MPF vê displicência de Vale e BHP por desastre e pode denunciá-las

Por Anthony Boadle, na Reuters

A brasileira Vale e a anglo-australiana BHP Billiton, sócias em partes iguais na mineradora Samarco, responsável pelas barragens que se romperam em Minas Gerais na semana passada, foram descuidadas na prevenção do acidente e desinteressadas em relação às vítimas, e podem ser denunciadas civil e criminalmente, afirmou nesta quinta-feira uma integrante do Ministério Público Federal.

“A cada passo da investigação se vê que as duas empresas, a Vale e a BHP, foram totalmente displicentes na prevenção, demonstraram que não tinham qualquer plano de ação para o caso de um desastre e não tinham nenhum sistema de alarme”, afirmou a subprocuradora-geral da República Sandra Cureau, na abertura de um seminário que sobre mineração em Brasília, na sede da Procuradoria Geral da República. (mais…)

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Da lama ao caos: o País que não queremos, por Maurício Guetta

Tragédia ambiental em Mariana (MG) acontece justamente no momento em que governo e poder econômico pressionam pela flexibilização das regras do licenciamento ambiental, que pretendem evitar desastres como esse. Leia artigo de opinião de Maurício Guetta, advogado do ISA

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A tragédia do rompimento das barragens de rejeitos de mineração da Samarco, empresa controlada pela Vale e pela australiana BHP Billiton, deixa exposta a ferida brasileira sobre os descaminhos políticos que vivemos, principalmente em relação a questões socioambientais. (mais…)

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Tragédias mineiras. Outra vez o meio ambiente.

Por Wilson Campos*, em O Tempo

Data venia dos honrados cidadãos mineiros, confesso ficar indignado ao ver as imagens e ler as notícias sobre os lamentáveis episódios que envergonham não a poucos, mas a muitos. O primeiro se refere ao recente Projeto de Lei 2.946/2015, criado pelo governo de Minas Gerais e enviado àAssembleia, sem a tempestiva, ampla e necessária oitiva da sociedade, promovendo radicais alterações na forma de concessão de licenciamentos ambientais. O segundo reflete o triste momento vivido pela população mineira, profundamente consternada com a tragédia que se abateu sobre os moradores da comunidade de Bento Rodrigues, subdistrito de Mariana, com o lamentável rompimento das barragens do Fundão e Santarém, de propriedade da mineradora Samarco, causando a morte de pessoas e destruições patrimonial e ambiental. (mais…)

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Solidariedade, indignação e Justiça!

Tania Pacheco – Combate Racismo Ambiental

Esta manhã, Maria Teresa Viana de Freitas Corujo, a Teca, Anne Fonseca e Ana Flávia Quintão, três ativistas na luta da Frente Ampla contra o PL 2946/2015, deixaram sua tarefas e casas e se dirigiram a Mariana. Atenderam à convocação do Sindicato do Metabase e foram levar sua solidariedade, participando de reunião com diversos setores da sociedade, “para ver como articular juntos ações de apoio aos atingidos e enfrentamento à situação em todos os âmbitos”. A situação, claro!, era a tragédia provocada pelas barragens de rejeitos da Samarco, mineradora da Vale.

Do caminho, enviaram dois vídeos mostrando dois rios de Minas, totalmente tomados pela enxurrada de lama e detritos. Infelizmente, não é possível mostrá-los aqui. Mas após a chegada mandaram fotos, que publicamos abaixo. Elas não necessitam de legendas explicativas. Falam e revoltam.  (mais…)

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Sobre barragens que vem e que vão (as destruídas e as em construção)

Por ARCA

Segue abaixo uma serie de informações sobre barragem em Mariana e arredores com algumas linhas destacadas para reflexão:

Samarco/Vale consegue licença em 2015 para altear barragens

A Samarco aprovou em 2015 no COPAM  o pedido de LP+LI para alteamento e unificação de duas barragens de disposição de rejeitos nomeadas Germano e Fundão, no município de Mariana/MG. (mais…)

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CPRM monitora risco de enchentes em 12 municípios de MG e 3 do ES, na evolução da onda de cheias provocada pelas barragens da Vale/Semarco

Rompimento de barragens de rejeito motiva o início do monitoramento 24 horas do Sistema de Alerta do Rio Doce

CPRM

A partir de hoje, 6 de novembro, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), por meio da Superintendência Regional de Belo Horizonte, antecipa o início da operação 24 horas de monitoramento contínuo do Sistema de Alerta da Bacia do Rio Doce, que abrange diversos municípios do leste de Minas Gerais e do Espírito Santo. O início da operação estava previsto para o dia 23 de novembro, mas entrou em caráter de urgência para acompanhar a evolução da onda de cheias provocada pelo rompimento de barragens da Mina Germano, em Mariana – MG. (mais…)

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Barragem que rompeu em Mariana era empreendimento de alto risco

Empreendimento tinha grande potencial de dano, o que levou Ministério Público a exigir medidas especiais para licenciamento. promotor alerta: ‘diques não se rompem por acaso’

Por Márcia Maria Cruz /Estado de Minas, Gustavo Werneck

A Barragem do Fundão, localizada no complexo Germano da Samarco, apresentava alto potencial de dano ambiental, de acordo com o Inventário de Barragem do Estado de Minas Gerais ano 2014, elaborado pela Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam). No documento, o dique é tratado como de classe III. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) instaurou inquérito para apurar as causas do rompimento da barragem e os responsáveis pelo acidente. “Trata-se de uma tragédia sem precedentes na história de Minas Gerais”, afirmou, na noite de ontem, o coordenador das Promotorias de Justiça de Defesa do Meio Ambiente, Carlos Eduardo Ferreira Pinto. (mais…)

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Laudo técnico alertou para instabilidade em área de barragem em Mariana

Segundo o relatório, o contato entre a pilha e a barragem era “inadequado para o contexto de ambas estruturas, devido à possibilidade de desestabilização do maciço da pilha e da potencialização de processos erosivos”

Por Pedro Rocha Franco, no EM

Em laudo técnico concluído em 21 de outubro de 2013, época da revalidação da licença de operação da barragem de rejeitos do Fundão, o Instituto Prístino – instituição de pesquisa e diagnósticos de conservação e uso racional do patrimônio natural –, destacou a sobreposição de áreas afetadas pela barragem e por uma pilha de material estéril da mineradora Vale. Segundo o relatório, o contato entre a pilha e a barragem era “inadequado para o contexto de ambas estruturas, devido à possibilidade de desestabilização do maciço da pilha e da potencialização de processos erosivos”. Como consequência disso, previa a possibilidade de “desestabilização do talude” resultando em “colapso da estrutura”.

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Pelas vítimas!, por Andréa Zhouri

O face me pergunta: No que você esta pensando? Pois então. Hoje eu me levantei pela manhã (não posso dizer que acordei, não sei se dormi) pensando em Bento Rodrigues, nas vítimas, na dor, na lama…meus primeiros pensamentos foram em solidariedade às vítimas. Eu não conheço Bento Rodrigues, mas logo penso em Água Quente, no município de Conceição do Mato Dentro, comunidade que fica debaixo da barragem de rejeitos da Anglo American. Comunidades a jusante de barragens, seja de rejeitos ou hidrelétricas, não são consideradas atingidas no processo de licenciamento ambiental. Mas Água Quente vive um cotidiano de insegurança e de medo, condição que lhe foi imposta pela empresa e pelo Estado. Temo por Água Quente e sua gente. Como temo pelas comunidades a jusante de Irapé, que perderam a agricultura de vazante e, ainda assim, em estado de penúria administrada desde 2006, não são consideradas atingidas pela barragem. Que sensação horrível de impotência…

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