Denúncia leva à apreensão de madeira ilegal da reserva indígena Alto Rio Guamá em serraria no Pará

Madeira teria sido extraída de área da reserva indígena Alto Rio Guamá. Proprietário foi multado em R$ 420 mil.  Áreas são consideradas um dos últimos fragmentos de floresta primária do Centro de Endemismo Belém (CEB), refúgio da maioria das espécies ameaçadas de extinção no Pará.

G1 PA

Denúncias levaram à apreensão de cerca de 1300 metros cúbicos de madeira ilegal em uma serraria de Paragominas, no nordeste do Pará, no último fim de semana. Equipes da Polícia Federal e representantes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente atuaram no trabalho de fiscalização que resultou ainda na apreensão de um caminhão.

“A operação continua até o final desta semana e será intensificada durante todo o ano, já que temos o apoio da PF”, disse o secretário Felipe Zagalo. Ele afirma que há indícios de que a madeira pertença à reserva indígena Alto Rio Guamá, área não acessada pela fiscalização por se tratar de terra indígena.

Diante da constatação de crime ambiental, o material apreendido foi encaminhado à delegacia de Polícia Civil de Paragominas, ficando à disposição do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O proprietário do espaço foi multado em R$ 420 mil.

Localizada nos municípios da região de integração rio Capim, que compreende as cidades de Capitão Poço, Nova Esperança do Piriá e Paragominas, a área é parte do território do povo indígena Tenetehar, que habitou extensas áreas entre os estados do Pará e Maranhão. Protegidas pela União, essas áreas também são consideradas um dos últimos fragmentos de floresta primária do Centro de Endemismo Belém (CEB), refúgio da maioria das espécies ameaçadas de extinção no Pará.

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