Carlos Nobre Cruz: Programas policialescos usam espetacularização e criminalizam comunidades carentes

Por tvbrasil

Carlos Nobre Cruz, jornalista e professor da PUC do Rio de Janeiro, defende que as séries policialescas na TV tendem a julgar e emitir opiniões durante as transmissões a respeito das pessoas que são retratadas nos programas. O professor diz que, quando as emissoras fazem a cobertura de crimes que acontecem em comunidades mais pobres eles tendem a colocar os moradadores à mercê de avaliações negativas a respeito delas.

“As pessoas ficam frustradas, só se veem como vilões, e não têm um espaço de queixa para se manifestar em relação aquilo. Muitas vezes elas acabam admitindo que são comunidades criminosas em função de só ter um discurso contra elas”, afirma o jornalista. (mais…)

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Em nota, MST repudia projeto que trata do Estatuto da Família

O projeto do Estatuto da Família (PL 6.583/13), foi recentemente aprovado por uma comissão especial na Câmara dos Deputados e limita o entendimento sobre o conceito de família.

Da Página do MST 

No último dia 24, a Comissão Especial sobre Estatuto da Família (PL 6.583/13) aprovou por 17 votos a 5, o texto final da PL sobre o conceito de família, que restringe as prerrogativas às famílias tradicionais, excluindo os casais homoafetivos. (mais…)

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Mama África, a minha mãe, é mãe solteira

“Mama África/ A minha mãe/ É mãe solteira
E tem que/ Fazer mamadeira/ Todo dia
Além de trabalhar/ Como empacotadeira/ 
Nas Casas Bahia
(Trecho da canção de Chico César)

Emanuelle Goes, no População Negra e Saúde

A imagem ao lado apresenta sobre a tal realidade das mulheres negras, em que a solidão é um fato concreto e ser mãe solteira também, é o que vemos em nossas famílias e nos dados estatísticos, no entanto ser mãe solteira não é um destino e nem algo determinado em nossas vidas, como a campanha publicitária ao lado tenta apresentar, mas consequências do racismo e do sexismo atuando historicamente de forma ativa sobre nós, com assimetrias de gênero (entre os homens negros) e de raça (entre as mulheres brancas). (mais…)

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Enem: A meritocracia e outras fábulas para ninar adultos, por Leonardo Sakamoto

No Blog do Sakamoto

Passando perto de um local de realização do Enem, neste sábado, parei um pouco para ver o pessoal que seguia, cheio de pensamentos, para as salas de prova. Perto de mim, dois pais conversavam sobre o futuro de suas filhas e, claro, sobre o país. Não consigo reproduzir exatamente as palavras, mas a conversa foi mais ou menos esta:

– Nunca poupamos investimento na minha família para a educação. Educação sempre em primeiro lugar. A Paulinha, desde cedo, frequentou os melhores colégios, teve todos os livros que pediu, viajou para fora para ampliar a cultura…

– Se o Brasil fosse justo, um lugar em que o mérito fosse levado a sério, nossas filhas estariam com vaga garantida. Mas essas cotas distorcem tudo. (mais…)

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Libertar-se do papel de macho-idiota ou ser vetor do sofrimento alheio?, por Leonardo Sakamoto

No Blog do Sakamoto

Faz tempo que não sentia tanta vergonha alheia como nos últimos dias. A quantidade de besteira que escorreu em blogs e nas redes sociais como resposta de muitos homens (sic) às mulheres que resolveram não ficarem caladas diante da violência sexual digital contra uma participante de 12 anos do programa Masterchef foi deprimente.

Apenas uma pessoa que passou a sua vida inteira em uma caverna, sem contato com a civilização, pode achar que essa situação brotou de uma hora para outra. Não, o machismo brasileiro, um de nosso maiores patrimônios imateriais, sempre esteve lá, feito pombo que descansa em fio da rede elétrica, fazendo cocô na cabeça de todos os que não são homens, nem concordam com a heteronormatividade vigente. A diferença é que, agora, a internet dá a todo o mundo, inclusive os que não aprenderam a viver em sociedade, o direito de ter um megafone. (mais…)

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A era em que defensorar se torna ilícito

Por Fernanda Mambrini Rudolfo, em Justificando

Vivemos uma época de caos e de medo. Mas o medo que reconheço nestas linhas não é aquele vendido e divulgado com tanto gosto na imensa maioria das mídias, mas o medo do retrocesso e da violação de direitos duramente conquistados, como a liberdade e a própria democracia.

Em conversas travadas no cotidiano forense ou mesmo com pessoas que não atuam na área jurídica, é fácil verificar um fetichismo – jurídico ou político – que pauta os anseios e as decisões. Lamentavelmente, o ideal emancipatório é mitigado em decorrência do ódio que fomenta as relações. (mais…)

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Mais um participante do Masterchef é vítima de comentários maliciosos nas redes sociais, desta vez de gênero

D1v4s

Oi manas, estou aqui mais uma vez pra quebrar o clima de brincadeira da página pra falar de algo que julgo necessário.

Na noite de terça estreou a nova temporada do MasterChef em sua versão Jr, e nas redes sociais aconteceram alguns fatos desagradáveis. Para começar, uma enxurrada de comentários machistas sexualizavam uma das participantes, sim, caras mais velhos estavam falando abertamente sobre seus desejos sexuais para com uma garota de 12 anos. Vocês podem conferir isso melhor aqui, aqui também e aqui. (mais…)

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Como o Congresso Nacional está nos devolvendo ao Brasil Colônia, por Leonardo Sakamoto

No Blog do Sakamoto

Fiz uma lista, em abril deste ano, de dez coisas que a atual legislatura do Congresso Nacional – que despontava como um vetor de retrocessos históricos, tendo a Câmara dos Deputados à frente – poderia fazer em quatro anos para nos devolver ao Brasil Colônia. Para ser bem honesto, na época achei que estava exagerando. (mais…)

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20 mil mulheres negras de todas as regiões do Brasil estarão reunidas, em Brasília, para marchar contra o racismo, a violência e pelo bem viver

Marcha das Mulheres Negras

A Marcha das Mulheres Negras Contra o Racismo, a Violência e pelo Bem Viver será realizada em Brasília – DF, dia 18 de novembro de 2015, com concentração a partir das 9h no Ginásio Nilson Nelson. Reunirá cerca de 20 mil mulheres de todos os estados e regiões do Brasil para marchar pela garantia de direitos já conquistados, pelo direito à vida e a liberdade, por um país mais justo e democrático e pela defesa de um novo modelo de desenvolvimento baseado na valorização dos saberes da cultura afro brasileira. Além disso, reafirmar a contribuição econômica, política, cultural e social das mulheres negras que construíram e constroem diariamente o Brasil. A marcha acontece no âmbito da Década Internacional dos Afrodescendentes 2015-2024 e do mês da Consciência Negra. (mais…)

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