16 dias: Mulheres negras denunciam solidão e violencia em campanha #meuamigosecreto

População Negra e Saúde

Estamos nos 16 dias de ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, e durante duas semanas venho acompanhando mulheres negras denunciando violências, por meio da campanha#meuamigosecreto, campanha lançada nas redes sociais que incentiva as mulheres denunciarem as  diversas formas violentas, as relações de opressão que as mulheres sofrem com os homens negros, principalmente.

Neste sentido as mulheres negras têm um adendo além de denunciar o sexismo, também denunciam o racismo que existe dentro das relações afetivo-sexuais com os homens negros, e o quanto isso levam as mulheres a viver uma vida de solidão, como mães solteiras e responsáveis pelos filhos. (mais…)

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Proibição da pílula do dia seguinte dificulta ainda mais situação das vitimas de violência

Gean Rocha – Adital

O Projeto de Lei (PL) 5069/2013, que tipifica como crime contra a vida o anúncio de meio abortivo e prevê penas específicas para quem induz a gestante à prática de aborto, foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça [CCJ], da Câmara de Deputados. O projeto também modifica a lei de atendimentos às vitimas de violência sexual.

As principais mudanças propostas pelo PL 5069, de autoria do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha [Partido do Movimento Democrático Brasileiro – PMDB – Rio de Janeiro] – envolvido em sérias denúncias de corrupção e desvio de dinheiro público para contas na Suíça –, são: a criminalização de propaganda, fornecimento, a indução ao aborto e a métodos abortivos. Além disso, o Projeto estabelece que a mulher vítima de estupro procure uma delegacia e passe por exames, antes de ser atendida pelo sistema público de saúde. (mais…)

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O machismo seboso deixará de ser o must do intelectual charmoso, por Karina Buhr

Leonardo Sakamoto

Homens que possuem espaço na mídia foram instigados a ficarem como espectadores nesta semana, ao invés de escreverem e publicarem textos sobre os direitos das mulheres e questões de gênero. Ou seja, promoverem uma ocupação de seu espaço para que elas falassem por si. Portanto, de segunda a domingo (8), mulheres de diferentes origens, histórias e regiões estão publicando, neste blog, sobre o tema dentro da iniciativa #AgoraÉQueSãoElas.

O texto de hoje é da cantora, compositora, atriz e ativista Karina Buhr. Juliana de Faria e Luíse Bello, do Think Olga, responsável pelas campanhas #primeiroassedio e Chega de Fiu Fiu, estrearam a série nesta segunda. E amanhã, quarta, será a vez da mestre em filosofia e feminista Djamila Ribeiro. (mais…)

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Enem: Tem vergonha de fazer cocô em público. Mas aceita violência de gênero, por Leonardo Sakamoto

Leonardo Sakamoto

As pessoas – pelo menos as que cultivam o bom senso – não peidam na frente dos outros ou em ambientes fechados, como um elevador.

Ou, quando soltam um pum, seja por lapso fisiológico ou contingência maior, ficam em silêncio, torcendo para não serem identificadas. Quem nunca peidou em público que atire o primeiro Luftal.

Afinal de contas, liberar flatulências em uma reunião de trabalho, na sala de aula, em uma festa de casamento ou em um velório leva à desaprovação coletiva ou, o que é mais provável, ao injusto escracho e ao eterno estigma. (mais…)

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Libertar-se do papel de macho-idiota ou ser vetor do sofrimento alheio?, por Leonardo Sakamoto

No Blog do Sakamoto

Faz tempo que não sentia tanta vergonha alheia como nos últimos dias. A quantidade de besteira que escorreu em blogs e nas redes sociais como resposta de muitos homens (sic) às mulheres que resolveram não ficarem caladas diante da violência sexual digital contra uma participante de 12 anos do programa Masterchef foi deprimente.

Apenas uma pessoa que passou a sua vida inteira em uma caverna, sem contato com a civilização, pode achar que essa situação brotou de uma hora para outra. Não, o machismo brasileiro, um de nosso maiores patrimônios imateriais, sempre esteve lá, feito pombo que descansa em fio da rede elétrica, fazendo cocô na cabeça de todos os que não são homens, nem concordam com a heteronormatividade vigente. A diferença é que, agora, a internet dá a todo o mundo, inclusive os que não aprenderam a viver em sociedade, o direito de ter um megafone. (mais…)

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USP abre sindicância para apurar ofensas contra alunas em Piracicaba

Daniel Mello – Repórter da Agência Brasil

A unidade da Universidade de São Paulo (USP) de Piracicaba, no interior paulista, abriu sindicância para apurar ofensas e a exposição da intimidade de alunas. Em nota, a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) informou que uma comissão está apurando os fatos a respeito de material com “conteúdo inadequado ao ambiente universitário” exposto no mural do centro de vivência do campus. (mais…)

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Machismo é a regra da casa

Publicitárias denunciam abusos de que são vítimas no trabalho e afirmam: os anúncios que indignam as mulheres nascem da cultura interna das próprias agências

por , na Pública

“Não existem muitos casos de propagandas machistas no Brasil porque a publicidade brasileira é madura para perceber que a pior coisa que pode fazer é irritar o consumidor, seja ele mulher, homem ou criança. De qualquer forma, nós não temos uma declaração oficial a respeito desse assunto”. Essa foi a resposta da assessoria de imprensa do Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária), por telefone, à pergunta da Pública referente a algumas peças publicitárias lançadas no Carnaval e no Dia Internacional da Mulher, rechaçadas nas redes sociais por serem consideradas machistas – algumas inclusive retiradas de circulação. O Conar é um órgão de autorregulamentação das agências publicitárias, encarregado de receber denúncias de consumidores ou órgãos públicos e julgar se a propaganda deve ser tirada do ar e a agência eventualmente advertida. Das 18 denúncias de machismo em propaganda recebidas em 2014 (pesquisadas pela Pública no site do Conselho), 17 foram arquivadas, e apenas uma, da cerveja Conti, que dizia em sua página do Facebook “tenho medo de ir no bar pedir uma rodada e o garçom trazer minha ex” terminou com um pedido de suspensão e advertência da agência que realizou a campanha. (mais…)

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Panelaço: não existe contradição alguma

Por Thaisa Burani, Boitempo

Deixemos de lado, por alguns instantes, o golpismo orquestrado pela mídia que há por trás do panelaço ocorrido ontem em diversas capitais do país durante o discurso da presidenta Dilma Rousseff. Tampouco tentemos defender o discurso conservador da presidenta e sua desesperada insistência em se aliar ao setor privado e às classes políticas que só querem ver o que resta do Partido dos Trabalhadores bem morto e enterrado.

O que se viu ontem deve ser visto também (quiçá, sobretudo) como uma aula prática e bastante didática sobre o machismo da nossa sociedade. (mais…)

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