Tomada por lama, barragem de Santarém atinge risco máximo

Estrutura não se rompeu e alcançou pior índice em classificação que avalia estado de conservação

Luciene Câmara e Natália Oliveira, O Tempo

O rompimento da barragem do Fundão trouxe mais riscos do que se imaginava. Após análise no fim de semana, o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) constatou que a Santarém, que compõe o complexo da Samarco em Mariana, na região Central de Minas, não se rompeu, conforme havia sido anunciado pela mineradora. Embora tenha resistido, a estrutura ficou tomada pela lama que saiu de Fundão e sofreu erosões que podem levar a um desabamento. Em uma escala de risco de 0 a 10 (quanto maior o número, maior o risco), o reservatório atingiu a pontuação máxima, segundo o DNPM. (mais…)

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Ministério Público Federal vê ameaça em Paracatu após tragédia em Mariana

A comunidade de Paracatu, Noroeste de Minas, assim como a de Mariana, guarda características de patrimônio histórico e turístico e possui a mineração como vocação desde os tempos do garimpo

Mariana Laboissière, do Correio Braziliense, no Estado de Minas

A tragédia que atingiu Mariana, na Região Central do estado, fez acender um alerta em Paracatu, no Noroeste de Minas, distante aproximadamente 200km de Brasília. Rodeada por reservatórios similares, com materiais tóxicos, a cidade no Noroeste do estado abriga a maior extratora de ouro a céu aberto do país, localizada em perímetro urbano – uma das únicas no mundo com essas características. Diante da catástrofe de 5 de novembro, o Ministério Público Federal (MPF) decidiu abrir inquérito civil público para apurar a situação das estruturas que pertencem à Kinross Gold Corporation, multinacional canadense que explora a área. A comunidade de Paracatu, assim como a de Mariana, guarda características de patrimônio histórico e turístico e possui a mineração como vocação desde os tempos do garimpo. (mais…)

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Nota da ABA: Sobre o rompimento das barragens de rejeito em Mariana, Minas Gerais

A Associação Brasileira de Antropologia (ABA) vem a público manifestar seu pesar e sua solidariedade a todas as vítimas, humanas e não humanas, do rompimento das barragens de rejeitos Fundão e Santarém em Mariana, Minas Gerais. Como associação científica cujas pesquisas se referem, em muitas situações, a comunidades atingidas por grandes empreendimentos minerários, vimos nos somar às vozes da sociedade brasileira que exigem a responsabilização das empresas envolvidas, Vale-BHP Billinton-Samarco, bem como cobrar a celeridade nas ações voltadas para o restabelecimento das vidas dos ecossistemas e comunidades atingidas. Lembramos, neste último caso, que não se trata apenas de indivíduos que perderam casas e propriedades, mas de coletividades que, ao longo da bacia do Rio Doce, assistem ao desaparecimento das condições que sustentavam suas práticas, usos e formas de viver. Enfatizamos a trágica situação das comunidades Paracatu de Baixo e Bento Rodrigues, sendo que essa última, soterrada, teve a especificidade do seu ser, fazer viver, bruscamente interrompida com esse incidente. (mais…)

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Quilombolas em marcha!

CONAQ – Alma Preta

Nós, mulheres quilombolas somos parte das 49 milhões de mulheres negras que compõem um quarto da população do Brasil e, na semana em que se celebra o Dia Nacional da Consciência Negra, estamos mobilizadas junto a guerreiras dos mais diversos seguimentos sociais, em torno da edição 2015 da Marcha Nacional das Mulheres Negras – Contra o racismo, a violência e pelo bem viver – para dar visibilidade ao que enfrentamos cotidianamente em cada canto do país.

O Brasil tem a maior população negra fora da África (aproximadamente 100 milhões de pessoas) e nós, mulheres quilombolas, remanescentes diretas dos povos africanos, estamos distribuídas em uma população de cerca de 130 mil famílias. Somos mães, filhas, professoras, estudantes, mestras de saberes, somos lideranças de territórios em conflitos com as mais distintas situações. (mais…)

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A perenidade do rio São Francisco cada vez mais ameaçada, entrevista com Roberto Malvezzi (Gogó)

EcoDebate*

A cada dia aumentam as evidências de que a sangria do rio São Francisco progride a passos largos. As estatísticas oficiais divulgadas pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) apontam que Sobradinho acumula apenas 3% de sua capacidade, o menor volume da sua história. O que se fala é que para tirar o rio deste estado agonizante, é preciso chover. A dependência das chuvas por si só já indica que o rio mais importante do Semiárido está perdendo sua característica perene e se igualando aos demais rios da região, que secam durante o verão.

“O rio São Francisco era um rio perene e de alguma forma ainda é um rio perene, mas cada vez mais fragilizado”, comenta Roberto Malvezzi, Gogó, colaborador da ASA e da Articulação Popular Semiárido Vivo e uma das referências para falar sobre o rio no Brasil. Na entrevista concedida à Asacom essa semana, com sua voz calma e segura, Gogó criticou severamente o modelo de desenvolvimento adotado pelo governo brasileiro, cuja “concepção não olha a realidade, não faz a equação da sustentabilidade e está realmente levando o São Francisco a um processo de destruição”. Confira! (mais…)

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Nota de Apoio e Solidariedade à comunidade da Gleba Tauá, município de Barra do Ouro – TO

Diocese de Tocantinópolis (TO) divulga Nota de Apoio à CPT e às famílias da Gleba Tauá diante da truculenta ação de despejo realizada na área na última sexta feira, 13 de novembro. Confira o documento na íntegra:

Comissão Pastoral da Terra

“Prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças. ” (PAPA FRANCISCO) (mais…)

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Maior reservatório do Nordeste, Sobradinho tem seca histórica

Agência Brasil

Maior reservatório do Nordeste, a Barragem de Sobradinho passa por uma das piores secas da história, que afeta a geração de energia elétrica, o abastecimento dos municípios da região e preocupa agricultores que dependem da água da barragem para a irrigação da produção de frutas.

Nessa segunda-feira (16), o nível da barragem atingiu 2,5% do volume útil, o mais baixo da história. Esse número vem caindo dia a dia. No dia 10 deste mês, por exemplo, estava em 2,9%. O nível mais baixo havia sido registrado em novembro de 2001 (5,46%). (mais…)

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Protesto no Rio cobra punição à Vale por desastre ambiental em Mariana

Mineradora é 1 das donas da Samarco, responsável por barragem rompida. Manifestação ‘Não foi acidente’ jogou lama na porta da empresa.

Por Cristina Boeckel, no G1 Rio

Cerca de 600 pessoas, de acordo com a organização da manifestação, fizeram um protesto no Centro do Rio, no fim da tarde desta segunda-feira (16), para cobrar punição ao desastre ambiental na região de Ouro Preto e Mariana, em Minas Gerais. A partir das 17h, os manifestantes caminharam pela a Avenida Graça Aranha até a porta prédio da empresa Vale, que junto com a anglo-australiana BHP Billiton é dona da Samarco, responsável pela barragem rompida. A Av. Graça Aranha estava parcialmente interditada por volta das 18h20. (mais…)

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Tragédia que começou em Mariana é a maior da história com barragens de rejeitos

Volume de material despejado é duas vezes e meia superior ao segundo maior

Por Ana Lúcia Azevedo, em O Globo

RIO – A tragédia de Mariana é o maior acidente da História em volume de material despejado por barragens de rejeitos de mineração. Os 62 milhões de metros cúbicos de lama que vazaram dos depósitos da Samarco no dia 5 representam uma quantidade duas vezes e meia maior que o segundo pior acidente do gênero, ocorrido em 4 de agosto de 2014 na mina canadense de Mount Polley, na Colúmbia Britânica, diz o pesquisador Marcos Freitas, coordenador executivo do Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais (Ivig), ligado à Coppe/UFRJ. (mais…)

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Mariana, a dependência da mina que paga pouco à região que devastou

Heloisa Mendonça, El País

A tragédia de Mariana trouxe à tona novamente os riscos da mineração para as áreas do entorno das minas ao mesmo tempo que evidenciou a lógica de dependência econômica dessas cidades que contam com a atividade como principal fonte de renda dos municípios. O rompimento das duas barragens da Samarco, que contabiliza ao menos 7 mortos, 18 desaparecidos e causou danos incalculáveis, também deixou claro que o retorno econômico que a mineradora dá a cidades, como Mariana, se torna muito pequeno diante dos estragos gerados pela atividade. (mais…)

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