A representação do índio continua se apoiando em estereótipos questionáveis, que levam a muitos preconceitos. Se ele está na floresta, é selvagem; se está na cidade, não é índio. Seria preciso determinar um lugar para ele, lá ou cá? Esse episódio busca romper com o mito da figura do “indígena atemporal” e mostrar que o “lugar” do índio não está somente em algo físico. A questão territorial, mostrada no episódio anterior, é apenas um meio para explicitar a violação de direitos que a população indígena sofre hoje.
racismo
Pesquisas mostram que polícia prende. E os juízes também, por Marcelo Semer
Em Contracorrentes/Justificando
Duas pesquisas recentemente publicadas consolidaram dados assustadores sobre o sistema penal e ajudam a desfazer alguns mitos, entre os quais de que o Brasil é o país da impunidade.
Pelos números obtidos, é possível constatar que o encarceramento continua em grande ascensão no país, com 74% de crescimento no número de presos nos últimos sete anos. E que, em desconformidade com o senso comum que muitos incautos e populistas propagam, a polícia prende e os juízes não soltam. (mais…)
A solução para acabar com essa violência é matar todo mundo, por Leonardo Sakamoto
E se a gente colocasse um montão de discursos de ódio, daqueles bem bizarros, juntos? Fiz um esforço para ser bem idiota. Segue o resultado:
Bandido bom é bandido morto. Mas por que ficar só nos bandidos? Político corrupto também me enoja. Gostaria que alguém entrasse no Congresso e matasse um por um, todos eles. E depois atravessasse a Praça dos Três Poderes e fizesse o mesmo com aquela mulher e seus asseclas. Se terminasse o serviço explodindo a cidade de merda que é Brasília, melhor. (mais…)
Veja o lado positivo: agora sabemos quem é racista, machista, homofóbico, por Leonardo Sakamoto
Esconder titica embaixo do carpete pode resolver a questão estética das aparências, mas o cheiro ruim continua rondando o ambiente.
Da mesma forma, jogar purpurina no cocô não faz dele uma lantejoula, muito menos um brilhante. (mais…)
Trajetórias das desigualdades: como o Brasil mudou nos últimos 50 anos – hoje, 02/06, na USP
“Em um país que muitos ainda acreditam ser uma ‘democracia racial’, a velocidade com que as mulheres diminuíram sua desigualdade em relação aos homens foi muito maior do que a velocidade com que os não brancos diminuíram sua desigualdade em relação aos brancos”
Por José Tadeu Arantes, Agência FAPESP
A América Latina apresenta os mais elevados índices de desigualdade do mundo e o Brasil ainda está entre os países mais desiguais da América Latina. Porém as desigualdades, em várias áreas, vêm diminuindo consistentemente. São reduções gradativas. Não houve nenhum grande salto de superação das desigualdades concentrado em um momento específico, mas o processo, como um todo, está fortemente associado à reconstrução da democracia. (mais…)
Há um canto especial no inferno para quem diz “Tá com dó? Leva pra casa!”, por Leonardo Sakamoto
A frase faz sucesso nas redes sociais.
É proferida ad nauseam quando o tema é a dura barra enfrentada pela gente negra, índia e parda, fedida, pobre, drogada e prostituída. É só falar da necessidade de políticas específicas que garantam qualidade de vida para esse pessoal que a abobrinha é vociferada. (mais…)
Mediterrâneo, um mar de hipocrisia
Países ocidentais patrocinam guerras e intervenções, mas são apresentados como heróis na tragédia da imigração
por Grupo de Reflexão sobre Relações Internacionais — Carta Capital
Por Rossana Reis e Deisy Ventura
Nas últimas semanas, as notícias sobre a morte de milhares de seres humanos no Mar Mediterrâneo acabaram por revelar uma faceta muito desagradável de nós mesmos: a nossa infinita capacidade de eludir os fatos e tragar narrativas falsas, simplistas e unilaterais. A despeito dos acontecimentos, acalentamos nossa imaginação geopolítica na qual o papel dos heróis é invariavelmente representado pelos países ocidentais. (mais…)
O Brasil é de paz. Esses esquerdistas é que têm que morrer, por Leonardo Sakamoto
Perdi a conta das vezes em que – quando morava no Campo Limpo, periferia de São Paulo – fui obrigado a descer do ônibus ou parar na rua e a, humilhantemente, beijar o muro junto com outros rapazes “suspeitos” em batidas policiais. Um dia, um soldado, de pele mais negra que muitos dos meninos presentes, gritou no ouvidos de um deles um sonoro “seu negrinho sujo”, seguido de um elogio à sua progenitora. (mais…)
Para debatedores, jovens negros e mulheres que abortam são as grandes vítimas da violência no Brasil
Em 2012, houve 56.337 homicídios no Brasil. Deste total, 30.072 eram jovens de 15 a 29 anos, dos quais 71,5% eram negros. O número de mortes entre jovens brancos vem caindo, enquanto o de negros aumentou 32,4% desde 2001
Por Agência Senado
Os jovens negros do sexo masculino são as maiores vítimas da violência no Brasil, assim como são os mais encarcerados. As mulheres que abortam são discriminadas no atendimento nos hospitais, sofrem violência obstétrica e têm o sigilo entre paciente e profissional de saúde violado ao ter o crime denunciado, a despeito da proteção aos direitos humanos. Essas impressões já generalizadas entre a população foram confirmadas durante a audiência pública que discutiu o relatório de fevereiro de 2015 da Anistia Internacional sobre violação aos direitos humanos, nesta quinta-feira (30). (mais…)
Direito quilombola em pauta: racismo, sociedade e o papel do STF
Por Fernando Prioste e Pedro Martins*, Terra de Direitos
Está na pauta do Supremo Tribunal Federal a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 3239, que julgará a constitucionalidade do Decreto Federal 4887/03. O decreto, que regulamenta a ação do Estado para a titulação dos territórios quilombolas, deve ter sua validade julgada nesta quinta-feira (19), com a retomada do voto da Ministra Rosa Weber. (mais…)