A lama da Samarco e o jornalismo que não dá nome aos bois, por Alceu Castilho

Bento Rodrigues: povoado soterrado pela Samarco sintetizava um modo de vida tão esquecido pela imprensa quanto os impactos sociais e ambientais do mundo corporativo

Em seu blog

Por trás da lama da Samarco afirma-se o gosto amargo de um jornalismo subserviente, a serviço do mercado. Dezenas de pessoas estão desaparecidas em Mariana (MG). Entre elas, crianças. O vídeo abaixo mostra como era o cotidiano de um povoado destruído. Mas a maior tragédia socioambiental brasileira do século XXI  já começa a ser soterrada pelos jornais, após uma cobertura protocolar. Da lama à ordem: ignoram-se os conflitos, minimizam-se as contradições e se assimilam os discursos cínicos de executivos e de membros do governo. Com a clássica blindagem dos sócios da empresa. (mais…)

Ler Mais

Lama da Samarco: biólogo aponta impacto por 100 anos na vida marinha

André Ruschi denuncia “assassinato da 5ª maior bacia hidrográfica brasileira”, diz que Samarco precisa ser fechada e critica uso do mar para dispersão da poluição

Por Alceu Luís Castilho – Outras Palavras

O biólogo André Ruschi, diretor da escola Estação Biologia Marinha Augusto Ruschi, em Aracruz (ES), defende o fechamento da Samarco, mineradora responsável pelo rompimento da barragem de resíduos em Mariana (MG). Ele usou uma rede social para falar do impacto em três Unidades de Conservação, em particular o Refúgio de Vida Silvestre de Santa Cruz, um dos mais importantes criadouros marinhos do Oceano Atlântico. (mais…)

Ler Mais

Lama de Mariana: Como o jornalismo é engolido nas grandes tragédias, por Leonardo Sakamoto

Leonardo Sakamoto

Dez breves considerações para uma autocrítica necessária sobre a cobertura do rompimento das barragens de desejos de mineração, em Mariana (MG), ocorrido na última quinta (5):

1) Onde você escreve apenas “Samarco”, como responsável pela catástrofe da barragem de Mariana, acrescente “Vale” e “BHP”. Diga ao seu chefe para esquecer que a Vale é grande anunciante do seu veículo pelo menos desta vez. (mais…)

Ler Mais

E corre ladeira abaixo mais uma barragem de rejeitos…

Por Gustavo Horta

De fato o afã capitalista pelo dinheiro, que tantos defendem com tamanho vigor, vem a destruir vidas, patrimônios, histórias – individuais, familiares e sociais – e natureza de forma permanente e recorrente aqui nas Minas Gerais, desdobramento de administrações irresponsáveis e, quiçá, criminosas, destas mineradoras que mais se assemelham a uma garimpagem mecanizada avassaladora.

Aqui em Minas Gerais há um episódio assim dramático com uma regularidade que me enoja.

Mas, liga não. Esta última de Mariana foi apenas mais uma barragem de rejeitos de uma mineradora que desabou. Na verdade, desta vez, foram duas, simultaneamente e em cascata. Liga não. Só mais uma entre tantas, mais uma, só mais uma… (mais…)

Ler Mais

Rio Doce foi ‘cimentado’. Danos ambientais são irreversíveis, avalia ambientalista

Rejeito de mineração funciona como ‘cimento’, e vai acabar com a pesca em grande parte da calha do rio, segundo Marcus Vinícius Polignano, coordenador do Projeto Manuelzão

Por Augusto Franco, em O Tempo

Os danos ambientais em consequência do rompimento da barragens de rejeitos na localidade de Bento Rodrigues, em Mariana, serão permanentes e vão acabar com a pesca em parte dos rios Guaxalo do Norte e Rio do Carmo, que desaguam no Rio Doce.

O próprio Rio Doce, por sua vez, também pode ser afetado pelo grande volume de lama de rejeito da mineração, e terá a vida aquática comprometida. (mais…)

Ler Mais

Onda de lama: liminar obriga Samarco e poder público a adotarem medidas emergenciais no ES

Medida cautelar foi proposta pelo MPF/ES e pelo MPES. Samarco, autarquias municipais de saneamento e Iema são alvo das ações

MPF ES

O Ministério Público Federal (MPF/ES) e o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) obtiveram decisão liminar que obriga a Samarco Mineração, o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), o Serviço Colatinense de Meio Ambiente e Saneamento Ambiental (Sanear) e o Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Baixo Guandu (SAAE) a adotarem uma série de ações visando à produção e à conservação das provas necessárias para reparação pelos danos ambientais e danos morais coletivos causados no Estado por conta do rompimento das barragens de Fundão e de Santarém, ambas de responsabilidade da Samarco, localizadas em Mariana e Ouro Preto, Minas Gerais. (mais…)

Ler Mais

ES – Prêmio Ecologia 2015 tem Samarco e Vale como patrocinadoras e se encerra amanhã

Por José Rabelo, no Século Diário

A votação do Prêmio Ecologia 2015 se encerra nesta terça-feira (10), praticamente ao mesmo tempo em que a enxurrada de lama vinda de Minas Gerais avança em direção ao Espírito Santo. O prêmio é uma iniciativa do governo do Estado, Samarco e Vale —controladora da primeira, ao lado da BHP Billinton. Justamente a Samarco e a Vale, responsáveis pela tragédia que resultou no rompimento de duas barragens de rejeito de minério no município mineiro de Mariana, são as patrocinadoras do prêmio, que na edição deste ano incentiva projetos inovadores, pasmem, na área de recursos hídricos. (mais…)

Ler Mais

Governo de Minas embarga atividades da Samarco em Mariana após acidente

Empresa está proibida de processar minério de ferro na barragem Germano, a maior da Samarco na região e que continua intacta

Por João  Henrique do Vale, no Estado de Minas

O Governo de Minas Gerais embargou as atividades da Samarco, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais. Agora, a empresa não poderá mais processar minério de ferro na barragem do Germano. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad) confirmou a informação na tarde desta segunda-feira. A empresa só poderá retomar as atividades após a apuração e a adoção de medidas de reparo dos danos provocados pelo rompimento das duas minas na última semana. A tragédia provocou a morte de duas pessoas e deixou pelo menos 25 pessoas desaparecidas. (mais…)

Ler Mais

Algumas repercussões jurídicas do crime da Samarco (BHP/Vale) em Minas Gerais

Por Beatriz Vignolo Silva, em Abrace a Serra da Moeda

O acidente da Samarco (Vale/BHP) em Mariana-MG, no dia 05 de novembro de 2015, causou uma dor enorme em todas as vítimas diretas e indiretas desse ato criminoso contra a vida, sociedade e meio ambiente. Essa tragédia, talvez a maior na história do Brasil, é um atentado contra os direitos humanos e como tal deve ser tratado pelas autoridades.

Nesse primeiro momento as atenções estão voltadas para tentar localizar sobreviventes e evitar maiores danos, mas há repercussões na esfera jurídica que devem ser objeto de preocupação por parte da população mineira, vítima indireta desse dano de dimensões gigantescas. (mais…)

Ler Mais

Tsunami de lama: Drama invisível

Acusada de responsável pela tragédia, empresa da Vale cuida da cena do crime, exclui imprensa e deixa o povo de fora. Tá certo isso?

Por Laura Capriglione, enviada especial dos Jornalistas Livres, com fotos de Gustavo Ferreira, em Mariana (MG)

Arrancados de suas casas pelo tsunami gerado pelo rompimento das barragens Fundão e Santarém, repletas de lama tóxica, os moradores de Bento Rodrigues, arraial rural a 35 km do centro de Mariana, sofrem com outro tsunami: o de dúvidas, de mentiras e de dissimulação. (mais…)

Ler Mais