A veiculação de informações que induzam ou incitem a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional na internet, ou em outra rede de computadores destinadas ao acesso público, deverá se tornar crime com pena de um a três anos de reclusão e multa. É o que prevê o projeto PLS 518/2015, do senador Paulo Paim (PT-RS), aprovado pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) nesta quarta-feira (11). (mais…)
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Site que prega discurso de ódio é criado em nome da blogueira feminista Lola Aronovovich
Autora da página Escreva Lola Escreva, um dos blogues feministas de maior expressão no Brasil, a professora universitária foi novamente alvo de ataques na rede
Por Revista Fórum
A professora universitária Lola Aronovich, autora da página Escreva Lola Escreva, um dos blogues feministas de maior expressão no Brasil, é mais uma vez alvo de ataques cibernéticos. No início do mês, foi criado, em seu nome, um site que prega discursos de ódio, como a apologia ao infanticídio de meninos, por exemplo. Após atingir repercussão na internet ao longo dos últimos dias, o “Lola Escreva Lola” foi tirado do ar. (mais…)
Queixas de injúria racial registradas pela Polícia Civil em BH aumentam 25%
Renato Fonseca e Raquel Ramos – Hoje em Dia
O que era para ser uma singela demonstração de carinho com a publicação da foto abraçada ao namorado se transformou em inferno na vida de uma jovem de 20 anos, despertando graves ofensas na internet. Para um universitário de 24, abrir a porta do próprio carro na faculdade gerou suspeita à polícia, que agiu com truculência contra o inocente. Já uma criança de 8 resolveu postar vídeos na web em defesa do cabelo crespo, mas mesmo assim é obrigada a conviver com comentários maldosos até na escola. (mais…)
A pequena chef e uma sociedade doente
Márcia Pinna Raspanti, História Hoje
A estreia do reality show Masterchef Júnior está agitando as redes sociais. Não por causa do conteúdo do programa, mas devido à participação de uma garota de 12 anos que está recebendo uma enxurrada de comentários de teor sexual explícito e inapropriado. Geralmente, quando ocorrem casos semelhantes, grande parte da opinião pública culpa a vítima: as meninas estão muito atiradas, usam roupas inconvenientes, cantam e dançam funk – quem não se lembra do caso de Mc Melody? (mais…)
Segregação, Vigilantismo e Protesto: Respostas aos Roubos [?] nas Praias do Rio
Em RioOnWatch
A tensão entre moradores das zonas Sul e Norte do Rio de Janeiro atingiu um novo pico com a ameaça de violência nas praias cariocas neste ano pré-olímpico. Em 23 de agosto, ônibus lotados com cerca de 150 adolescentes foram detidos em Botafogo, no caminho para as praias da Zona Sul, sobre o pretexto de que os jovens a bordo estavam indo com a intenção de roubar e se envolverem em violência. Os jovens foram detidos e levados para o Centro Integrado de Atendimento à Criança e ao Adolescente (CIACA) sem terem cometido um crime. (mais…)
A imprensa e a luta contra o racismo
“Como já denunciou o antropólogo Kabenguele Munanga, o racismo brasileiro é um crime perfeito, um racismo sem racistas, um crime sem ator”
Por Silvia Elaine Santos de Castro, no Observatório da Imprensa
Esquizofrenia. Essa foi a doença utilizada para justificar a agressão física e verbal a um senegalês no centro da cidade de Londrina, norte do estado do Paraná, no começo de setembro. Ngale Ndiaye é vendedor ambulante e mantém seu ponto de venda em frente ao prédio em que reside a agressora. Aos gritos de “preto fedido”, “macaco” e “ladrão”, a moradora jogou bananas no imigrante e exigia que ele mudasse seu ponto de venda. A humanidade, a dignidade e os direitos de Ngale foram negados neste ato. (mais…)
Homens [?] colocam fogo em colchão e queimam pernas de senegalês no RS
Crime aconteceu na manhã deste sábado (12), no centro de Santa Maria. O imigrante foi atendido pelo Samu e teve queimaduras superficiais.
Por G1 RS
Três homens colocaram fogo no colchão em que um imigrante senegalês dormia na manhã deste sábado (12), no centro de Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul. De acordo com a Brigada Militar, CheCheikh Oumar Foutyou Diba, de 25 anos, ainda teve os seus pertences levados pelos trio. Ele pediu ajuda aos funcionários de uma padaria na Avenida Rio Branco, por volta das 9h. (mais…)
“Olhem para o lado, vejam quantos negros estão aqui. Vocês deviam ter vergonha”: Carl Hart, da Universidade de Columbia, em seminário em São Paulo
Professor da Universidade de Columbia, neurocientista e referência no estudo sobre drogas, Carl Hart – que é negro e tem dreadlocks – foi barrado pelos seguranças do hotel Tivoli Mofarrej, na capital paulista, onde participa de seminário sobre ciências criminais; ao abrir sua palestra, pesquisador evidenciou o racismo
Por Revista Fórum
Pouco antes de ministrar uma palestra sobre guerra às drogas e como ela marginaliza parte da população (principalmente a negra), o neurocientista norte-americano Carl Hart sentiu na pele os efeitos da exclusão. Na manhã desta sexta-feira (28), ele foi barrado na portaria do hotel cinco estrelas Tivoli Mofarrej, na capital paulista, onde participa do Seminário Internacional do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais. Carl é negro, usa cabelos ao estilo ‘dreadlocks’ e possui dois dentes de ouro. (mais…)
A praia não tem cor nem classe social, por Jean Wyllys
O apoio do governador Luiz Fernando Pezão ao racismo institucional perpetua uma prática condenável
Na CartaCapital
O racismo, mal que afeta as relações sociais e produz sofrimento às suas vítimas, apresenta-se muitas vezes implícito, disfarçado, não assumido, mas, ao mesmo tempo, com uma força performativa que vai muito além do episódio específico em que se manifesta. De todas as faces do racismo com as quais convivemos, as piores não se expressam na prática individual, no ato pessoal equivocado, por estupidez, ignorância ou má fé: as formas mais graves de racismo são praticadas institucionalmente. (mais…)
PRR2 quer que professor da UFES seja julgado por racismo
O Ministério Público Federal (MPF) expediu parecer ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (RJ/ES) opinando que o professor Manoel Luiz Malaguti deve ser julgado por suas declarações discriminatórias contra os negros numa aula na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e confirmadas em entrevista à TV Gazeta, em novembro. O juiz da 2ª Vara Federal Criminal do Espírito Santo, em Vitória, rejeitou a denúncia sem abrir processo, alegando que ele não cometera um crime.
No parecer, a Procuradoria Regional da República da 2ª Região (PRR2) se manifestou favorável ao recurso do MPF/ES contra a decisão de primeira instância. Três argumentos do juiz para não julgar o professor foram rebatidos: a PRR2 atestou que ele induziu e incitou ao preconceito, crime com pena de um a três anos de reclusão e multa (Lei 7.716/89, art. 20); demonstrou que a criminalização do discurso de ódio prevalece sobre a garantia constitucional da liberdade de expressão; e verificou que há indícios suficientes de “dolo racista”. (mais…)