O sofrimento dos filhos de mulheres presas por abortos espontâneos em El Salvador

Cristina Fontenele – Adital

O novo informe “Famílias separadas, abraços rompidos” revela a situação dos filhos e filhas das mulheres encarceradas pela legislação de El Salvador, que criminaliza a mulher pelo aborto espontâneo ou devido a complicações na gestação. O relatório da Anistia Internacional alerta para os impactos dessas prisões na vida das famílias. Insta as autoridades a derrogarem as normas que penalizam o aborto e a garantirem o acesso ao método, nos casos de gravidez com risco para a saúde física ou mental da mulher; quando o feto não possa sobreviver fora do útero; ou quando a gravidez seja resultado de uma violação.

El Salvador tem uma das leis mais drásticas do mundo sobre o aborto. Todas as circunstâncias são consideradas ilegais, mesmo em casos de estupro, risco para a vida da mãe ou má formação fetal. As penas variam de oito a 12 anos de prisão. Nos casos mais graves, sob acusação de homicídio doloso, as condenações podem chegar a 30 anos ou mais. De acordo com dados do Ministério da Saúde de El Salvador, entre 2005 e 2008, foram realizados 19.290 abortos no país, mas, certamente, os números são muito maiores. (mais…)

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Mulheres ganham em média 24% menos que os homens, mostra relatório

Yara Aquino – Repórter da Agência Brasil

Atualmente, as mulheres fazem 52% de todo o trabalho no mundo, mas quando estão em uma atividade remunerada ganham, em média, 24% menos do que os homens. Na América Latina e Caribe, elas ganham 19% menos e são frequentemente excluídas dos cargos superiores de gestão. Os dados sobre o desequilíbrio de gênero no mercado de trabalho estão no Relatório de Desenvolvimento Humano 2015, lançado hoje (14) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

A América Latina e Caribe é também a região com o maior percentual de trabalhadores domésticos, a maioria mulheres, somando quase 20 milhões de pessoas, ou 37% do total mundial, de acordo com o documento. O texto registra que essa é uma ocupação em que “as condições de trabalho frequentemente não são ideais”. (mais…)

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Feminismo decolonial: Una ruptura con la visión hegemónica, eurocéntrica, racista y burguesa. Entrevista con Yuderkys Espinosa Miñoso

Por Jose María Barroso Tristán, em Iberoamérica Social

Yuderkys Espinosa Miñoso, activista y académica nacida en Santo Domingo, República Dominicana, es una de las voces con más fuerza dentro del Feminismo Decolonial. Sus análisis antirracistas y de clase dentro del movimiento son base de debates en la esfera internacional. A pesar de su juventud tiene una gran producción dentro del mundo académico, sobresaliendo su libro “Escritos de una lesbiana oscura: reflexiones críticas sobre feminismo y política de identidad en América Latina”.

En la entrevista recorre con un excelente rigor analítico temas como las bases del Feminismo Decolonial, la crítica de éste al Feminismo clásico, la importancia del antirracismo dentro de los paradigmas feministas o la situación actual del movimiento en América Latina. (mais…)

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Estudo mostra que 67% das alunas já sofreram algum tipo de violência de gênero no ambiente universitário

EcoDebate

O Instituto Avon, em parceria com o Data Popular, divulgou os resultados da pesquisa inédita Instituto Avon/Data Popular- Violência contra a mulher no ambiente universitário (acesse aqui), realizada ao longo de setembro e outubro deste ano com universitários de cursos de graduação e pós-graduação de instituições públicas e privadas.

O levantamento contou com uma fase quantitativa, online, com 1.823 estudantes de todo o país, e uma qualitativa, com grupos de discussão envolvendo participantes de ambos os sexos e entrevistas em profundidade com especialistas*. Além disso, a pesquisa envolveu a abertura de espaço para os universitários deixarem depoimentos pessoais sobre o tema. (mais…)

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16 dias: Mulheres negras denunciam solidão e violencia em campanha #meuamigosecreto

População Negra e Saúde

Estamos nos 16 dias de ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, e durante duas semanas venho acompanhando mulheres negras denunciando violências, por meio da campanha#meuamigosecreto, campanha lançada nas redes sociais que incentiva as mulheres denunciarem as  diversas formas violentas, as relações de opressão que as mulheres sofrem com os homens negros, principalmente.

Neste sentido as mulheres negras têm um adendo além de denunciar o sexismo, também denunciam o racismo que existe dentro das relações afetivo-sexuais com os homens negros, e o quanto isso levam as mulheres a viver uma vida de solidão, como mães solteiras e responsáveis pelos filhos. (mais…)

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Às ancestrais: Quinhentos anos em um dia, por Nilma Bentes

Havia ameaça, mas não choveu.
O que era um tantinho de mulher negra virou um tantão e comoveu.
Lembrava um rio onde flutuavam milhares de flores coloridas.
As dezenas de faixas traziam mensagens; traduziam anseios de vidas doloridas.
As falas emocionadas alternavam com as melodias cheias de ginga e exalavam alegria.
Nem os fascista pró-ditadura empanaram ou reduziram nossa energia.
No todo, um Estado um tanto indiferente, embora um governo reticente. (mais…)

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Feminismo é revolução: Simone de Beauvoir em três atos

Em Olga

Que o trabalho intelectual das mulheres é menos valorizado que o dos homens não é nenhuma surpresa. Aprendemos na escola e sabemos de cor o nome de filósofos, cientistas e autores masculinos, mas mesmo grandes mentes femininas têm menos destaque que alguns pensadores medíocres por uma falta de visibilidade e descrédito que têm raiz no machismo. E é nesse cenário de invisibilidade sistemática que, entre as poucas intelectuais femininas de renome mundial, está a francesa Simone de Beauvoir. (mais…)

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Invisível aos olhos: a violência institucional da tortura contra mulheres

#MexeuComUmaMexeuComTodas #CombateàViolênciaContraaMulher

Por Maria Gorete Marques de Jesus e Mayara Gomes, em Justificando

Três mulheres. Duas jovens de aproximadamente 30 anos e uma senhora de 69. Todas iam passar pela audiência de custódia acusadas por um suposto furto numa loja do centro da cidade. O juiz pede para que entre uma de cada vez. A primeira jovem está com a jaqueta cortada. Durante a audiência, o juiz lhe pergunta se houve alguma irregularidade durante a prisão. A moça responde que ela e sua prima tiveram as jaquetas cortadas por um policial na delegacia e foram ameaçadas. Segundo ela, caso não assinassem o BO, os policiais iriam “arregaçar suas bucetas” como fizeram com suas jaquetas. Com um olhar irônico, o juiz a questiona “mas isso é agressão?”. A moça, demonstrando indignação com a pergunta, responde “Claro! Eles atingiram nosso psicológico doutor”. (mais…)

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Mulheres lutam contra violência no Rio Grande do Sul

Entre os anos 1980 e 2010 foram assassinadas mais de 92 mil mulheres no Brasil, 43,7 mil somente nesta última década.

Por Catiana de Medeiros, da Página do MST

Mulheres ligadas ao MST e oriundas de assentamentos de Nova Santa Rita, na região Metropolitana de Porto Alegre (RS), utilizaram a Tribuna Popular na Câmara de Vereadores do município, nesta terça-feira (24), para manifestar repúdio à violência do capitalismo contra as mulheres. (mais…)

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Lei que dificulta atendimento à mulher estuprada é alvo de campanha contra a violência

Jilwesley Almeida – Adital

Na manhã desta quarta-feira, 25 de novembro, Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher, integrantes da Frente contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto, principalmente em caso de estupro, entregaram oficialmente à Mesa Diretora e a Bancada Feminina da Câmara dos Deputados, uma petição com cerca de 87 mil assinaturas. Estas repudiam o Projeto de Lei de autoria do presidente da Câmara, Eduardo Cunha [Partido do Movimento Democrático Brasileiro – PMDB – Rio de Janeiro], que dificulta o acesso ao aborto legal para as mulheres vítimas de estupro. (mais…)

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