Laudo aponta que Rio Doce estará sujeito a danos ‘imprevisíveis’ ao longo dos anos

Abastecimento de 12 cidades vai depender de novos mananciais, diz documento da ANA

Por Vinicius Sassine, em O Globo

BRASÍLIA — As águas do Rio Doce, depois do maior desastre ambiental da História do país, estarão sujeitas a novos picos de turbidez (água turva), quedas de oxigênio, aumentos na concentração de metais e prejuízos para os dependentes da bacia por períodos “indeterminados e imprevisíveis”. Por essa razão, o abastecimento de água em 12 cidades de Minas Gerais e Espírito Santo que precisam do rio dependerá de “novos mananciais, implantação de poços profundos e sistemas de adução”. Essas 12 cidades concentram mais de 550 mil moradores. (mais…)

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Samarco (Vale/BHP) terá que pagar R$ 2 bilhões como indenização

Mineradora é notificada de decisão em ação movida pela União e estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Remuneração a sócios da empresa fica suspensa

Por Paulo Henrique Lobato, no Estado de Minas

A Samarco informou ter sido notificada pela 12ª Vara da Justiça Federal para depositar R$ 2 bilhões, em contas judiciais, como parte de ação civil pública ajuizada pela Advocacia-Geral da União (AGU), em parceria com os estados de Minas Gerais e Espírito Santo. A mineradora, porém, não adiantou se vai recorrer no processo, movido em razão dos danos causados pelo estouro da Barragem do Fundão, em Mariana, na tarde de 5 de novembro, no maior desastre socioambiental do Brasil. (mais…)

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Santo Amaro da Purificação, Bahia: em mais de dois anos, só 253 pessoas são solidárias aos ‘chumbados”?

Tania Pacheco – Combate Racismo Ambiental

Sei que a imagem que abre este post é chocante. Fiquei algum tempo em dúvida quanto a usá-la. Acontece que ela é bem menos chocante que a realidade que retrata. No dia 24, véspera de natal, recebi mensagem pedindo assinatura em uma petição pública. O título, em caixa alta, anunciava que o abaixo-assinado era “pelo cumprimento da Decisão Judicial às vítimas da contaminação” em Santo Amaro da Purificação, Bahia. Já não sei mais quantas petições assinei e, principalmente, quantas postagens existem neste blog a respeito do absurdo inominável que é a situação dos atingidos pela Cobrac, agravada pela inoperância e descaso de governos, judiciários e legislativos, mas me dispus a subscrever e divulgar mais essa.

Segui o link, verifiquei que eram apenas 253 assinaturas e imaginei que o pedido seria para que alguma nova decisão da Justiça fosse cumprida. Cliquei para assinar, e aí fui barrada: “A assinatura já existe com o nº 143”. (mais…)

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MS – Fazendeiros atacam indígenas de Tey’i Jusu com agrotóxicos

“Debaixo do veneno, crianças, velhos, pessoas da etnia indígena Kaiowa que tentam viver sua cultura e plantar seu alimento em paz sobre seu território ancestral”.

Em Correio do Brasil

Uma nova denúncia, desta vez filmada por um líder indígena, mostra ação de supostos fazendeiros da região de Caarapó, no Mato Grosso do Sul, pela expulsão das famílias que permanecem no acampamento Tey’i Jusu, da etnia Kaiowá. De acordo com a filmagem “fazendeiros da região despejam agrotóxico sobre as famílias”. (mais…)

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MG – Barragem que se rompeu não voltará a funcionar, diz presidente da Samarco (Vale/BHP)

Por Estêvão Bertoni e Marcelo Leite, enviados especiais, na Folha/UOL

Mesmo que a mineradora Samarco volte a operar em Mariana nos próximos anos, a barragem que ruiu em 5 de novembro, deixando ao menos 17 mortos, não deverá ser reerguida. “Não é a nossa intenção voltar a construir naquele local, até por tudo o que esse acidente representou e representa para a empresa”, afirma Ricardo Vescovi, 45, diretor presidente da Samarco.

Em entrevista concedida na quarta-feira (23), na sede da mineradora em Belo Horizonte, onde também fica a Vale (coacionista da empresa ao lado da anglo-australiana BHP Billiton), Vescovi deixou em aberto questões sobre os problemas na estrutura que ruiu e as falhas no plano de emergência. (mais…)

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MPF/PA: ação pede R$ 71 milhões em indenizações por naufrágio do navio Haidar

MPF/PA, MP/PA, Procuradoria do Estado e Defensoria Pública também pedem prazo máximo de 48 horas para que os responsáveis pelo navio resolvam a retirada das 3,9 mil carcaças de bois que permanecem no navio contaminando a água

MPF PA

Dois meses depois do naufrágio do navio Haidar, em Barcarena, no Pará, permanecem 3.900 carcaças de bois dentro da embarcação, adernada no porto de Vila do Conde, contaminando a água. Vários laudos comprovam danos sociais e ambientais provocados pelo desastre que geram um valor mínimo de R$ 71 milhões em indenizações. O Ministério Público Federal no Pará (MPF/PA), o Ministério Público do Estado do Pará (MP/PA), a Procuradoria Geral do Estado e a Defensoria Pública do Estado do Pará ajuizaram ontem, 16 de dezembro, na Justiça Federal, em Belém, ação civil pública que pede, além do pagamento das indenizações, seja dado um prazo máximo de 48 horas para que os responsáveis pelo naufrágio apresentem uma solução definitiva para a retirada das carcaças. (mais…)

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Justiça Federal determina bloqueio de bens da Vale e BHP Billiton

Ação afirma que Samarco não tem patrimônio suficiente para multas. Magistrado tomou medidas para garantir recuperação de danos.

Por Bruno Dalvi, da TV Gazeta/G1

O juiz federal Marcelo Aguiar Machado, da 12ª Vara Federal de 1º grau em Minas Gerais, determinou a indisponibilidade de bens da Vale e da anglo-australiana BHP Billiton, donas daSamarco. A decisão, assinada na noite desta sexta-feira (18), atende a grande parte dos pedidos de uma Ação Civil Pública impetrada pela União e pelos governos do Espírito Santo e Minas Gerais contra a Mineradora Samarco e suas controladoras. (mais…)

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A lama da Samarco e o Carrinho de Cachorro Quente, por Antonio Claret Fernandes

Em Combate Racismo Ambiental

Sofia está deitada, mas não consegue dormir. A história de Riso, atingido pela lama da Samarco em Barra Longa, não lhe sai da cabeça. Ele sonha com a volta ao trabalho. E reivindica um Carrinho de Cachorro Quente da Samarco. Mas a ideia não dá certo. A empresa acha o preço caro: quatro mil e oitocentos reais. ‘É um Carrinho melhor’, Riso se justifica. Mas não adianta. O Capital faz conta de cada centavo. Duro igual pedra. Dizem-no sem alma. Enquanto Riso quer trabalhar pra tocar sua vida, os donos da Samarco querem retomar a exploração de minério em Mariana e, para isso, precisam guardar cada real próprio, usar o cofre do Estado em nome do ‘ocorrido’ – apelido dado pela empresa ao crime – e embolsar algo em torno de meio trilhão de reais.

Sofia se vira na rede, fica de lado, encolhida. E sente que, finalmente, o sono a vai tomando. Mas um riso incontrolado e repentino a invade. Lembra-se de uma coisa boba, mas não se aguenta. Durante o dia, na Rua, alguém tinha chegado perto dela e feito um comentário sobre a situação de Riso: ‘não fica bem para um empresário empurrar um carrinho pela rua’. A resposta dela vem na ponta da língua: ‘a lama da Samarco é tão forte que quebra até preconceito’! (mais…)

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MPF move ação para combater coral assassino

Litoral fluminense foi invadido pelo Coral-Sol, que destrói a biodiversidade nativa e ameaça a Baía da Ilha Grande

MPF RJ

O Ministério Público Federal (MPF) em Angra dos Reis (RJ) move ação civil pública, com pedido de liminar, para proteger o meio ambiente marinho e combater a invasão do Coral-Sol no litoral fluminense, principalmente na Baía da Ilha Grande. O Coral-Sol é um invasor e está causando a perda da biodiversidade marítima brasileira. A bioinvasão foi provocada por bioincrustração da espécie através de plataformas e sondas de petróleo e gás, bem como pelo transporte em casco de navios, sem que os responsáveis tomassem medidas mitigadoras e de controle da invasão provocada pelo coral assassino. (mais…)

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Ação da União e dos Estados de MG e ES contra a Samarco será julgada em Belo Horizonte

Justiça Federal do Distrito Federal declinou a competência para a capital mineira a pedido do MPF

MPF

O Ministério Público Federal (MPF), em atuação conjunta da Procuradoria da República no Distrito Federal e da Força-Tarefa que investiga o desastre socioambiental causado pelo rompimento da barragem de Fundão, pertencente à Samarco S.A., no município de Mariana/MG, obteve declínio de competência, da Justiça Federal da capital do país para a Justiça Federal de Belo Horizonte, para o processamento e julgamento da Ação Civil Pública proposta pela Advocacia-Geral da União (AGU) contra a mineradora.

A decisão declina competência em favor da 12ª Vara Federal de Belo Horizonte, para onde será enviada e deverá tramitar a ação da AGU, que, proposta em conjunto com os Estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, pede, entre outros, a constituição de um fundo de R$ 20,2 bilhões, a ser constituído pela Samarco nos próximos 10 anos, para reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem. (mais…)

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