Mulher de auditor morto em Unaí diz que sente vergonha por “mendigar” justiça

Ivan Richard – Repórter da Agência Brasil

Há 11 anos à espera do julgamento dos responsáveis pelo assassinato do marido, o auditor fiscal do trabalho Nelson José da Silva, morto no episódio que ficou conhecido como a chacina de Unaí, a secretária Helba Soares da Silva diz estar envergonhada e desanimada pela demora no desfecho do caso e por ter que “mendigar” justiça.

Em 2004, em meio a uma fiscalização em fazendas na cidade mineira de Unaí, a 170 quilômetros de Brasília, com indícios de prática de trabalho escravo, três auditores fiscais do trabalho – Eratóstenes de Almeida Gonsalves, João Batista Soares Lage e Nelson – além do motorista do Ministério do Trabalho Ailton Pereira de Oliveira, foram brutalmente assassinados por pistoleiros. Em memória dos servidores,  28 de janeiro foi instituído como Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. (mais…)

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MPF recorre contra soltura de integrantes da maior quadrilha de desmatadores da Amazônia

Desmatadores haviam sido presos em 2014 durante a operação Castanheira

MPF PA

O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou na última quinta-feira, 22 de janeiro, recurso contra a revogação dos mandados de prisão preventiva contra líderes da quadrilha de desmatadores desbaratada pela operação Castanheira em agosto de 2014 na região de Novo Progresso, no sudoeste do Pará.

Além de recorrer contra a revogação do mandado de prisão dos líderes da quadrilha, desde a realização da operação Castanheira o MPF já recorreu contra a soltura de nove presos integrantes da quadrilha que tiveram resposta positiva da Justiça Federal a seus pedidos de habeas corpus.

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Aruká, o último guerreiro Juma na Amazônia

Por Katia Brasil, em Amazônia Real

Os indígenas Aruká e suas filhas Borehá, Maitá e Mandeí são os últimos sobreviventes da etnia Juma, povo de filiação linguística Tupi-Guarani denominado Kagwahiva.

Os índios Juma sofreram sucessivos massacres e quase foram dizimados ao defender o território da invasão de seringalistas e comerciantes de castanha na década de 60. Hoje, os Juma estão em alta vulnerabilidade social e cultural. (mais…)

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Depois de garantir acesso à terra, Xavantes pedem mais atenção à saúde

Por Michèlle Canes, da Agência Brasil

Há dois anos, terminava em Mato Grosso o processo de desintrusão (retirada de não índios), que permitiu a volta dos índios xavantes para a terra da qual saíram na década de 1960. Hoje, quem vive na Terra Indígena Marãwaitsédé enfrenta outras dificuldades. Em entrevista exclusiva à equipe da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o cacique Damião Paridzané relatou que a população sofre com a falta de assistência à saúde.

“Eu, como cacique, já cobrei muito. Esse recurso que o governo repassa para o Ministério da Saúde foi para onde? Todo mês morrem 20, 30 na área indígena. Cadê o atendimento da saúde? Cadê a recuperação da saúde do índio?”, questiona. (mais…)

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