Xavantes lutam para recuperar terra após saída de não-índios

Maíra Heinen – EBC

Há dois anos, no dia 28 de janeiro de 2013, a entrega pela Justiça do auto de desocupação marcava o fim da desintrusão da área. Grandes produtores, pequenos agricultores e comerciantes foram definitivamente retirados da terra indígena Xavante. Antes disso, eles entraram com várias ações e questionamentos judiciais para tentar adiar a saída da área.

Agora, dois anos depois da desocupação definitiva, o cacique Paritzané, mais conhecido como Damião Xavante, conta que os índios estão bem e tranquilos, mas encontraram a terra ancestral de 165 mil hectares muito degradada. (mais…)

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A brutalidade dos coronéis e as histórias dos Tupinambá

Por Daniela Alarcon*, no Blog do Felipe Milanez

“Bom, o doutor Almeida… ele tinha parte com o diabo.” É assim que dona Marluce do Carmo, uma senhora Tupinambá de 58 anos de idade, introduz o coronel mais afamado da região onde se situa a aldeia Serra do Padeiro, na Terra Indígena Tupinambá de Olivença, que se estende por porções dos municípios de Buerarema, Ilhéus e Una, no sul da Bahia. Recorrendo às artes ocultas, conta dona Marluce, “doutor” Almeida fez com que uma ponte sobre o rio de Una se construísse sozinha – ela tem nítida diante de si a imagem pavorosa que lhe foi transmitida pelos antepassados, de guindastes movendo-se sem a mão humana, noite adentro. (mais…)

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RO – MPF verifica situação de saúde das aldeias indígenas e comunidade ribeirinha no Pakaas

Precárias condições sanitárias têm causado doenças aos indígenas que habitam as margens do rio Pakaas

MPF RO

As aldeias indígenas Capoeirinha, Tanajura, Santo André, Graças a Deus e Bom Futuro, todas às margens do rio Pakaas, em Guajará-Mirim, receberam a visita de representantes do Ministério Público Federal (MPF). A visitação às aldeias faz parte do trabalho institucional do órgão para assegurar os direitos aos indígenas da região. (mais…)

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Funai diz que os Juma estão felizes

Por Kátia Brasil, em Amazônia Real

Manaus (AM) – Em resposta aos questionamentos da agência Amazônia Real sobre a adaptação dos índios Juma ao território tradicional, em Canutama (AM), e as dificuldades que eles enfrentam para sobreviver devido à falta de estrutura na aldeia, a presidência da Funai (Fundação Nacional do Índio), em Brasília, disse por meio de nota enviada pela assessoria de imprensa, que a etnia “continua em alta vulnerabilidade social e cultural, mas que a partir de novos arranjos e reelaboração de sua organização tem gerado novas possibilidades”. (mais…)

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Borehá Juma foi separada da filha por suposta adoção

Kátia Brasil, Amazônia Real

DE CANUTAMA (AM) – A indígena Borehá Juma, 34 anos, tem quatro filhos do casamento com o Erowak Uru-eu-wau-wau, mas no fundo dos olhos ela tem uma tristeza que não passa: a saudade da primogênita adolescente de 16 anos.

A menina nasceu em 1998 de um relacionamento de Borehá com um pescador não indígena e morador da Vila Nossa Senhora do Carmo do Assuã, localidade vizinha da Terra Indígena Juma, no município de Canutama, sudoeste do Amazonas. (mais…)

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Índios Juma, uma história de abandono e sobrevivência na Amazônia

Por Kátia Brasil, Amazônia Real

DE CANUTAMA (AM) – A noite vai caindo na aldeia do povo Juma e a primeira imagem que se tem é das três irmãs Mandeí, Maitá e Borehá torrando a farinha de mandioca colhida dias antes na roça. No entorno da penumbra do forno feito de barro, elas conversam aflitas sobre a suspeita de malária entre as crianças e a precariedade no atendimento de saúde e educação na terra indígena de mesmo nome da etnia.

A aldeia está localizada em um campo de terra batida cercado de uma densa floresta margeada pelo rio Assuã, um afluente do rio Purus, a mais de 1.100 quilômetros de distância de Manaus, no município de Canutama, no sudoeste do Estado do Amazonas -. uma das regiões da Amazônia Ocidental mais desprovidas de ações públicas e tensa pela existência de conflitos fundiários e socioambientais. O acesso via terrestre é pela rodovia BR 230, a Transamazônica, a partir da cidade Humaitá (AM), na divisa com o Estado de Rondônia. (mais…)

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Marginalzinho: a socialização de uma elite vazia e covarde

Parada em um sinal de trânsito, uma cena capturou minha atenção e me fez pensar como, ao longo da vida, a segregação da sociedade brasileira nos bestializa

Por Rosana Pinheiro-Machado, Carta Capital

Era a largada de duas escolas que estavam situadas uma do lado da outra, separadas por um muro altíssimo de uma delas. Da escola pública saíam crianças correndo, brincando e falando alto. A maioria estava desacompanhada e dirigia-se ao ponto de ônibus da grande avenida, que terminaria nas periferias. Era uma massa escura, especialmente quando contrastada com a massa mais clara que saia da escola particular do lado: crianças brancas, de mãos dadas com os pais, babás ou seguranças, caminhando duramente em direção à fila de caminhonetes. Lado a lado, os dois grupos não se misturavam. Cada um sabia exatamente seu lugar. Desde muito pequenas, aquelas crianças tinham literalmente incorporado a segregação à brasileira, que se caracteriza pela mistura única entre o sistema de apartheid racial e o de castas de classes. Os corpos domesticados revelavam o triste processo de socialização ao desprezo, que tende a só piorar na vida adulta. (mais…)

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Ministro do Trabalho vai ao STF pedir agilidade no julgamento do caso Unaí

Dois acusados de serem mandantes do assassinato de quatro servidores estão com pedidos de habeas corpus parados no tribunal

Por Redação RBA

O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, que participou na manhã de hoje (28) de um ato que marcou os 11 anos da chacina de Unaí (MG), foi à ministra Cármen Lúcia, presidenta em exercício do Supremo Tribunal Federal, para pedir “celeridade” no julgamento do caso. Dois dos acusados de serem mandantes do crime – quatro servidores do ministério foram assassinados a tiros – estão com pedidos de habeas corpus parados há mais de um ano no STF. Eles querem que o julgamento seja transferido de Belo Horizonte justamente para Unaí. (mais…)

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Na semana de combate ao trabalho escravo, punição pela Chacina de Unaí é prioridade

Acusados de execução foram condenados, mas os fazendeiros apontados como mandantes aguardam em liberdade. Chacina ocorreu em 28 de janeiro de 2004, vitimando três auditores fiscais e um motorista.

Daniele Silveira, Radioagência BdF

Na Semana Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, manifestações e atividades de conscientização cobram a punição e o fim desse tipo de crime. O Sindicato Nacional dos Auditores-fiscais do Trabalho (Sinait) realiza nesta quarta-feira (28) um ato público em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). Os auditores reivindicam o julgamento dos acusados de serem os mandantes da Chacina de Unaí, que completa 11 anos. (mais…)

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União recorre contra obrigação de demarcar terras para índios em MS [e a Constituição? vai pro lixo?]

Decisão que deu prazo de 30 dias é da 2ª Vara Federal de Dourados. Medida pode provocar insegurança na disputa fundiária, diz Famasul.

G1 MS

A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com recurso contra a decisão da Justiça Federal que manda a União demarcar, no prazo de 30 dias, terras ocupadas por indígenas em Mato Grosso do Sul. O agravo de instrumento, de 21 de janeiro, está pendente de apreciação no Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3).

Segundo a AGU, a União (Ministério da Justiça) não é parte no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) – e nem na ação de execução de obrigação de fazer –, não sendo possível determinar ao ministro da Justiça que promova o pagamento do arrendamento, além de se tratar de uma medida não prevista na ordem jurídico-constitucional vigente. (mais…)

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