Política nacional para saúde da população negra traz avanços, porém precisa ser mais divulgada

Por Emídia Felipe  Portal Nordeste de Determinantes Sociais em Saúde, vinculado a Fiocruz

Há seis anos, a questão racial tem recebido mais atenção quando se fala em saúde. Desde 2009, quando o Ministério da Saúde começou a implementar a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra(PNSIPN), diversos avanços foram alcançados, como campanhas focadas nos profissionais e coleta de dados específicos. No entanto, para representantes de movimentos sociais e pesquisadores, é preciso maior divulgação e consistência nas ações para que o preconceito pare de afetar o atendimento e o tratamento de pacientes.

Com gestão compartilhada entre os municípios e os governos Federal e Estadual, a PNSIPN tem como meta principal o esforço para “reverter as desigualdades étnico-raciais e o racismo institucional que funcionam como determinantes sociais das condições de saúde dessa população”, como esclarece o Ministério da Saúde (MS).“O Ministério da Saúde compreende que o racismo esta presente na sociedade brasileira como um todo e, por tanto também está presente no SUS. Sendo o racismo institucional diretamente ligado à forma como a sociedade está estruturada e com a falta de reconhecimento da cidadania plena da população negra, impedindo-a de acessar integralmente bens e serviços, sendo que essa realidade também se expressa na saúde” diz a coordenadora do Departamento de Apoio à Gestão Participativa (Dagep), do MS, Kátia Souto. (mais…)

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Consulta Pública de Protocolo de Atenção Básica para Saúde das Mulheres

por Blogger no População Negra e Saúde

O Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde está recebendo contribuições para o Protocolo de Atenção Básica para Saúde das Mulheres no âmbito do Sistema Único de Saúde. O texto submetido à consulta pública está disponível neste endereço.

As sugestões e considerações podem ser encaminhadas até o dia 12 de setembro de 2015, pelo e-mail dab.protocolos@saude.gov.br, com especificação do número da consulta pública (01/2015) e do título da seção do documento sobre a qual está sugerindo a mudança (por ex., Capítulo 5 – Prevenção do câncer de mama). (mais…)

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Povo Maxakalí pede socorro em Minas Gerais

Redação Yandê

Os Maxakali vivem em três municípios no nordeste de Minas Gerais, eles tem sido vítima de agressões, preconceitos, descaso, golpes e assassinatos. Comerciantes tem aplicado golpes em indígenas, além dos vários outros problemas que a população indígena vem enfrentado.

Em janeiro, mais de 90 casos de diarreia aguda, crianças das aldeias Pradinho e Água Boa, no município de Bertópolis, foram internadas em hospitais. Oito crianças morreram ano passado, das Aldeias Água Boa (Santa Helena de Minas) e Pradinho (Bertópolis). (mais…)

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Tratamento público para vítimas de escalpelamento deve ser garantido por lei

Ana Clara Jovino, Adital

O Projeto de Lei que obriga o Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil a fornecer tratamento imediato às vítimas de escalpelamento foi aprovado pela Comissão de Seguridade Social e Família. Este tratamento deve incluir acompanhamento psicológico e cirurgia reparadora. Os casos de escalpelamento não são raros na região Norte do país, onde um dos meios de transporte mais comuns são barcos de rios, colocando em risco principalmente mulheres, que podem facilmente enroscar os cabelos nos motores e terem seus couros cabeludos arrancados bruscamente. (mais…)

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Vamos continuar lutando e defendendo nosso direito e os direitos dos nossos filhos, netos e bisnetos até morrer!

Cimi Regional Goiás/Tocantins

Esse foi o lema e compromisso das mulheres indígenas dos povos indígenas Apinajé, Karajá de Xambioá, Krahô, Xerente e Tapuia, que estiveram reunidas para aprofundar, discutir e fortalecer a luta na defesa dos seus direitos e territórios. Foram intensos os três dias de encontro, na aldeia Mrãiwhahâ na terra indígena Xerente, onde com muita dor e indignação partilharam a precariedade das políticas públicas, principalmente na questão da saúde indígena. Sofrimento que será ainda maior se aprovada a criação do Instituto Nacional de Saúde Indígena (INSI), representando a terceirização da saúde indígena, proposta que as mulheres indígenas rejeitam contundentemente. (mais…)

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Índios isolados saem da aldeia sem resistência para doenças comuns

Vídeos obtidos pelo EL PAÍS mostram parte do grupo que deixou o isolamento em 2014

Por Talita Bedinelli, de Santa Rosa do Purus (AC), em El País

Há um ano, um vídeo que mostrava sete homens quase nus, com cabelos cortados à tigelinha e que tentavam uma aproximação com índios ashaninka em uma terra indígena do Acre, na fronteira do Peru com o Brasil, causava alvoroço no país. Eles faziam parte da etnia Sapanahua, que até aquele momento tinha escolhido viver de forma isolada, no meio da floresta, mas procurava ajuda para fugir de pistoleiros peruanos que atacaram seu povo.

Desde aquela primeira aparição, em 27 de junho de 2014, quase 30 índios da etnia decidiram deixar o isolamento. Entre eles, mulheres e ao menos seis crianças. Neste período, um bebê nasceu. E todos pegaram gripe, doença para a qual não têm imunidade. (mais…)

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Indígenas fazem manifestação contra mudança de gestão na Sesai

Mariana Rodrigues, Campo Grande News

Um grupo de lideranças indígenas se reuniu hoje em frente a Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), em Campo Grande, para reivindicar a permanência de Hilário da Silva, atual coordenador distrital da secretaria. Cerca de 130 indígenas participam da manifestação contra a mudança de gestão, que se concentraram na sede da Sesai e seguiram até o gabinete do senador Delcídio do Amaral (PT).

Hilário foi nomeado no ano passado, após reivindicação dos próprios indígenas do Estado solicitarem um índio para conduzir a Sesai, pois alegavam que não queriam um “branco” no comando. O atual coordenador é Kadiwéu da região de Porto Murtinho e completou um ano à frente da gestão. Na época, a sede da Secretaria chegou a ser alvo de vários protestos. (mais…)

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MPF consegue decisão judicial que determina reforma da Casai Cuiabá

A Casai é a casa de apoio aos índios que vêm a Cuiabá para atendimento médico pelo Sistema Único de Saúde

MPF/MT

A Casa de Saúde Indígena (Casai) de Cuiabá deverá ser reformada e ter sua estrutura física adequada para receber, alojar e alimentar pacientes indígenas e acompanhantes enquanto permanecem em Cuiabá para tratamento de saúde pelo SUS. Isso é o que determina a sentença da Justiça Federal atendendo ao pedido feito pelo Ministério Público Federal em Mato Grosso, em dezembro de 2012, por meio de uma ação civil pública.

A ação teve como base inspeções realizadas pelo Ministério Público Federal, pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), de Medicina (CRM) e de Enfermagem (Coren), Vigilância Sanitária do município, além de relatos de lideranças indígenas sobre diversos problemas estruturais que prejudicam a qualidade dos serviços de saúde oferecidos aos indígenas pela Casai. (mais…)

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Mais de 60 mil pessoas morreram no maior manicômio do Brasil

Por Manuela Castro, da TV Brasil

Ao longo do século passado, a única solução para pessoas com transtornos mentais era o isolamento em manicômios. O maior do Brasil foi o Colônia, que começou a funcionar em 1903, em Barbacena (MG). Lá, pelo menos 60 mil pessoas perderam a vida numa trajetória de quase um século de desrespeitos aos direitos humanos.

Hiram Firmino foi um dos poucos jornalistas a entrar no hospício, no fim da década de 1970. Ele escreveu diversas matérias com denúncias sobre os horrores que viu no Colônia. “Mulher é um símbolo de beleza. Para mim, foi chocante ver as mulheres do hospício no chão, sujas, igual bicho, quase todas nuas, no meio de fezes, urina, rato, dormindo em capim. Agora ver as crianças no mesmo estado, com um pneu velho o dia inteiro, que era a única coisa que tinham para brincar, foi ainda pior”, desabafa o jornalista. (mais…)

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Entrevista Especial Adital: Médicos enfrentam setor privado e lançam contraofensiva pela saúde pública

Por Marcela Belchior, na Adital

Numa conjuntura nacional imersa numa ofensiva conservadora que tenta, por várias frentes, enfraquecer a Saúde pública e gratuita no Brasil e impor o interesse privado dos planos de saúde e outros mercados, uma iniciativa acaba de chegar para se somar à luta pela garantia do acesso médico a toda a população: a Rede Nacional de Médicos e Médicas Populares. Nascida para se contrapor ao setor elitista da categoria médica, que pretende restringir o acesso à saúde a uma minoria, a entidade propõe ao debate público o retorno da natureza solidária dos profissionais da Medicina e o fortalecimento das políticas públicas do Estado para que todas e todos tenham acesso à saúde.

Para discutir o assunto, a Adital entrevistou Augusto Cezar, médico da família e integrante da Rede. Ele explica que uma das principais causas desse esforço coletivo é o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), que vem sendo continuamente ameaçado pelo setor privado, sobretudo pelos planos de saúde, que se utilizam do poder do capital para orientar a atuação de parlamentares em nome da ampliação do mercado e o consequente enfraquecimento das políticas públicas do Estado na saúde. (mais…)

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