Tragédia de Mariana: pescadores sofrem com impactos da lama de mineradora

Cristina Fontenele – Adital

Pescadores e pescadoras de 16 estados do Brasil realizaram um “Abraço pela Vida do Rio Doce”, em denúncia aos impactos do desastre ambiental provocado pelo rompimento de duas barragens da mineradora Samarco – empresa das transnacionais Vale e BHP Billiton –, em Mariana [Estado de Minas Gerais], no último dia 05 de novembro. Cerca de 1.500 pessoas se concentraram recentemente na Praça 22 de Agosto, em Linhares (Estado do Espírito Santo) e seguiram para a Ponte Joaquim Calmon, fechando os dois sentidos de passagem pela BR-101. Os pescadores reclamam do descaso das autoridades e da empresa Samarco com os danos gerados à atividade pesqueira na região. A lama – possivelmente tóxica – levada pelo rio Doce já chegou ao litoral do Espírito Santo, prejudicando a subsistência dos pescadores da região. (mais…)

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Órfãos: Morte do Rio Doce deixa rastro de incertezas na aldeia Krenak

Gina Pagu – Jornal Figueira

O choro de lamentação da índia Krenak na margem do rio Doce já dura mais de um mês. O sofrimento do povo que tem o rio como pai e mãe, como aquele que traz o sustento e aprendizado da vida indígena, ainda está latente. E não saber o que fazer, como agir daqui pra frente, é o pensamento único de uma tribo que une o senhor Euclides, de 105 anos – índio mais velho da tribo – e Isaque, um recém-nascido de um mês de vida. O mais velho viu o rio, ensinou a pesca e a natação para os filhos e netos. O bebê não poderá tão cedo ter o rio Doce no seu dia a dia para aprender a cultura e sobrevivência por meio deste ente querido.

Geovani Krenak explica que o rio é como uma religião. “Nosso povo mantém uma relação de crença muito forte com o rio e estamos totalmente desorientados com relação a como nos comportar diante da situação. Para nós é algo sagrado, é a natureza, mas é para nós mais que vida. (mais…)

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“Retomadas são motivadas pela falta de perspectiva fora das terras tradicionais”, afirma Terena

CIMI

Inquirido durante sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), o professor Alberto Terena, liderança da Terra Indígena Buriti, afirmou que a entidade não incitou ou financiou as retomadas realizadas pelo povo Terena nos municípios de Sidrolândia e Dois Irmãos do Buriti. O depoimento foi colhido no final da tarde desta terça-feira, 8, no plenário da Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul.

O Terena também afirmou que o Cimi não orientou os indígenas para que desobedecem a reintegração de posse das áreas ocupadas, e refutou a acusação de que a entidade dá dinheiro aos indígenas para retomadas. (mais…)

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“Velho Chico”, cansado, já não pode ir ao mar

Retrato de um desastre ambiental brasileiro. Oceano já avança 24 quilômetros na calha do Rio São Francisco, exangue. Peixes de água doce perecem. Populações penam.

Por Júlio Ottoboni*, na Envolverde / Outras Palavras

O ‘Velho Chico’ está cansado e não tem forças para caminhar até Atlântico. As águas salobras do mar já invadiram sua calha 24 quilômetros adentro, exatos 10% do trecho final com maior oferta de turismo sustentável e que tem colocado a região como o terceiro maior fluxo turístico de Alagoas. Há três anos a situação se complicou de vez, a estiagem e o desmatamento ao longo de se seus trechos mais altos no Sudeste reduziram drasticamente a vazão do rio. (mais…)

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Presidenta do Ibama defende autolicenciamento ambiental das empresas [!]

Para a presidenta do Ibama, o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), há pouco mais de um mês, não deve levar a um retrocesso da legislação

Por Kelly Oliveira, Repórter da Agência Brasil

A presidenta do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Marilene Ramos, defendeu hoje (9) o autolicenciamento ambiental das empresas, com fiscalização posterior. Ela participou do lançamento do documento Proposta da Indústria para o Aprimoramento do Licenciamento Ambiental: Setor Elétrico, que contém 19 proposições para modernizar e agilizar o processo de obtenção de licenças ambientais. As propostas foram elaboradas pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo Fórum de Meio Ambiente do Setor Elétrico. (mais…)

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COP21: Intensa actividad en el Pabellón Indígena

Servindi, 9 de diciembre, 2015.- Sin duda uno de los logros alcanzados por el movimiento indígena es la apertura de un Pabellón Indígena en el amplio recinto abierto a la sociedad civil, ubicado muy cerca a las instalaciones donde se realizan las actividades oficiales de la COP21.

El Pabellón Indígena está a cargo del Foro Indígena del Abya Yala (FIAY), una instancia de coordinación y articulación de las organizaciones y redes de pueblos indígenas de América Latina y el Caribe que da seguimiento y coordina la participación indígena en las negociaciones internacionales sobre cambio climático. (mais…)

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Terras indígenas guardam 20% de todo o carbono das florestas tropicais

Estudo pioneiro, lançado na COP 21 e feito em parceria com organizações indígenas, revela que reconhecer territórios indígenas pode ser um aliado de peso para barrar as mudanças climáticas

Juliana Splendore e Tatiane Klein, direto de Paris para o ISA

“Talvez se usarmos a ciência, eles nos escutarão”. A frase é de Juan Carlos Jintiach, da Coordenadoria das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica (Coica), e revela o esforço, sem precedentes, feito por lideranças indígenas de quatro regiões de florestas tropicais do mundo para se fazer escutar pelos negociadores do acordo climático, em Paris. (mais…)

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COP-21: O risco de ser mais um pacote de promessas vazias. Entrevista especial com Lucia Ortiz

“Os Direitos Humanos estão no centro dos ataques durante esta COP, justamente quando a questão das mudanças climáticas e das políticas necessárias para conter um aumento de temperatura catastrófico deveria ter como centro as suas vítimas e a proteção dos seus direitos como objetivo”, diz a coordenadora do programa Justiça Econômica e Resistência ao Neoliberalismo da ONG Amigos da Terra

Por Patricia Fachin – IHU On-Line

Depois da primeira semana de negociações na COP-21, que iniciou em Paris no dia 30-11-2015, alguns pontos centrais ainda continuam “entre colchetes”, o que significa dizer que os países ainda não chegaram a um acordo sobre eles, como a discussão sobre qual será o limite da temperatura aceitável, 1,5 ou 2 graus, “reconhecendo 2 graus já como um nível perigoso de aquecimento global”, frisa Lucia Ortiz na entrevista a seguir, concedida à IHU On-Line por e-mail. (mais…)

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ONU pede acesso urgente a água segura em áreas atingidas por lama da Samarco

Maiana Diniz – Repórter da Agência Brasil

O relator especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Direito Humano à Água Segura e ao Saneamento Básico, Léo Heller, disse que o governo brasileiro tem obrigação, de acordo com a Lei Internacional dos Direitos Humanos, de intervir a favor da população afetada pelo rompimento da barragem de rejeitos no município de Mariana, em Minas Gerais. (mais…)

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Contrato de envio de rejeitos da Vale à barragem tem 26 anos

Leonardo Augusto, do Estadão

O contrato enviado pela Vale ao Ministério Público Federal (MPF) para tentar comprovar o acordo para envio de rejeitos de minério de ferro da empresa à Barragem de Fundão, da Samarco, foi assinado por outra mineradora – e 19 anos antes de a represa ter licenciamento para funcionar.

A informação é do chefe da força-tarefa do MPF que investiga as causas de rompimento das barragens da Samarco em Mariana, procurador José Adércio Leite Sampaio. Hoje, a Vale e a anglo-australiana BHP Billiton controlam a Samarco. (mais…)

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