Série Especial Racismo em português – Angola: Houve independência mas não descolonização das mentes

40 anos depois da independência, as tensões raciais ainda estão à flor da pele: vê-se no discurso, nas filas de espera, na competição pelos lugares de chefia. “O privilégio branco é visível também em Angola

Por Joana Gorjão Henriques (em Luanda e Benguela Texto), Frederico Batista, Ricardo Rezende (Vídeo)e Sérgio Afonso (Fotografia), em Público

A igreja da Sagrada Família, em Luanda, é um dos monumentos mais conhecidos da cidade. Projectada pelos arquitectos Sabino Correia e Sousa Mendes, foi inaugurada em 1964, num bairro movimentado, Maculusso.

Na estrada e no passeio atravessa-se uma pequena amostra da população da Angola de hoje: um jovem com  roupa desportiva, um militar, uma candongueira, um engravatado. Centenas de pessoas passam por ali, a pé ou de carro, e é provável que muitas já nem notem um mural vermelho onde se conta, a escrito e a desenho, “a história do MPLA pela juventude”. (mais…)

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Aplicativo vai monitorar mensagens de ódio e racismo nas redes sociais

Por Isabela Vieira e Tâmara Freire, repórteres da EBC

Um aplicativo na internet vai monitorar postagens nas redes sociais que reproduzam mensagens de ódio, racismo, intolerância e que promovam a violência. Criado pelo Laboratório de Estudos em Imagem e Cibercultura da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), o instrumento será lançado este mês e permitirá que usuários sejam identificados e denunciados.

De acordo com o professor responsável pelo projeto, Fábio Malini, os direitos humanos são vistos de maneira pejorativa na internet e discursos de ódio tem ganhado fôlego. “É preciso desmantelar esse processo”, defende. Por meio da disponibilização dos dados, ele acredita que é possível criar políticas públicas “que amparem e empoderem as vítimas”. (mais…)

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Sorocaba: Promotor de Justiça ataca direitos da mulher

Citação de Simone de Beauvoir no Enem provoca a ira de promotor de justiça do Ministério Público Jorge Marum, que desqualifica a luta pelos direitos da mulher

No SMetal – Sindicato dos Metalúrgicos

Uma das questões da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizada no último domingo, 25, fez referência à pensadora francesa Simone Beauvoir, que tem várias publicações tanto no campo da filosofia como na literatura.

A frase citada, da obra “O Segundo Sexo”, de 1949, dizia: (mais…)

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Só quem nunca sofreu racismo na vida que pensa que isso é mera injúria

Por Guilherme Nucci* – Revista Consultor Jurídico

A minha posição, no sentido de que a injúria racial é racismo (“prática do racismo, na redação da Constituição), como qualquer outro tipo penal descrito na Lei 7.716/89, é antiga, exposta, pela primeira vez, quando foi criado o tipo penal da referida injúria racial (artigo 140, parágrafo 3º, Código Penal) nas minhas obras Código Penal comentado e Manual de Direito Penal.

Hoje, acolhida pelo Superior Tribunal de Justiça no caso de repercussão nacional em que Paulo Henrique Amorim injuriou Heraldo Pereira, tornou-se objeto de artigos e comentários de juristas e professores de Direito Penal. (mais…)

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Carlos Nobre Cruz: Programas policialescos usam espetacularização e criminalizam comunidades carentes

Por tvbrasil

Carlos Nobre Cruz, jornalista e professor da PUC do Rio de Janeiro, defende que as séries policialescas na TV tendem a julgar e emitir opiniões durante as transmissões a respeito das pessoas que são retratadas nos programas. O professor diz que, quando as emissoras fazem a cobertura de crimes que acontecem em comunidades mais pobres eles tendem a colocar os moradadores à mercê de avaliações negativas a respeito delas.

“As pessoas ficam frustradas, só se veem como vilões, e não têm um espaço de queixa para se manifestar em relação aquilo. Muitas vezes elas acabam admitindo que são comunidades criminosas em função de só ter um discurso contra elas”, afirma o jornalista. (mais…)

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Libertar-se do papel de macho-idiota ou ser vetor do sofrimento alheio?, por Leonardo Sakamoto

No Blog do Sakamoto

Faz tempo que não sentia tanta vergonha alheia como nos últimos dias. A quantidade de besteira que escorreu em blogs e nas redes sociais como resposta de muitos homens (sic) às mulheres que resolveram não ficarem caladas diante da violência sexual digital contra uma participante de 12 anos do programa Masterchef foi deprimente.

Apenas uma pessoa que passou a sua vida inteira em uma caverna, sem contato com a civilização, pode achar que essa situação brotou de uma hora para outra. Não, o machismo brasileiro, um de nosso maiores patrimônios imateriais, sempre esteve lá, feito pombo que descansa em fio da rede elétrica, fazendo cocô na cabeça de todos os que não são homens, nem concordam com a heteronormatividade vigente. A diferença é que, agora, a internet dá a todo o mundo, inclusive os que não aprenderam a viver em sociedade, o direito de ter um megafone. (mais…)

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A era em que defensorar se torna ilícito

Por Fernanda Mambrini Rudolfo, em Justificando

Vivemos uma época de caos e de medo. Mas o medo que reconheço nestas linhas não é aquele vendido e divulgado com tanto gosto na imensa maioria das mídias, mas o medo do retrocesso e da violação de direitos duramente conquistados, como a liberdade e a própria democracia.

Em conversas travadas no cotidiano forense ou mesmo com pessoas que não atuam na área jurídica, é fácil verificar um fetichismo – jurídico ou político – que pauta os anseios e as decisões. Lamentavelmente, o ideal emancipatório é mitigado em decorrência do ódio que fomenta as relações. (mais…)

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Mais um participante do Masterchef é vítima de comentários maliciosos nas redes sociais, desta vez de gênero

D1v4s

Oi manas, estou aqui mais uma vez pra quebrar o clima de brincadeira da página pra falar de algo que julgo necessário.

Na noite de terça estreou a nova temporada do MasterChef em sua versão Jr, e nas redes sociais aconteceram alguns fatos desagradáveis. Para começar, uma enxurrada de comentários machistas sexualizavam uma das participantes, sim, caras mais velhos estavam falando abertamente sobre seus desejos sexuais para com uma garota de 12 anos. Vocês podem conferir isso melhor aqui, aqui também e aqui. (mais…)

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20 mil mulheres negras de todas as regiões do Brasil estarão reunidas, em Brasília, para marchar contra o racismo, a violência e pelo bem viver

Marcha das Mulheres Negras

A Marcha das Mulheres Negras Contra o Racismo, a Violência e pelo Bem Viver será realizada em Brasília – DF, dia 18 de novembro de 2015, com concentração a partir das 9h no Ginásio Nilson Nelson. Reunirá cerca de 20 mil mulheres de todos os estados e regiões do Brasil para marchar pela garantia de direitos já conquistados, pelo direito à vida e a liberdade, por um país mais justo e democrático e pela defesa de um novo modelo de desenvolvimento baseado na valorização dos saberes da cultura afro brasileira. Além disso, reafirmar a contribuição econômica, política, cultural e social das mulheres negras que construíram e constroem diariamente o Brasil. A marcha acontece no âmbito da Década Internacional dos Afrodescendentes 2015-2024 e do mês da Consciência Negra. (mais…)

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Leis brasileiras colocaram o racismo em pauta, diz professora

Por Akemi Nitahara – Agência Brasil

O Brasil reconhece que existem diferenças entre as pessoas e que parte da população sofre com o racismo, desfazendo o ideal que perdurou por séculos de que o país vivia o mito da democracia racial. A afirmação é da professora da Universidade Federal Fluminense (UFF) Tânia Müller, que participou ontem (21) do Colóquio Internacional Relações Étnico-Raciais e Políticas Públicas, que ocorre até sexta-feira (23) no Rio de Janeiro. Até amanhã, as atividades serão no Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet-RJ). Na sexta-feira, as discussões e atrações culturais serão na Escola Sesc Ensino Médio, em Jacarepaguá. (mais…)

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