Bombeiros confirmam segunda morte após rompimento de barragens em Minas

Da Agência Brasil

O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais confirmou há pouco a segunda morte após o rompimento de duas barragens no distrito de Bento Rodrigues, no município de Mariana. O corpo foi encontrado na cidade de Rio Doce.

Treze pessoas continuam desaparecidas, segundo o Corpo de Bombeiros.

As barragens do Fundão e de Santarém, pertencentes à empresa Samarco, romperam ontem por volta das 16h30 e inundaram a região com lama, rejeitos sólidos e água usados no processo de mineração. (mais…)

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Pelas vítimas!, por Andréa Zhouri

O face me pergunta: No que você esta pensando? Pois então. Hoje eu me levantei pela manhã (não posso dizer que acordei, não sei se dormi) pensando em Bento Rodrigues, nas vítimas, na dor, na lama…meus primeiros pensamentos foram em solidariedade às vítimas. Eu não conheço Bento Rodrigues, mas logo penso em Água Quente, no município de Conceição do Mato Dentro, comunidade que fica debaixo da barragem de rejeitos da Anglo American. Comunidades a jusante de barragens, seja de rejeitos ou hidrelétricas, não são consideradas atingidas no processo de licenciamento ambiental. Mas Água Quente vive um cotidiano de insegurança e de medo, condição que lhe foi imposta pela empresa e pelo Estado. Temo por Água Quente e sua gente. Como temo pelas comunidades a jusante de Irapé, que perderam a agricultura de vazante e, ainda assim, em estado de penúria administrada desde 2006, não são consideradas atingidas pela barragem. Que sensação horrível de impotência…

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Do Maranhão ao Pré-Sal: continuam os ataques contra o licenciamento ambiental do petróleo e gás natural

A Associação dos Servidores Federais da Área Ambiental no Estado do Rio de Janeiro (ASIBAMA/RJ) vem a público, novamente, se manifestar contra a atual gestão da Diretoria de Licenciamento Ambiental (DILIC) do IBAMA no gerenciamento dos processos de licenciamento ambiental dos empreendimentos marítimos de petróleo e gás natural no Brasil. Após a divulgação da Carta Aberta da ASIBAMA/RJ publicada em 20.08.2015, intitulada “Licenciamento Ambiental Federal: Resistindo aos Ataques” e, em seguida, do manifesto “Intervenção na Coordenação Geral de Petróleo e Gás”, recebemos manifestações de apoio vindas de inúmeras entidades da sociedade — às quais enviamos nossos sinceros agradecimentos. Dentre elas, encontram-se instituições públicas, entidades privadas, organizações sindicais, universidades, organizações não governamentais da área ambiental, associações de trabalhadores e de estudantes, movimentos sociais e órgãos de controle. As cartas da ASIBAMA/RJ e a lista completa das manifestações de apoio estão disponíveis aqui. (mais…)

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Indígenas de todo Brasil dão lição de sabedoria e autonomia ao repudiarem PEC 215

Cimi

De Norte a Sul do Brasil, são inúmeras as manifestações de repúdio e denúncia dos povos indígenas contra a aprovação do Parecer da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215, aprovada por sua Comissão Especial, na Câmara dos Deputados, no último dia 27 de outubro. Basicamente, esta proposta transfere do poder Executivo para o Legislativo a prerrogativa de demarcar terras indígenas, titular territórios quilombolas e criar unidades de conservação ambiental. Devido à compreensão de que, se ela for aprovada, nunca mais serão criadas estas áreas no país, ela é chamada pelos povos indígenas de PEC da Morte, PEC do Genocídio e PEC da Violência. (mais…)

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Simpósio Linguagem e Identidade – Línguas e Literaturas Indígenas

Apresentação

Ao longo desses nove anos de sistemática realização do Simpósio Linguagens e Identidades da/na Amazônia Sul-Ocidental temos criado espaços de debates e reflexões em torno das temáticas que envolvem a multiplicidade cultural amazônica, buscando consolidar uma rede integrada de estudiosos da/na região e articular organicamente ativistas de movimentos sociais, artistas, grupos indígenas, comunidades quilombolas e de agricultores e deslocados de toda parte, que se territorializam nessa região ou para ela voltam seus olhares.

Nessa esteira e assumindo uma perspectiva dialógica na relação entre o local e o global, entre os “de dentro” e os “de fora”, entre o “eu” e o “outro”, com o evento propomos o desafio de produzir outras narrativas, re-escrever histórias e revisitar literaturas com o objetivo de abrigar outras imaginações, pensamentos e ideias acerca de certa “realidade” que tem (con)formado, descrito, reificado e, na maior parte das vezes, condenado os diferentes sujeitos dessa região a permanecer tratados pelos cristalizados adjetivos do olhar colonizador e colonizatório, isto é, “vazios de civilização”. (mais…)

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Mineração destrói nossos rios e agora mata nosso povo: Nota das Brigadas Populares

O rompimento de uma barragem de rejeitos de minério de ferro da empresa Samarco Mineradora S.A. inundou, na tarde de quinta-feira (5), Bento Rodrigues, o subdistrito de Santa Rita Durão e distrito de Mariana – MG. De acordo com dados do Comitê Brasileiro de Barragens, o rompimento ocorrido hoje pode ser o mais grave já registrado no Brasil.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Extração de Ferro e Metais de Mariana (Metabase), são estimados 15 mortos e 45 desaparecidos no subdistrito de Bento Rodrigues. Ainda segundo dados do Corpo de Bombeiros de Ouro Preto, há gente soterrada e ilhada. (mais…)

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Nota do Comitê Nacional em Defesa dos Territórios frente à Mineração

#SomosTodosBentoRodrigues

Nós, do Comitê Nacional em Defesa dos Territórios frente à Mineração manifestamos solidariedade aos moradores e funcionários atingidos pelo rompimento da barragem de propriedade das empresas Samarco Fundão e Vale, no distrito de Bento Rodrigues, cidade de Mariana – MG.

Por outro lado, exigimos das autoridades cabíveis, a devida apuração e punição às empresas Vale e Samarco pela responsabilidade deste grave acidente que provocou dezenas de mortes. (mais…)

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Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) Parte 5: 2014

Essa é a quinta parte de uma série de cinco matérias que documenta a história e a sequência das Unidades de Polícia Pacificadora. Clique para Parte 1 Parte 2, Parte 3 e Parte 4.

Patrick Ashcroft – Rio On Watch

Em 2014, com as prioridades focadas na Copa do Mundo da FIFA e com todo o programa dasUnidades de Polícia Pacificadora (UPP) enfrentando, de certa maneira, uma crise, a implementação de novas UPPs foi reduzida drasticamente. Mangueirinha tornou-se a primeira comunidade pacificada na região da Baixada Fluminense algo que era há muito esperado, considerando os níveis extremos de violência letal na região. Em seguida, Vila Kennedy se tornou a terceira favela a receber uma UPP na Zona Oeste. Daí, apenas alguns meses antes do início da Copa do Mundo, o Complexo da Maré, na Zona Norte foi ocupado pelo exército, em um movimento que simbolicamente marcava a comunidade como “território inimigo”. Apesar do enorme investimento em soldados, recursos e dinheiro, a área ainda tem quadrilhas de traficantes fortemente armados conduzindo as vendas de forma aberta, e o exército não conseguiu fazer com que os moradores se sentissem mais seguros. (mais…)

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Rashid retrata racismo e opressão no clipe de “A Cena”; assista

Por Luana Mestre, em Tracklist

O rapper Rashid disponibilizou ontem, quinta-feira, 5, o clipe desconcertante de A Cena. Dirigido por Levi Vatavuk, o vídeo escancara as nuances do racismo no Brasil: os “enquadros” feitos pela polícia, torturas; violência doméstica e outras formas de opressão, incluindo cobrança financeira. O resumo: ainda há um grande débito da sociedade com os negros, um débito que ao invés de ser reparado é ainda aumentado.

A música conta com colaboração da cantora Izzy Gordon e do baixista Rodrigo Mantovani. (mais…)

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Chacina de Unaí: Mandantes condenados, mas livres, por Leonardo Sakamoto

Leonardo Sakamoto

Após 11 anos, os dois acusados de serem os mandantes da “Chacina de Unaí” – quando três auditores fiscais do trabalho e um motorista do então Ministério do Trabalho e Emprego acabaram emboscados e mortos enquanto fiscalizavam fazendas no Noroeste de Minas Gerais – foram, enfim, julgados.

Antério Mânica, ex-prefeito do município e grande produtor de feijão, foi condenado, nesta quinta (5), a 100 anos de prisão por ser o mandante do assassinato de três auditores fiscais do trabalho e um motorista do Ministério do Trabalho e Emprego no que ficou conhecida como a “Chacina de Unaí”. Seu irmão, Norberto, também foi condenado à mesma pena, na última sexta (30), pelo crime ocorrido no dia 28 de janeiro de 2004. (mais…)

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