Carta Aberta à sociedade brasileira: Pré-Conferência Indigenista dos Servidores da Funai

“Convocada pelo Decreto Presidencial s/nº de 24 de julho, a 1ª Conferência Nacional de Política Indigenista apresenta como tema central “A relação do Estado Brasileiro com os Povos Indígenas no Brasil sob o paradigma da Constituição de 1988”, tendo como objetivos gerais: (i) avaliação da ação indigenista do Estado brasileiro; (ii) reafirmação das garantias reconhecidas aos povos indígenas no País; e (iii) proposição de diretrizes para a construção e a consolidação da política nacional indigenista. Coordenada pelo Ministério da Justiça e pela Fundação Nacional do Índio, vem sendo organizada em conjunto com representantes dos povos e organizações indígenas e demais órgãos e entidades governamentais e não governamentais que compõem a Comissão Nacional de Política Indigenista – CNPI.

O espírito da Conferência se baseia no reconhecimento de que as mudanças legais que ocorreram desde 1988, as quais rejeitam ideias tutelares e objetivos assimilacionistas, resultam de vários processos de resistências e lutas de povos indígenas, que em sua relação com o Estado brasileiro exigiram e seguem exigindo o respeito aos direitos individuais e coletivos e a superação de práticas e valores coloniais, visando à promoção de sua efetiva autonomia (confira aqui, na íntegra, o texto de apresentação e os eixos temáticos orientadores dos debates). (mais…)

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Lideranças indígenas Guarani-Kaiowá e Ñandeva discutem os direitos humanos em Salvador

Ricardo S. Freire*

O Mato Grosso do Sul é hoje o estado mais violento em relação aos povos indígenas no Brasil. Segue-o neste sinistro ranking o estado da Bahia. Os fatos que apontam para esta constatação do indigenista Haroldo Heleno, do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), estão discriminados no relatório desta instituição sobre a “Violência contra os Povos Indígenas no Brasil” para o ano de 2014. Esta triste realidade revela a pertinência dos debates realizados na última quinta-feira (19), em ocasião da “I Semana Internacional dos Direitos Humanos”, organizada pelo Ministério Público Estadual da Bahia, em Salvador. O evento que ocorreu entre dias 18 e 20 de novembro de 2015, contou naquela ocasião com a participação das lideranças de comunidades indígenas no Mato Grosso do Sul, a Guarani e Kaiowá Valdelice Veron e o Guarani-Ñandeva Natanael Caceres, que vieram a Salvador expor a situação aterradora em que vivem os indígenas naquela região e, como afirmaram os próprios líderes, pedir socorro diante de um contexto cada dias mais insuportável à sobrevivência de suas comunidades. Dores e sofrimentos certamente compartilhados pelos povos indígenas na Bahia. (mais…)

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quilombo

Nota pública das comunidades e associações quilombolas da Bahia

Vivemos da luta, no território nós desenvolvemos e na terra garantimos o futuro da Quilombagem

No mês da Consciência Negra em homenagem a nosso líder Zumbi dos Palmares, nós quilombolas celebramos os 20 anos da Coordenação Nacional de Articulação das Associações Quilombolas (CONAQ). Nossa organização nasceu da luta articulada por diversas comunidades em espaços diferentes do Brasil. A CONAQ tem como principal missão garantir a representação das comunidades e sujeitos de direito quilombolas junto as instituições pública do Brasil. (mais…)

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Funai realiza estudo para ampliar a Reserva Indígena de Dourados

Levantamento iniciado no governo de Laerte Tetila já teria indicado áreas que podem ser declaradas de utilidade pública

Marcos Santos – O Progresso

A Fundação Nacional do Índio (Funai) está realizando um levantamento sigiloso para ampliar a Reserva Indígena de Dourados, que abriga as aldeias Jaguapirú e Bororó. Com 3.600 hectares e habitada por mais de 3.500 famílias, a área é considerada pequena para os cerca de 16 mil índios que vivem nas duas aldeias e o processo de ampliação seria a solução apontada por antropólogos ligados à Funai. A reportagem apurou que eles consideram “confinador” a divisão dos 3.600 hectares por mais de 3.500 famílias, o que daria, em média, um hectare por família, enquanto estudos apontam como ideal que cada família indígena seja assentada em, pelo menos, 30 hectares. (mais…)

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Liderança do Pará escreve sobre a luta indígena e a #PEC215Não

Movimento se mobiliza para cobrar do governo o fim de mortes de indígenas e extrativistas, e a demarcação de terras e a PEC 215

por Felipe Milanez — CartaCapital

Auricélia Fonseca é uma liderança do povo Arapium e estudante de direito da Universidade Federal do Oeste do Pará. No final de outubro, aconteceu o Chamado da Floresta, um encontro das comunidades extrativistas com o governo federal próximo a Santarém, na comunidade São Pedro, rio Arapiuns. (mais…)

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Nota do Povo Tuxá Setsor Bragagá sobre ocupação de fazenda em Buritizeiro, MG

 

23 de novembro de 2015

Nós, povo indíegana Tuxá Setsor Bragagá, com o apoio da Articulação Rosalino de Povos e Comunidades Tradicionais do Norte de Minas, Povo Indígena Xakriabá, Tuxá Kiniopará de Ibotirama/BA, Pataxó, Pankararu, Movimento Geraizeiro, NASCER (Núcleo de Agricultura Sustentável do Cerrado), e outros povos, vimos através deste, informar que estamos ocupando desde as 10:00 horas do dia 20 de novembro de 2015 a fazenda Santo Antônio, localizada próximo ao distrito de Cachoeira da Manteiga, município de Buritizeiro/MG. O clima atual é de tensão. Ontem, escutamos tiros e, em vários momentos, veículos rondando a fazenda próximo ao local onde estamos. (mais…)

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Audiência Pública PEC 215 e a Demarcação de Terras Indígenas: 26/11, 14h, na PGR

MPF

Faltam 4 dias para a audiência pública que vai discutir a PEC 215, proposta de emenda constitucional que prevê a aprovação do Congresso Nacional na demarcação de terras indígenas. Para o MPF, essa proposta é um retrocesso aos direitos indígenas garantidos pela Constituição.

Em nota técnica, o MPF pontua as ilegalidades da PEC 215. Uma delas é a condição de cláusula pétrea, ou seja, não pode ser alterado. (mais…)

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Índios que vivem em reservas estão confinados, diz líder guarani-kaiowá

Por Paula Bianchi, do UOL, no Rio

Ao menos 390 indígenas foram assassinados entre 2003 e 2014 no Mato Grosso do Sul, segundo relatório do Cimi (Conselho Indigenista Missionário). O número de assassinatos é mais que a soma dos índios mortos em todo o resto do país no mesmo período (364). Para o antropólogo e professor Tonico Benites, no entanto, essa é apenas a face mais cruel da luta pela terra no Estado.

Para Benites, as reservas criadas pelo governo são locais de “confinamento”. Guarani-kaiowá nascido na aldeia Sassoró, em Tacuru (MS) e pós-doutorando em antropologia pelo Museu Nacional da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), ele já foi ameaçado de morte quando fazia pesquisas na região e vê na expulsão dos índios de suas terras para essas áreas a raiz dos conflitos. A única solução, defende, é a devolução de parte do território do Estado para os indígenas. (mais…)

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Lideranças indígenas Guarani Kaiowá e Ñandeva discutem os direitos humanos em Salvador, BA

Por Ricardo S. Freire*

O Mato Grosso do Sul é hoje o estado mais violento em relação aos povos indígenas no Brasil. Segue-o neste sinistro ranking o estado da Bahia. Os fatos que apontam para esta constatação do indigenista Haroldo Heleno do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), estão discriminados no relatório desta instituição sobre a “Violência contra os Povos Indígenas no Brasil” para o ano de 2014. Esta triste realidade revela a pertinência dos debates realizados na última quinta-feira (19), em ocasião da “I Semana Internacional dos Direitos Humanos”, organizada pelo Ministério Público Estadual da Bahia, em Salvador. (mais…)

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Povo Kreepym-Katejê manifesta-se por melhores condições e contra a PEC 215

No Cimi

Entre os dias 16 e 18 de novembro, 200 indígenas do povo Kreepym-Katejê ocuparam a sede da prefeitura do município de Itaipava do Grajaú, no Maranhão, para reivindicar melhores condições de saúde, educação e a reconstrução das estradas que dão acesso à Terra Indígena Geralda/Toco Preto, onde cerca de 350 pessoas deste povo vivem em três aldeias distintas.

Os indígenas também utilizaram a mobilização para manifestarem seu repúdio pela PEC 215. “Não teve nenhuma mídia, não apareceu na televisão, mas a gente fez a nossa manifestação aqui. Não fomos para Brasília, mas quisemos demonstrar que estamos mobilizados aqui na nossa base, apoiamos a luta dos outros povos e somos contra a PEC 215”, afirmou por telefone Fábio Timbira, liderança da Aldeia Sibirino, uma das três aldeias de Geralda/Toco Preto. (mais…)

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