A luta de classes no funcionalismo público, por Elaine Tavares

Elaine Tavares – Palavras Insurgentes

Lá se vão três meses de greve nas universidades e o governo federal insiste em não garantir, nem reajuste, nem aumento real para os técnico-administrativos. Desde o início da mobilização, em junho, a proposta tem sido a mesma: 21% dividido em quatro anos, ou 10% divididos em dois. Nas duas propostas, o índice anual deverá ficar em torno de 5%, ou seja, abaixo da inflação. Nesse caso, os trabalhadores já saem da greve perdendo. Não bastasse isso os trabalhadores ainda tem de ouvir, por parte de jornalistas a soldo do poder, ou da sociedade mesma, que eles são os vagabundos e os que não querem negociar.

Na verdade, seria bem legal se as pessoas pudessem compreender que mesmo na categoria dos funcionários públicos, a luta de classes se expressa de maneira muito clara. Ou como diria Orwell, há funcionários públicos que são mais iguais que outros. (mais…)

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Por que se demoram as greves da educação?

Elaine Tavares – Palavras Insurgentes

A semana que chega apresenta mais uma greve na educação. Em Florianópolis, estão parados os trabalhadores municipais – incluindo professores – os professores estaduais e, agora, o técnico-administrativos em educação da UFSC.  E, no geral, essas greves que envolvem trabalhadores da educação demoram demais. Algumas chegam a durar três meses. Nesse meio tempo não há aulas e se acontecem, são precárias. A pergunta então que não quer calar é justamente essa: por que são tão longas essas greves? (mais…)

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Greve dos professores estaduais continua

Elaine Tavares  – Palavras Insurgentes

A assembleia marcada para quinta-feira tinha tudo para ser tensa, e foi. Muito tempo de greve, o desgaste, a desolação pelas reuniões improdutivas com o governo. Os professores precisariam avaliar a última resposta do governo sobre a pauta da greve. O documento apresentado pela equipe de Raimundo Colombo não pode ser chamado de uma proposta de negociação. Da pauta mesmo, nenhum item. A indicação era de anistia pelos dias parados e a revisão da redação do tópico que fala das progressões. Nada sobre o pagamento de 13,01% do Piso na carreira, retroativo a janeiro, nada sobre a não incorporação da regência de classe, nada sobre a não contratação de ACTs como horistas, nada sobre quase tudo. (mais…)

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“Fui demitido porque saí da senzala”

Garis do Rio perseguidos após alcançar conquistas históricas. Prefeitura demite lideranças e avança em projeto de terceirização, em vingança contra categoria

Por Célio Gari, no Círculo de Cidadania

Trabalho há 15 anos na Comlurb no final de abril fui demitido. Não fui o único. 77 colegas foram dispensados nos últimos dias. Todos garis que cometeram o “pecado” de exercer o direito de greve, que se organizaram e resolveram se fazer visíveis. O amigo Bruno da Rosa, por exemplo, foi demitido porque ousou responder a um dos gerentes que se portava como um verdadeiro capataz de escravos. (mais…)

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