Sociedade deve ir para a rua, diz sociólogo português Boaventura de Souza Santos

Vladimir Platonow – Repórter da Agência Brasil

O resgate da democracia, sequestrada pelas forças do mercado, será feito com a retomada das ruas pela sociedade, único espaço ainda não colonizado. A análise é do sociólogo português Boaventura de Souza Santos, que participou no Rio do seminário Cultura e Política, iniciativa do programa Cultura e Pensamento, do Ministério da Cultura.

O encontro de Boaventura com estudantes e professores ocorreu no Teatro de Arena na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) na última quinta-feira (29), quando o intelectual falou e respondeu perguntas da platéia. Entre os assuntos principais abordados, ele destacou o esgotamento da democracia representativa tradicional, na qual se elegem políticos para representar a população, e a busca pela democracia participativa, com atuação direta dos eleitores, seja através de plebiscitos ou por manifestações de rua. (mais…)

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Chomsky: nos EUA, eleição sem alternativas

Filósofo dissidente vê país em desolação democrática: temas centrais (inclusive a guerra) estão vetados, conservadores apelam ao medo, “libertários” abraçam anarco-capitalismo. Ele simpatiza com Bernie Sanders

Entrevista a Abby Martin | Tradução: Inês Castilho | Imagem:Rubem Grilo – Outras Palavras

Durante o longo ano que nos separa de 8 de novembro de 2016, as eleições dos Estados Unidos serão, em todo o mundo, um foco central nos noticiários. Há dois motivos. Desde o fim da II Guerra, Washington procurou apresentar-se como a nação democrática essencial, aquela onde a ideia de célebre de Abraham Lincoln – um governo “do povo, pelo povo, para o povo” jamais cederia, podendo, espalhar-se pelo mundo… A segunda razão é negativa. Os EUA sentem-se, desde os fracassos nas guerras contra o Afeganistão e o Iraque, acossados. Há semanas, a Rússia voltou a ter presença geopolítica destacada no Oriente Médio. Do ponto de vista financeiro, a China, principal credor do Tesouro norte-americano, parece disposta a ameaçar a hegemonia global do dólar. Como reagirá a nação que é, ainda, a mais poderosa do planeta?
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Passeata na França: botando a língua pra fora, por José Ribamar Bessa Freire

Em Taqui Pra Ti

Uma frase – uma simples frase – me fez viajar a Montpellier, no Sul da França, para participar com 15 mil pessoas da manifestação realizada neste sábado (24) em defesa da língua occitana. Os manifestantes exigiam que a Carta Europeia de Línguas Regionais e Minoritárias, assinada pelo Estado francês em 1999, fosse finalmente ratificada pelo Senado depois de um bloqueio de dezesseis anos. Mas os senadores foram contra e, na terça-feira (27), rejeitaram por 180 votos a 155 o projeto de lei constitucional, prejudicando assim as línguas minorizadas e seus falantes.

O francês é o único idioma oficial, mas convive na França – um país plurilíngue – com línguas regionais como o occitano, o catalão, o alsaciano, o bretão, o basco, o corso, num total de 75 línguas, incluindo as faladas em território francês do Caribe e das ilhas do Pacífico, segundo relatório feito em 1999 por Bernard Cerquiglini para o Ministério da Educação. (mais…)

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Žižek: superar capitalismo, ou viver em mundo triste

Para filósofo, nada garante que revoluções derrubarão ordem atual: tudo depende de nossos gestos. E ações mais radicais são, às vezes, as que parecem menos heróicas

Entrevista a Michel Schulson, no Salon | Tradução: Antonio Martins, em Outras Palavras

À medida que as disciplinas acadêmicas tornam-se mais especializadas, o filósofo esloveno Slavoj Žižek flerta na linha entre memória e rebeldia. Seus interesses são descaradamente amplos – de Hegel à psicanálises, de cinema à cultura pop. E seus temas são indesculpavelmente vastos: o futuro do capitalismo global; a natureza da ideologia; a experiência da realidade. (mais…)

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Migrações têm contribuído para aumento da população urbana mundial, diz OIM

Da Agência Lusa

Mais de 54% da população mundial vivia em cidades em 2014 e as migrações tem contribuído para o incremento desta urbanização, segundo o relatório anual da Organização Internacional para as Migrações (OIM) divulgado hoje (27), em Genebra.

O World Migration Report 2015 (Relatório sobre Migração Mundial 2015) indica que a migração tem “contribuído para o incremento da urbanização, tornando as cidades lugares muito mais diversos para se viver”. O estudo prevê que “a atual população urbana de 3,9 bilhões deve passar a 6,4 bilhões em 2050”. (mais…)

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OMS classifica carne processada como alimento cancerígeno

Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil

Carnes processadas – como salsicha, presunto, linguiça, hambúrguer e bacon – foram classificadas como alimentos cancerígenos para seres humanos, conforme divulgado hoje (26) pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Já a carne vermelha, incluindo partes do boi, porco, carneiro, bode e cavalo, foi classificada como alimento de provável risco cancerígeno. (mais…)

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A indústria da morte

Por Eduardo Marinho – Palavras Insurgentes

Há pouco tempo um grupo de psiquiatras britânicos diagnosticou uma nova psicopatia, a ortorexia, que consiste na obsessão de algumas pessoas em comer alimentos puros, rejeitando qualquer comida industrializada, químicas, coloridas, aromatizadas. A indústria alimentícia não brinca em serviço. As informações sobre a nocividade da “alimentação” industrial são restritas aos pequenos grupos mais informados, os preços de orgânicos e integrais são proibitivos à maioria. Os transgênicos estão nas prateleiras dos mercados, nas bebidas, em toda parte consumidos, na ignorância das inúmeras experiências catastróficas com animais, jamais divulgadas. (mais…)

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Países que mais emitem carbono apresentam metas de redução até 2030

Da Agência Lusa

A seis semanas da 21ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima (COP21), marcada para dezembro em Paris, 149 países já anunciaram suas metas para a redução de gases de efeito estufa entre 2025 e 2030, mas várias organizações dizem que são insuficientes. O objetivo é não deixar que a temperatura média do planeta aumente mais do que 2 graus Celsius até 2100. (mais…)

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Chomsky e Naomi Klein encabeçam críticas às metas da ONU

A melhoria na situação dos empobrecidos deve vir da redução da enorme desigualdade, e não da perspectiva de crescimento econômico.

Carta Maior

No momento em que a ONU e os governos de todo o mundo ratificam os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), devemos clarificar que eles não representam os interesses da maioria da população do planeta – aqueles que hoje são explorados e oprimidos sob a atual ordem política e econômica. (mais…)

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