Julgamento do massacre de Curuguaty é adiado pela 6° vez

A defesa de camponeses acusados por massacre de Curuguaty, no Paraguai, quer afastamento de juízes do caso. Deverá ser retomado em uma semana

Do OperaMundi / MST

“Não confio neste Tribunal de Sentença. Sabemos dos antecedentes de quem o preside. Não têm a coerência, nem a decência para levar adiante este julgamento tão sensível e simbólico para o país”. Assim o advogado de defesa de 11, dos 12 camponeses acusados pelo massacre de Curuguaty, Víctor Azuaga, justificou a recusa por ele apresentada com relação aos juízes que atuam no caso. (mais…)

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Kanela Apãnjekra relatam ao STF massacre sofrido durante ditadura militar

CIMI

Grupo com 20 indígenas do povo Kanela Apãnjekra da Terra Indígena (TI) Porquinhos, no Maranhão, protocolou na tarde dessa quinta-feira (20) uma carta nos gabinetes de todos os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo o reconhecimento da demarcação da TI, que teve Portaria Declaratória anulada pela 2ª Turma do Supremo em 2014. Os indígenas também participaram de sessão de julgamento do Plenário.

A Terra dos Kanela tem cerca de 800 habitantes, e está localizada a 80 km do município de Barra do Corda. Na carta protocolada, o povo conta sua história, permeada de massacres e invasões do território.  “Somos um povo resistente que lutou pra não ser eliminado pelo Estado brasileiro, especialmente durante a ditadura militar no Brasil”, narra o documento. O grupo relatou aos assessores dos ministros a última das chacinas contra os Kanela, praticada por fazendeiros no período da ditadura. “Chegaram na nossa aldeia e deram bebidas para os indígenas, depois amarraram eles e levaram pra beira do rio, onde mataram todos. Até nossas crianças eles cortavam e jogavam no rio, que ficou vermelho do nosso sangue”, descreveu Manoel Apãnjekra. (mais…)

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Corumbiara: quebrar o silêncio, vinte anos depois

Novo livro sobre massacre de sem-terras em Rondônia revela: nos rincões, impunidade do latifúndio permanece; Brasília não faz valer Lei de Informação

Por João Peres | Foto: Gerardo Lazzari – Outras Palavras

Quando a corda arrebentou, o governador fez o que faria qualquer figura pública que se preze: mandou o vice ao local dos fatos e continuou em seu gabinete. Havia doze mortes confirmadas e um sem-número de informações desencontradas, mas Valdir Raupp considerou fora de cogitação deslocar-se até o Cone Sul de Rondônia, talvez por imaginar que a visita causaria danos a sua imagem. Coube a Aparício de Carvalho, psiquiatra no papel de vice, lidar com a imprensa, os políticos, os representantes de movimentos sociais e uma população em estado de choque. (mais…)

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Em boca fechada não entra bala

Silêncio, chá de sumiço, amnésia seletiva e ameaças veladas no caminho de ‘Corumbiara, caso enterrado’, livro sobre um dos piores conflitos agrários do Brasil pós-ditadura. Conheça os bastidores e leia o primeiro capítulo do trabalho

por João Peres – Agência Pública

Todos lançam olhares inquisidores sobre o carro. As cabeças descrevem o movimento exato do automóvel ao passar pelas ruas, ansiosas por saber quem são os forasteiros. Um repórter barbudo, um fotógrafo argentino, um padre irlandês de rosto vermelho e um missionário inglês enorme formariam um grupo exótico em quase todos os lugares do mundo. Em Vista Alegre do Abunã, um distrito minúsculo de Porto Velho, em Rondônia, são uma aberração. (mais…)

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Racismo: Polícia prende homem que matou nove pessoas em igreja nos EUA

Massacre na igreja da Carolina do Sul parece ter sido motivado por racismo. Vizinhos da igreja se reuniram na rua para rezar pelas vítimas.

Jornal Hoje

A polícia prendeu nesta quinta-feira (18) um homem branco abriu fogo e matou nove pessoas em uma igreja histórica afro americana, em Charleston, na Carolina do Sul, nos Estado Unidos. O suspeito do massacre foi preso no estado vizinho, a Carolina do Norte. Ele já tinha sido identificado um pouco antes: é Dylann Roof, um jovem branco, de 21 anos. (mais…)

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Dois casos de grande repercussão impunes: Corumbiara e Carandiru

No caso Corumbiara um promotor ameaçou jurados com maldição e no Carandiru nenhum dos envolvidos direta ou indiretamente foi condenado penalmente em decisão definitiva

por , , , A Pública

Um dos casos emblemáticos sobre como a visão ideológica de um promotor pode se sobrepor à vontade das instituições e às evidências ocorreu em 2000, em Porto Velho. Precisamente cinco anos após o episódio conhecido como “massacre de Corumbiara”, dois sem-terra e 12 policiais foram levados a julgamento pela morte de 12 pessoas – nove posseiros, dois PMs e uma pessoa não identificada, vítimas de um conflito ocorrido em 1995 na fazenda Santa Elina, em Corumbiara, no sul de Rondônia. A linha geral de raciocínio do Ministério Público era de que os oficiais presentes à operação permitiram uma série de abusos. Entre os oito soldados levados a júri, o caso principal dizia respeito a execuções cometidas num barraco em que ficavam os seguranças do acampamento. Contra os líderes dos camponeses as acusações foram de que praticaram cárcere privado por não permitir a saída de quem assim desejasse e de que deveriam responder por todos os homicídios, uma vez que assumiram o risco de um desfecho trágico ao desobedecer a ordem judicial de reintegração de posse – uma tese que foi parcialmente rejeitada pelo Judiciário. (mais…)

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Nota Pública: Massacre em Conceição do Araguaia

Comissão Pastoral da Terra

A Diretoria e Coordenação Executiva Nacional da CPT, profundamente chocadas com a notícia do massacre de seis pessoas de uma mesma família, na área rural de Conceição do Araguaia, Pará, vêm a público para externar sua indignação diante de tão brutal crime e para exigir medidas que ponham um fim a situações que propiciem a ocorrência de tão execráveis atos. (mais…)

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