Um 2010 de muita luta e vitórias para tod@s nós!

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Ao longo de 2009 fomos muitos. Fomos tod@s Anacé, quilombolas de São Francisco do Paraguaçu, mulheres camponesas, ribeirinhos do Xingu, pescador@s das baías de Todos os Santos e da Guanabara. Fomos MST, Via Campesina, MAB. Fomos Jeovah, João do Cumbe, Raquel, Caetanos. Resistimos em Caetité, nas montanhas de Minas Gerais, nas terras indígenas usurpadas do Mato Grosso, nas favelas invadidas e fuziladas por traficantes, policiais e milícias.

Perdemos e ganhamos: companheir@s e combates. Mas não nos deixamos levar pela tristeza; não baixamos a cabeça e não desistimos. Como não desistiremos nos próximos 12 meses e nos outros e outros que depois deles virão. Queremos um Brasil de justiça. Um mundo de justiça. Sem Racismo Ambiental. Sem qualquer tipo de racismo! E queremos também acabar com essa realidade em que “alguns são obrigados a vomitar para comer mais, enquanto outros não têm o que comer”.

Essa é a nossa utopia. Essa é a razão de ser do nosso combate, e isso é o que dá sentido a este espaço, a este blog. Temos consciência de como ele é pequeno, ainda tentando nascer, assim como sabemos que não será o GT de Combate ao Racismo Ambiental que poderá mudar sequer o Brasil, quanto mais o mundo. Mas, por menor que seja a nossa contribuição, estamos viv@s, fortes e presentes na luta!

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“Vozes do Clima” – um excelente trabalho político da Fase

A Fase lançou no YouTube oito excelentes filmetes sobre os efeitos das mudanças climáticas na vida de povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais. Como diz o texto de apresentação, “As mudanças climáticas nos biomas brasileiros Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal estão dificultando a vida das populações locais. O modelo de desenvolvimento baseado nas monoculturas de eucalipto, soja, cana-de-açúcar, expulsa estas populações de seus territórios e cria graves conflitos sócio-ambientais”.

Acima, o primeiro da série. Os outros podem ser vistos seqüencialmente, direto do YouTube. Basta acessar http://www.youtube.com/watch?v=_Es5a0jhjFg&feature=channel. Vale não só pela qualidade como, principalmente, pelos ótimos depoimentos gravados. Grande iniciativa. Parabéns à Fase!

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2009: demarcação zero! E continua o processo genocida em Mato Grosso do Sul

Roberto Antonio Liebgott *

Adital –

O ano de 2009 vai terminando e os povos indígenas no Brasil não têm motivos para comemorações. A rigor, o único acontecimento significativo foi a conclusão do julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), da ação que pedia a revogação do decreto de homologação da terra Raposa Serra do Sol em área contínua. No entanto, mesmo a decisão da Suprema Corte, que julgou pela manutenção da homologação, não deve ser euforicamente comemorada, uma vez que, os ministros estabeleceram condicionantes às futuras demarcações de terras. Ao julgar este caso em particular, o STF introduziu condições a serem observadas nos procedimentos demarcatório, estabelecendo, assim, novos obstáculos às garantias constitucionais dos povos indígenas. (mais…)

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Comunicado dos Povos Indígenas do Xingu

O comunicado abaixo foi tornado público, hoje, em diversas listas de debate na internet. Não deixe de ler!

COMUNICADO DOS POVOS INDÍGENAS

À Excelentíssima Sra. e Excelentíssimos Senhores:

Deborah Macedo Duprat – Vice- Procuradora – Geral da República;

Luis Inácio Lula da Silva – Presidente da República Federativa do Brasil;

Edson Lobão – Ministro de Minas e Energia;

Carlos Minc – Ministro do Meio Ambiente;

Marcio Meira – Presidente da FUNAI;

Roberto Messias Franco – Presidente do IBAMA;

Tarso Genro – Ministro da Justiça;

Gilmar Mendes – Presidente do Supremo Tribunal Federal

Nós povos indígenas aqui representados: Povo Kayapó das aldeias Kokraxmõr, Pykarãrãkre, Kikretum, Las Casas, Kriny, Moxkàràkô; Kayapó do Xingu, aldeia Kararaô; Xipaia, aldeia Tukamá, Tukaiá; Juruna, aldeia Paquiçamba, Km 17 Vitória do Xingu; Arara da Volta Grande, Terra indígena Wangã; Povo Arara, Cachoeira Seca; e povos de outras regiões: Yanomam; Guarani, de São Paulo, aldeia Krukutú, queremos comunicar o seguinte: (mais…)

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Ainda sobre a ocupação do Incra pelos quilombolas

A matéria registra um equívoco, quanto ao número de comunidades reconhecidas, mas o vídeo foi o melhor que vimos publicado pela “grande mídia”.

publicado em 04/12/2009 às 14h46:

Quilombolas ocupam sede do Incra em Minas

Eles pedem a regularização das terras onde vivem no Estado
Do R7

Quilombolas de várias partes de Minas Gerais invadiram na última quinta-feira (3) a sede do Incra no Estado para pedir regularização das terras onde vivem.

Em Minas, existem mais 450 comunidades quilombolas, mas nenhuma é reconhecida oficialmente. Sem o documento regularizado, os moradores não têm acesso a serviços, como o saneamento básico.

Fonte: http://noticias.r7.com/brasil/noticias/quilombolas-ocupam-sede-do-incra-em-minas-20091204.html

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Para outra Compreensão e Ressignificação da Reforma Agrária

CPT Nacional *

Adital –

Os tempos que vivemos, no campo e nas cidades, nos convocam hoje a entender melhor esta época de mudanças. Novos conceitos e paradigmas marcam o nosso cotidiano com numerosas e grandes diferenças que nos deixam deslocados e perplexos. No meio destas mudanças, populações do campo e das cidades vêm sofrendo graves impactos e agressões convivendo com profundas incertezas diante do seu futuro e do planeta Terra. (mais…)

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Quilombolas ocupam a sede do Incra, em Belo Horizonte

Representantes de quilombolas do estado ocuparam a sede do Incra, na capital.

Cerca de 150 integrantes das comunidades quilombolas estão no prédio desde o início da manhã. Eles reivindicam a publicação de portarias reconhecendo o território das comunidades que já possuem o relatório técnico de identificação e delimitação concluído pelo Incra. Além disso, eles pedem agilidade nos processos de regularização.

No auditório do instituto, os integrantes tocaram e fizeram danças típicas. A manifestação é pacífica. Durante todo o dia vários setores do Incra não funcionaram.

De acordo com a assessoria do Incra, o superintendente do instituto, Gilson de Souza, deve se reunir logo mais com os manifestantes para tentar resolver a situação.

Fonte: GloboMinas – http://globominas.globo.com

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Carta dos Tupinambá da Serra do Padeiro

Da comunidade Serra do Padeiro

Para: Sexta Câmara, FUNAI, Ministério da Justiça, Secretária de Justiça do Estado da Bahia, Câmara de Deputados da Bahia, Governo do Estado da Bahia, Comissão Nacional de Direitos Humanos, e demais autoridades.

Para: APOINME, CNPI, CIMI, ANAI, CESE e demais parceiros.

Prezados Senhores.

Viemos por meio desta externa toda nossa indignação e revolta com a matéria publicada na revista  época de 23 de novembro de 2009, quando de forma preconceituosa e difamatória tenta retratar a nossa liderança como um Lampião. A repórter Mariana Sanches e o fotografo Marcelo Min, tiveram a oportunidade de conhecer muito de nossa comunidade, as nossas produções, as nossas casas de farinhas, o nosso colégio, as nossas crianças. Tiveram a oportunidade de desfrutar de toda nossa hospitalidade e conhecerem muito de nossa luta pelo resgate de nossas terras. Mas de forma mentirosa desviou todas as nossas informações, mudando inclusive muita das informações prestadas. (mais…)

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