Como todos sabem, nos dias 22 de junho e 31 de outubro do ano passado, este blog recebeu dois documentos que comprovavam, em definitivo, que o Plano para a Implementação do Comunismo no Brasil não apenas é real, mas está em andamento.
O planejamento, que envolve muita gente graúda, está mudando as estruturas do país e criando o ambiente propício para uma invasão vermelha. Enquanto isso, os cidadãos de bem preocupam-se com o mísero Foro de São Paulo sem imaginar que ele é apenas uma mera distração para a verdadeira marcha em curso.
Um Lada Niva vermelho passou dois meses estacionado na frente do prédio onde moro, vigiando-me, até que eu denunciasse sua nefasta presença neste blog. Daí, um suspeito SUV preto tomou o seu lugar. Dia e noite. Ele ainda está lá agora. Me vigiando por ter denunciado o plano.
Continuei recebendo recados. Um pacato aluno, após o final de uma aula, me perguntou o que eu achava do assassinato de alcaguetes e traidores de revoluções ao longo da história. Um biscoito da sorte chinês disse que a vida de quem vai conta o comunismo é mais curta. Uma foto do cadáver de Trosky foi estranhamente deixada na soleira da minha porta. No verso, um aviso: “Morte de Leon. Mas podia ser de Leonardo”. E o cobrador da linha Vila Iório – Terminal Pinheiros continua cantarolando a Internacional Socialista quando me vê cruzar a sua catraca.
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Na noite deste sábado (21), a campainha novamente tocou. Desci para ver quem era e o mesmo senhor grisalho que havia me entregado os dois primeiros envelopes estava lá, prostrado em frente à porta, impassivelmente encharcado da chuva.
Ao contrário da última vez, quando fiz dezenas de perguntas sem receber uma única resposta, fiquei também em silêncio. Foram longos 30 segundos… Então, ele, em um movimento sutil, sacou outro envelope pardo, me entregou, entrou em um velho táxi e sumiu na escuridão.
Novamente peço que gaste alguns minutos para ler o conteúdo do envelope. Se não for por você, que seja pela dignidade de seus filhos e netos.
Plano para a Implementação do Comunismo no Brasil
Etapa 25 – Andamento
Cópia para leitura. Não xerocar ou escanear.
1) A companheira disfarçada de senadora ruralista, como previsto na Etapa 17, assumiu o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Com isso, ela conseguirá finalizar a organização da guerrilha maoísta até julho. O companheiro “Libanês” também assumiu o Ministério das Cidades e, como previsto, está trazendo os argelinos dos campo de treinamento no Norte da África para as cidades-chave relacionadas na Etapa 3.
2) Don Ramón parabenizou a conquista do Ministério da Fazenda. O processo, segundo ele, foi tão bem feito que ninguém da esquerda percebeu que Levy é nosso. Conforme planejado também na Etapa 17, ele deve aplicar golpes na burguesa e recuada CLT a fim de ganhar a confiança do mercado. Depois, lastreará a economia com rublos, pesos cubanos, wons norte-coreanos, bolívares venezuelanos e, claro, a Pa’anga, da ilha de Tonga. Don Ramón sugeriu que o nome de Levy fique gravado no Memorial da Revolução, a ser construído oportunamente. Todos concordaram.
3) O companheiro Eduardo Cunha pediu a palavra. Disse que seguirá o plano como previsto na Etapa 4: enquanto lança algumas polêmicas para a mídia se distrair, como pombos vorazes por migalhas, terminará a proposta de emenda constitucional que acaba com a propriedade privada no Brasil. Ele lembra que os companheiros da Brigada Mikhail Bakunin, que foram eleitos sob o disfarce de “Bancada Evangélica”, estão ansiosos tanto para votarem a PEC quanto para poder parar de falar mal de gays, lésbicas, bissexuais, transexuais e travestis.
4) Uma moção de repreensão foi aprovada contra o companheiro Aécio Neves. Indo contra a resolução do politburo, ele voltou a usar barba, o que pode colocar em risco a credibilidade de seu disfarce. Em sua defesa, afirma que estava se sentindo nu. Don Ramón pediu para que uma cópia da moção fosse enviada a todos os infiltrados no sistema financeiro, ressaltando que barbear-se pode ser simbolicamente doloroso, mas todos temos que dar nossa cota de sacrifício.
5) O companheiro Beto Richa cumpriu o combinado na Etapa 7 e, ameaçando aprovar um pacote de propostas sem nexo, conseguiu organizar e mobilizar os professores e servidores públicos no Estado do Paraná. Os comitês revolucionários dos estados devem ser orientados a copiar o modelo desenvolvido pelo companheiro Beto e aplicar a mesma fórmula com o intuito de acordar as massas.
6) Os presentes registraram contentamento com a estreia do programa Havana Connection, dos companheiros Guilherme Boulos, Jean Wyllys, Laura Capriglione e Sakamoto. Todos os membros dos comitês serão, a partir de agora, obrigados a assisti-lo, juntando aos já obrigatórios House of Cards, Homeland e Mad Men.
7) O companheiro Geraldo pediu para informar que o plano para secar a capital paulista teve sucesso. Toda a água está, agora, escondida em uma rede de cavernas abaixo do sistema Cantareira sem que ninguém ao menos desconfie. Ele informa que, provavelmente em agosto, as torneiras de mais da metade da cidade já estarão secas, o que levará ao êxodo em massa da elite para seus haras ou para hotéis na região da Berrini/Morumbi, abastecidos pelo sistema Gurapiranga. Nesse momento, Jardins, Higienópolis, Pacaembu, Perdizes e adjacências serão ocupados pelos companheiros do movimento sem-teto, por clínicas de médicos cubanos e pelos argelinos treinados pelo “Libanês”.
8) O companheiro Edison Lobão chorou ao lembrar o sacrifício que foi manter-se no Ministério das Minas e Energia por tanto tempo sem poder visitar Cuba. Ele explicou como deixou as comportas das hidrelétricas abertas, sabotando o sistema elétrico nacional. Em breve, sem energia para carregar smartphones e tablets e tendo esquecido como se comunicar sem redes sociais, a elite ficará desorientada, tornando-se alvo fácil no Dia D.
9) Todos os presentes fizeram um minuto de silêncio em homenagem ao companheiro José Sarney que, após décadas de atuação em nome do comunismo no Brasil, retirou-se para descansar. Seu nome, companheiro, será lembrado e gravado no Memorial da Revolução – a ser construído oportunamente.
10) Don Ramón explicou que após anos de preparativos, cirurgias plásticas em Pequim e intenso treinamento, a troca finalmente foi feita. Dilma foi sedada por um grupo avançado deste comitê que a vigiava no Palácio do Alvorada e levada para um local secreto, onde ficará sob custódia. Em seu lugar foi colocada a “Moça”. Porém, como ela estava bem acima do peso da mandatária (que, de uma hora para a outra, resolveu fazer a dieta Ravenna), tivemos que proibir aparições públicas da “Moça” por algumas semanas, até que ela perdesse massa corpórea. A “Moça” está instruída a manter a política entreguista de Dilma por mais seis meses. É prazo mais do que suficiente para que o carregamento de armas norte-coreanas do companheiro Kim Jong-un chegue ao porto de Santos.
Até a vitória, sempre.