A Organização das Nações Unidas, a mídia nacional e internacional e movimentos sociais em todo o mundo estão com os olhos voltados para a batalha dos índios Munduruku e de seus aliados contra o complexo hidrelétrico da bacia Tapajós/Teles Pires (ver clipping em anexo). Um novo episódio dessa luta acontecerá nos dias 24 e 25 de setembro, quando os Munduruku receberão, em sua assembleia, lideranças indígenas, beiradeiros, quilombolas e outros povos tradicionais da Amazônia, além de organizações nacionais e internacionais, pesquisadores indígenas e não-indígenas e representantes do Governo Federal e do governo do Pará.
A assembleia, que acontecerá em uma das 3 aldeias da Terra Indígena Sawré Muybu, traçará os rumos da ação desses povos no complexo cenário político e econômico atual do país. Essa terra é, hoje, foco das tensões entre Governo Federal e indígenas, e esteve no centro da recente polêmica que culminou com a saída de Maria Augusta Assirati da Fundação Nacional do Índio. Quando ainda era presidente, Assirati admitiu aos Munduruku que os interesses do governo no potencial energético da sua região estavam impedindo a oficialização da área de Sawré Muybu como terra indígena.
É, portanto, entre a pressão do setor elétrico (e seus investidores chineses), a saia justa política e econômica em que a Presidência se encontra e as múltiplas frentes do movimento indígena que a assembleia do próximo dia 24 se situa. Junto com outros povos que lutam contra barragens e pela proteção de seus territórios, os Munduruku – hoje referência para movimentos sociais no Brasil e no exterior, com a experiência recente da autodemarcação de Sawré Muybu – darão uma nova resposta ao momento adverso que vivem hoje os povos indígenas e as demais populações tradicionais do país.
Serviço:
O que: Assembleia do Médio Tapajós
Quando: 24 e 25 de setembro de 2015
Onde: Aldeia Dace Watpu (Itaituba-PA)
Mais informações:
http://www.aipariri.org/