De que cor é esta ministra?

Barbara Reis – Publico

Desde o fim da monarquia, Portugal teve 75 governos e mais de três mil governantes. Eram todos brancos. Até hoje, nestes 100 anos de vida republicana, não houve um único ministro “diferente”, alguém que não fosse branco como a maioria. Esta quinta-feira, Francisca Van Dunem, que é negra, tomou posse como ministra da Justiça. Mas aquilo que é óbvio dizer — “a nova ministra da Justiça de Portugal é negra e isso nunca tinha acontecido” — abriu um debate. Como é a primeira vez, o debate nunca tinha acontecido. E por isso vale escrever: em 2015, Portugal deu posse a um primeiro-ministro de origem goesa, a uma ministra negra de origem angolana e a um secretário de Estado filho e neto de ciganos. (mais…)

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Dandara, a guerreira de Palmares, vive!

A histórica Marcha das Mulheres Negras pautou demandas para os próximos vinte anos e mostrou que é preciso um novo pacto civilizatório. São as Dandaras de hoje

Por Maria Carolina Trevisan | Foto: Vinícius Carvalho / Vídeos: Mídia Ninja – Outras Palavras

A Marcha das Mulheres Negras avançava lentamente em direção ao Congresso Nacional, levando cerca de 15 mil pessoas pelas avenidas de Brasília (DF). Na linha de frente, em respeito à ancestralidade que ancora as religiões de matriz africana, estavam as mulheres mais velhas, abrindo os caminhos sob a proteção dos orixás. Vestiam seus trajes sagrados. Ao apontar na beira do gramado da Esplanada dos Ministérios, as senhoras entoaram em coro o “Canto das três raças”, canção eternizada na voz de Clara Nunes. Foi um dos momentos mais emocionantes do ato. A música lembra que o povo desta terra ainda “canta de dor”. (mais…)

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Conheça 7 mitos sobre as cotas raciais

As políticas afirmativas têm muitos opositores, mas será que eles têm razão em suas críticas?

EcoDebate*

As cotas sociorraciais nas universidades públicas já são uma realidade há pelo menos uma década e ganharam, em 2012, o impulso da Lei de Cotas, que em 2016 reservará 50% das vagas para estudantes negros e oriundos da escola pública.

No entanto, muitos ainda insistem em criticar esse instrumento de inclusão social e reparação de dívidas históricas do país. E nem sempre usando argumentos muito confiáveis. Veja alguns dos mitos sobre as cotas sociais e raciais: (mais…)

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Para a mulher negra, machismo e racismo são o cerne da violência cotidiana que sofremos

“Mulheres negras são como mantas kevlar,

Preparadas pela vida para suportar;

O racismo, os tiros, o eurocentrismo,

Abalam mais não deixam nossos neurônios cativos”

(Mulheres Negras, Yzalú)

Por Luka Franca, especial para a Ponte Jornalismo

25 de novembro, dia latino americano de combate a violência contra mulher. Nesse tempo todo em que milito no movimento feminista, ao pensar textos, panfletos e notas para explicar o que é esse dia e o que significa a violência contra mulher hoje no Brasil e no mundo, me vejo repetindo que as mulheres ainda morrem por conta da violência machista e são estupradas cotidianamente. A história se repete, nunca como farsa, mas sempre como tragédia e, nesse mar de violência contra a mulher, acabamos nos deparando com a realidade de que a violência machista se entrelaça diretamente com o racismo. (mais…)

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Mercosul reúne gestores para discutir direitos dos afrodescendentes

Entidade elaborará plano de ação para todos os países do bloco econômico

SEPPIR

Países que integram o Mercosul realizaram no último dia 23 de novembro, em Assunção, capital do Paraguai, a I Reunião de Ministros e Altas Autoridades sobre os Direitos dos Afrodescendentes (Rafro). Criada no âmbito do Mercosul, a Rafro é um órgão do Conselho do Mercosul que busca propor medidas políticas e ações no campo da promoção da igualdade racial e combate ao racismo. (mais…)

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Conheça história de três estudantes negros que entraram na universidade federal pela Lei de Cotas

Política afirmativa instituiu, em 2012, reserva de 50% vagas para negros e pardos em todas as instituições federais do País

SEPPIR*

Alex, Lucas e Elisandra. Três universitários, três histórias parecidas. Negros ou pardos, moradores da periferia de Brasília e que não tinham a universidade federal como objetivo de vida. Pela garantia da Lei de Cotas (Lei 12.711 de 2012), também tiveram em comum o futuro transformado ao ingressarem na Universidade de Brasília (UnB) pelas cotas raciais. Não foram os alunos que entraram nos cursos, mas a universidade que entrou na vida desses estudantes por meio das cotas raciais. (mais…)

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A Negra Consciência dos Direitos Humanos

Plataforma Dhesca

O dia 20 de novembro marca o dia da Consciência negra no Brasil. Instituído oficialmente desde 2003, essa data já é secular para as organizações e movimentos negros, pois faz homenagem à Zumbi dos Palmares, negro escravizado que lutou juntamente com sua companheira Dandara pela liberdade do povo negro no Brasil e que foi assassinado em 1695.

O debate em torno da defesa dos direitos humanos não pode se abster da transversalidade da questão racial, já que muitas das violações de direitos têm como pano de fundo o imaginário da superioridade (e inferioridade) de determinados grupos raciais. (mais…)

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Sobre ser negra e lutar contra o silenciamento

Se você é uma mulher negra, não se cale. Nós não estamos ganhando nada com o nosso silêncio. As outras pessoas que aprendam a ouvir

Julia Drummond* – Carta Maior

Aos que não me conhecem, meu nome é Júlia, tenho 23 anos, sou mulher cis, hetero, negra e universitária. Me formei recentemente em Direito na USP e acabei de ser aprovada no mestrado em Direitos Humanos na mesma Universidade. (mais…)

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“Enquanto houver um negro sendo assassinado, estaremos lutando”, diz ativista

Marieta Cazarré – Repórter da Agência Brasil

O combate ao racismo e à violência de gênero foram as principais bandeiras das 10 mil mulheres, segundo balanço da Polícia Militar, que saíram ontem (18) do Ginásio Nilson Nelson e marcharam em direção ao Congresso Nacional.

“Enquanto houver um jovem negro sendo assassinado, enquanto houver um menino sendo apedrejado na rua por ser gay, uma menina sendo estuprada por ser lésbica, enquanto uma travesti ou uma transexual não tiver direito a assumir a sua identidade de gênero, estaremos lutando. Nenhuma de nós estará realizada enquanto houver racismo”, disse Verônica Lourenço, 45 anos, historiadora, educadora e integrante da Rede Sapatá (Rede Nacional de Lésbicas e Bissexuais Negras). (mais…)

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Cerca de 4 mil mulheres negras marcham contra o racismo

Marieta Cazarré – Repórter da Agência Brasil

A Marcha das Mulheres Negras reúne hoje (18), em Brasília, aproximadamente 4 mil pessoas em uma caminhada em direção à Praça dos Três Poderes, segundo informações da Polícia Militar do Distrito Federal. Mulheres de todo o país vieram à marcha para lutar contra a violência, a discriminação e o racismo, entre outras pautas como o reconhecimento das parteiras tradicionais e a defesa das terras quilombolas e indígenas. (mais…)

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