque os passos da negritude vieram de longe, completa a produtora.
De acordo com a professora, o tecido social do Brasil foi constituído na ação do colonialismo e do racismo e esse é o legado que se tem: o colonialismo e o racismo muito fortes. Embora este problema já venha sendo tratado nas escolas, ainda há muito o que avançar, afirma.
O filme “Elas Falam” será lançado nesta quarta-feira (2), às 19h, no miniauditório do Museu da República.
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