Ailton Ferreira, A Tarde
Se um cantor negro deixasse a barba crescer, vestisse um shortinho, amarrasse um lencinho na cabeça e subisse num trio elétrico durante o carnaval de Salvador nos anos 80, certamente seria chamado de ridículo e idiota.
Se esse mesmo cantor, negro de barba e lencinho, arrastasse uma multidão com o seu potente som e deixasse um rastro de pancadaria, murros, socos e ponta-pés e uma multidão sem as suas carteiras e bolsas durante a passagem do seu trio, vixe! (mais…)