Ao longo de 2009 fomos muitos. Fomos tod@s Anacé, quilombolas de São Francisco do Paraguaçu, mulheres camponesas, ribeirinhos do Xingu, pescador@s das baías de Todos os Santos e da Guanabara. Fomos MST, Via Campesina, MAB. Fomos Jeovah, João do Cumbe, Raquel, Caetanos. Resistimos em Caetité, nas montanhas de Minas Gerais, nas terras indígenas usurpadas do Mato Grosso, nas favelas invadidas e fuziladas por traficantes, policiais e milícias.
Perdemos e ganhamos: companheir@s e combates. Mas não nos deixamos levar pela tristeza; não baixamos a cabeça e não desistimos. Como não desistiremos nos próximos 12 meses e nos outros e outros que depois deles virão. Queremos um Brasil de justiça. Um mundo de justiça. Sem Racismo Ambiental. Sem qualquer tipo de racismo! E queremos também acabar com essa realidade em que “alguns são obrigados a vomitar para comer mais, enquanto outros não têm o que comer”.
Essa é a nossa utopia. Essa é a razão de ser do nosso combate, e isso é o que dá sentido a este espaço, a este blog. Temos consciência de como ele é pequeno, ainda tentando nascer, assim como sabemos que não será o GT de Combate ao Racismo Ambiental que poderá mudar sequer o Brasil, quanto mais o mundo. Mas, por menor que seja a nossa contribuição, estamos viv@s, fortes e presentes na luta!