Tenho sentimentos contraditórios sobre a breve suspensão do WhatsApp, no Brasil, por decisão judicial.
Por um lado, sentirei falta da conversa com amigos próximos e distantes, da troca rápida de informações fundamentais para o meu trabalho e da facilidade de mobilização imediata diante das falcatruas do poder público que o aplicativo permite. Além do mais, concordo com Ronaldo Lemos de que o bloqueio viola a Constituição Federal, sendo ato típico de países autoritários.
Ao mesmo tempo, o meu espírito de porco não consegue deixar de imaginar que determinados grupos que elegeram o aplicativo como instrumento para propagar livremente racismo, machismo, homofobia, transfobia, discriminação social, xenofobia e pregar o ódio, a intolerância e a morte à diferença ficarão em silêncio por um tanto ou suarão para se estruturar de outra forma, migrando para outro aplicativo. (mais…)