Carta Aberta à sociedade brasileira: Pré-Conferência Indigenista dos Servidores da Funai

“Convocada pelo Decreto Presidencial s/nº de 24 de julho, a 1ª Conferência Nacional de Política Indigenista apresenta como tema central “A relação do Estado Brasileiro com os Povos Indígenas no Brasil sob o paradigma da Constituição de 1988”, tendo como objetivos gerais: (i) avaliação da ação indigenista do Estado brasileiro; (ii) reafirmação das garantias reconhecidas aos povos indígenas no País; e (iii) proposição de diretrizes para a construção e a consolidação da política nacional indigenista. Coordenada pelo Ministério da Justiça e pela Fundação Nacional do Índio, vem sendo organizada em conjunto com representantes dos povos e organizações indígenas e demais órgãos e entidades governamentais e não governamentais que compõem a Comissão Nacional de Política Indigenista – CNPI.

O espírito da Conferência se baseia no reconhecimento de que as mudanças legais que ocorreram desde 1988, as quais rejeitam ideias tutelares e objetivos assimilacionistas, resultam de vários processos de resistências e lutas de povos indígenas, que em sua relação com o Estado brasileiro exigiram e seguem exigindo o respeito aos direitos individuais e coletivos e a superação de práticas e valores coloniais, visando à promoção de sua efetiva autonomia (confira aqui, na íntegra, o texto de apresentação e os eixos temáticos orientadores dos debates). (mais…)

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O Mito Sobre a Influência Aliciadora dos Programas Sociais na População Pobre

Leia a matéria original por Eduardo Porter em inglês no site do The New York Times aqui. O RioOnWatch traduz matérias do inglês para que brasileiros possam ter acesso e acompanhar temas ou análises cobertos fora do país que nem sempre são cobertos no Brasil.

Eduardo Porter – RioOnWatch

Os programas sociais aliciam os pobres?

Poucas ideias estão tão profundamente arraigadas na imaginação popular americana do que a crença de que a ajuda do governo a pessoas pobres encoraja o mau comportamento. (mais…)

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Vida não se negocia: Reparação justa sim, mesa de negociação não!

O Governo Pimentel (PT) trata o maior crime sócio-ambiental da história do país como se fosse um conflito de interesses a ser mediado pelo Estado, como se inocente fosse.

Em julho de 2015 foi promulgado o Decreto Estadual nº 203 que instituiu a “Mesa de Diálogo e Negociação Permanente com Ocupações Urbanas e Rurais e outros grupos envolvidos em conflitos socioambientais e fundiários”. Dita Mesa foi criada no contexto auge da ameaça de despejo das comunidades da Izidora (Rosa Leão, Vitória e Esperança), em Belo Horizonte, considerado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República o maior conflito fundiário urbano do Brasil na atualidade. A Mesa de Negociação, hoje comandada por Claudius Vinícius Pereira, presidente da Companhia de Habitação do Estado de Minas Gerais (Cohab), tem sob sua responsabilidade a negociação de várias ocupações urbanas e rurais sob litígio no Estado de Minas Gerais. Sua incapacidade para tanto é incontestável, isso com poucos meses de existência. (mais…)

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Tragédia de Mariana: Muito além da lama, por Wagner Giron De La Torre*

Em GenJurídico

A tragédia consumada nestes últimos dias no município mineiro de Mariana, que arrebatou o bucólico distrito de Bento Rodrigues e destruiu com as bacias dos rios Doce, Guaxalo e do Carmo além do aniquilamento de ecossistemas relevantíssimos, nos conta, também, sobre uma relação de poder que, em meio ao maior desastre ambiental de Minas Gerais, acabou por unir partidos tão antagônicos como PSDB e PT.

Mas, quais seriam essas forças invencíveis que cobriram de lama incontáveis vidas humanas, soterraram modos culturais tradicionais e seculares além de ter extravasado os dejetos de um sistema capitalista inhenho até a embocadura dessa bacia fluvial aniquilada, que confinará esse fluxo de rejeitos no oceano Atlântico, nas costas litorâneas do Espírito Santo, perpetuando um impacto socioambiental que com certeza jamais será devidamente mensurado. Que forças são essas? (mais…)

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A Bahia do Brasil quilombola

Por Diosmar Filho[1], no Correio Nagô

Se analisarmos o Brasil pela totalidade da população e compará-lo com outros Estados Nacionais, somos contagiados pelos avanços em direitos ocorridos na chegada dos anos dois mil. Porém, a sociedade brasileira ainda consegue nesse século conviver com as estruturas mais perversas do processo social e histórico da formação do Estado.

Existe aqui uma sociedade amante dos privilégios, da submissão, do autoritarismo e tudo mais possível para a manutenção do patrimonialismo hereditário. (mais…)

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Guerra e omissão na Amazônia, por Felipe Milanez (atualizada)

A Funai é acusada de ignorar grave conflito entre duas etnias na Amazônia

Na Carta Capital

Uma “guerra tribal”, após a omissão de agentes do Estado, teria provocado um massacre de índios isolados da etnia Korubo, informação que vem à tona no fim do mês de setembro. A Fundação Nacional do Índio, que ainda investiga o caso, estima entre 7 e 15 mortes. O conflito no Vale do Javari, na Amazônia, teve início com o assassinato de dois integrantes da etnia Matis em dezembro de 2014 e se desenvolve em meio a uma profunda crise na gestão do setor de índios isolados da Funai. (mais…)

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Nota Pública da Frente Ampla contra o PL 2946/2015, do Governo de Minas Gerais

NÃO VAMOS PACTUAR COM A ENCENAÇÃO DE PARTICIPAÇÃO NO PL 2946/2015

As entidades socioambientais, sindicais e acadêmicas, reunidas na FRENTE AMPLA CONTRA O PL 2946/2015, decidiram, mais uma vez, se manifestar.

É incompreensível e inaceitável que, no momento em que o Estado de Minas Gerais vive o maior desastre ambiental do país, e um dos maiores do mundo, com o rompimento, ocorrido no dia 05 de novembro de 2015, de uma barragem de rejeito da Samarco Mineração, em Mariana, o Governador Pimentel ainda mantenha o regime de urgência na tramitação do Projeto de Lei 2946/2015 e que as Comissões de Meio Ambiente e de Administração Pública, da Assembleia Legislativa, tenham pautado o referido PL nos dias 17 e 18 de novembro, numa sequência de 3 reuniões conjuntas, mesmo tendo sido adiada a reunião conjunta do COPAM-CERH, agendada para o dia 09/11, com a alegação de que “neste momento todos os esforços estão voltados para o apoio às vítimas e ao meio ambiente”. (mais…)

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Até onde é possível monitorar, punir e cobrar no caso Mariana? Informações de um analista ambiental e cidadão

O texto/depoimento abaixo foi postado por seu autor, o analista ambiental Wallace Lopes, em seu perfil no facebook. Ele responde a muitas perguntas que vêm sendo feitas em relação a essa onda de destruição que começou em Mariana e segue até o oceano Atlântico, com informações que merecem ser consideradas. E deixa bastante clara a importância do papel a ser desempenhado por nós, no monitoramento e cobrança de tudo o que está ainda por vir. (Tania Pacheco).

Por Wallace Lopes

Tentei me segurar, mas não consegui. Vou aqui dar a minha opinião como analista ambiental e como cidadão sobre o caso de Mariana-MG. (mais…)

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Envelhecimento da população precisa ser priorizado nas políticas públicas

José Tadeu Arantes – Agência FAPESP

“O Brasil precisa reconhecer que é um país em rápido processo de envelhecimento e fazer disso uma prioridade, tanto na definição de políticas públicas quanto na alocação de recursos”: a afirmação é de Maria Lúcia Lebrão, professora titular sênior da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo.

Lebrão coordena o “Estudo Sabe – Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento”, pesquisa longitudinal de múltiplas coortes sobre as condições de vida e saúde dos idosos do município de São Paulo. Esse estudo multicêntrico teve início no ano 2000, quando, por iniciativa da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), foram pesquisadas pessoas de 60 anos ou mais de sete grandes cidades da América Latina e do Caribe, entre elas São Paulo. Com apoio da FAPESP, o estudo foi reeditado em São Paulo em 2006, 2010 e está agora em sua quarta edição. (mais…)

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