Cientistas se organizam para fazer análise independente do desastre de Mariana

Pesquisadores estão indo a campo por conta própria para coletar amostras, resgatar animais e analisar o verdadeiro impacto ambiental do tsunami de lama que varreu a bacia do Rio Doce

Por Herton Escobar, em seu blog no Estadão

Centenas de cientistas brasileiros estão se organizando, voluntariamente, para fazer uma avaliação independente do impacto ambiental causado pelo rompimento das barragens de Mariana. Muitos deles se deslocaram para os locais atingidos pelo desastre e estão coletando dados e amostras para análise, num esforço que lembra o de médicos voluntários ajudando vítimas de um terremoto (neste caso, um tsunami de lama). Um grupo foi criado no Facebook para organizar os esforços e uma iniciativa de crowdfunding foi lançada para financiar as análises e a elaboração do relatório: (AQUI) (mais…)

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Quilombolas da Marambaia celebram posse de terra no Dia da Consciência Negra

Vinícius Lisboa – Enviado Especial da Agência Brasil

A professora Bárbara Guerra, 37 anos, chama os alunos a responderem mais alto ao jongo [dança de origem africana com acompanhamento de tambores] que o grupo ensaia para a festa do Dia da Consciência Negra, na Ilha da Marambaia. O tempo está nublado e os remanescentes quilombolas dançam e batem o atabaque em meio a prédios da Marinha do Brasil e serras cobertas de Mata Atlântica.

O cenário é a Praia Suja, na Baía de Sepetiba. Perto dali, paredes de pedra ainda guardam a história da antiga senzala em que os negros em quarentena esperavam para ser traficados, depois de terem sido sequestrados da África para nunca mais retornar. (mais…)

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Até onde é possível monitorar, punir e cobrar no caso Mariana? Informações de um analista ambiental e cidadão

O texto/depoimento abaixo foi postado por seu autor, o analista ambiental Wallace Lopes, em seu perfil no facebook. Ele responde a muitas perguntas que vêm sendo feitas em relação a essa onda de destruição que começou em Mariana e segue até o oceano Atlântico, com informações que merecem ser consideradas. E deixa bastante clara a importância do papel a ser desempenhado por nós, no monitoramento e cobrança de tudo o que está ainda por vir. (Tania Pacheco).

Por Wallace Lopes

Tentei me segurar, mas não consegui. Vou aqui dar a minha opinião como analista ambiental e como cidadão sobre o caso de Mariana-MG. (mais…)

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Povo Krenak fecha ferrovia da Vale em MG em protesto contra ‘morte de rio sagrado’

Por 

Com o corpo pintado para a guerra, tinta preta no rosto e olhos vermelhos de noites mal dormidas, Geovani Krenak, líder da tribo indígena Krenak, mira a imensidão de água turva e marrom.

“Com a gente não tem isso de nós, o rio, as árvores, os bichos. Somos um só, a gente e a natureza, um só”, diz. Ele respira fundo, e continua: “Morre rio, morremos todos”.

Parte dos 800 km de extensão do rio Doce, contaminado pela lama espessa que escoa há 10 dias de duas barragens de rejeitos da mineradora Samarco, em MG, atravessa a reserva da tribo. Tida como sagrada há gerações, toda a água utilizada por 350 índios para consumo, banho e limpeza vinha dali. Não mais. (mais…)

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Resposta da Warã à matéria da Folha de S. Paulo sobre diabetes entre os Xavante

No CTI

Em resposta à matéria “Refrigerante e doce provocam epidemia de diabetes em índios em MT” publicada no jornal Folha de São Paulo no dia 09 de agosto de 2015, percebemos a necessidade de prestar alguns esclarecimentos sobre os fatos narrados.

O problema da prevalência do diabetes entre os Xavante é conhecido desde o ano 2007 quando foi publicado o trabalho “Prevalência de diabetes mellitus em índios Xavante de Sangradouro-MT”, do professor João Paulo Botelho Vieira Filho, citado pela matéria da Folha de São Paulo. (mais…)

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Sebastião Salgado quebra o silêncio e pede “responsabilização das empresas” no desastre em MG

Com oito dias de atraso, fotógrafo patrocinado pela Vale, pediu um fundo com dinheiro da empresa para ajudar a população local

Em Brasileiros

Pressionado pelas redes sociais, o fotógrafo Sebastião Salgado finalmente se manifestou sobre  o rompimento das barragens em Mariana, Minas Gerais. Com oito dias de atraso, seu Instituto Terra divulgou um comunicado pedindo a “responsabilização das empresas envolvidas”.

As barragens romperam no dia 5, mas o comunicado só foi divulgado na noite de sexta-feira (13) por meio de um post em sua página no Facebook. No caminho do mar de lama em Mariana está a cidade de Aimorés, onde fica o Instituto Terra, fundado pelo fotógrafo Salgado e sua mulher, Lélia Wanick Salgado, no final dos anos 1990. (mais…)

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Diabetes asola a indígenas del mundo

Por razones genéticas y de cambios en el hábito tradicional de consumo esta epidemia mundial tiene una enorme carga sobre las poblaciones indígenas del planeta.

Servindi, 15 de noviembre, 2015

Cada 14 de noviembre se celebra el Día Mundial de la Diabetes, una enfermedad que, se estima, padecerán 370 millones de personas en 2030 y que representa una de las diez principales causas de muerte en el mundo.

Desde el año 2000 la diabetes se convirtió en la principal causa de muerte en México; país donde el 7.2 por ciento de los decesos se deben a padecimientos asociados con este mal. (mais…)

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Sociedade civil realiza novo protesto em frente à Vale nesta segunda-feira

No Século Diário

A população capixaba vai às ruas nesta segunda-feira (16) para responsabilizar mais uma vez a Vale pela tragédia humana e ambiental do rompimento das duas barragens da Samarco Mineração em Mariana (MG). O novo ato, agora com ampla convocação popular, se concentra às 17 horas na Universidade Federal do Estado (Ufes). O destino será a portaria da mineradora no final da Praia de Camburi, em Vitória.

Assim como a intervenção artística dessa sexta-feira (13), “Manchada de Lama, realizada na portaria da Vale em Carapina, na Serra, o segundo ato é uma iniciativa do Frente Capixaba de Lutas, que reúne diversas organizações do Estado. No evento criado no Facebook, com o título “Não foi acidente, a Vale deve pagar”, já estão confirmadas a participação de 2.600 pessoas. A mesma mobilização será realizada no Rio de Janeiro. (mais…)

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Moradores da extinta Bento Rodrigues exigem das mineradoras novo local rural, com espaço e liberdade

“A nova Bento tem de ser bem parecida com a antiga. As pessoas tinham hortas, quintais e, agora, estão em hotéis. O povo não está acostumado a viver assim”

Por João Henrique do Vale, Daniel Camargos, Pedro Rocha Franco (enviados especiais), no EM

Mariana – Um novo Bento Rodrigues, o povoado mais devastado pelo estouro das duas barragens da Samarco, será reconstruído em outro lugar na área rural de Mariana, a 110 quilômetros de Belo Horizonte. Pelo menos essa foi a decisão dos desabrigados pelo tsunami de lama numa reunião, na manhã de ontem, com a participação de representantes do poder público. O prefeito da cidade histórica, Duarte Júnior, concordou com o desejo das vítimas: “A população decidiu que não quer a reconstrução naquele local. Então, hoje está definido que Bento deixou de existir”. (mais…)

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Plano de emergência das barragens de Fundão e Santarém tem falhas e lacunas

Por  Sandra Kiefer, no Estado de Minas

Os Planos de Ação Emergenciais (Paes) das barragens de Fundão e Santarém, que romperam há 10 dias em Mariana, na Região Central do estado, apresentados oficialmente na sexta-feira pela Samarco (controlada pela Vale e pela BHP Billinton) ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), estavam sem data e desatualizados, a ponto de conter números antigos de telefones na lista de moradores a serem avisados em caso de acidente.

Ao contrário do que prevê a Lei Nacional de Segurança de Barragens, de número 12.334, de 2010, os povoados atingidos pelo tsunami de lama, que já chegou ao Espírito Santo, nunca receberam treinamento contra catástrofes nem tiveram papel definido a cumprir em casos de tragédia, procedimento que já deveria ser comum em Minas, que centraliza perto de 800 barragens. (mais…)

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