Mészáros: A disputa pelo Estado

No contexto do lançamento de seu novo livro, A montanha que devemos conquistar: reflexões acerca do Estado, o filósofo marxista húngaro István Mészáros concedeu uma longa entrevista a Leonardo Cazes para o jornal O Globo, em que discutia alguns aspectos centrais da obra, como sua concepção de Estado, de democracia e da crise estrutural do capital, à luz de alguns dos protestos e mobilizações políticas que vêm se alastrando mundo afora. O resultado foi publicado parcialmente em fevereiro deste ano na matéria “Filósofo István Mészáros analisa ascenção de novos partidos na Europa como Syriza e Podemos. O material completo, contudo, supera em mais de três vezes o espaço disponibilizado pelo jornal. A pedido do autor, o Blog da Boitempo publica agora a versão integral da entrevista, enviada a nós diretamente pelo jornalista e revisada pelo tradutor Nélio Schneider. Também a pedido de Mészáros, a entrevista deve se somar ao apêndice das próximas edições ampliadas de A montanha que devemos conquistar: reflexões acerca do Estado. Confira aqui a versão em inglês da entrevista, e abaixo a versão em português: (mais…)

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Movimentos promovem ações para “descomemorar” aniversário da TV Globo

Na semana do dia 26 de abril, uma série de atos e de debates por todo o país irão questionar o papel da empresa na história política do Brasil

Brasil de Fato, via MST

O aniversário de 50 anos da Rede Globo será “descomemorado” por movimentos sociais, sindicatos, coletivos de juventude e mídia alternativa. Na semana do dia 26 de abril, uma série de atos e debates por todo o país irão questionar o papel da empresa na história política do Brasil, as suspeitas de sonegação de seus impostos e a barreira que ela impõe para a democratização da comunicação. (mais…)

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Chomsky: a América Latina viveu uma mudança significativa, de importância histórica

A última edição do Le Monde Diplomatique de Espanha publica uma longa entrevista com Noam Chomsky, feita em Buenos Aires por Ignacio Ramonet. Dada a sua extensão, o Esquerda.net publica-a em partes, sendo esta primeira sobre as mudanças na América Latina e as relações dos EUA com a Venezuela e Cuba. O título original de toda a entrevista é: “Contra o império da vigilância”.

Por Ignacio Ramonet, em Esquerda.net

Em Buenos Aires (Argentina), de 12 a 14 de março passado, organizado pelo Ministério da Cultura e pelo Secretário de Coordenação Estratégica do Pensamento Nacional, Ricardo Forster, teve lugar um importante Fórum Internacional pela Emancipação e a Igualdade, que reuniu personalidades de grande prestígio vindas dos Estados Unidos, da América Latina e da Europa. Tratava-se de refletir sobre o momento que se está a viver não só na América Latina como também nalguns países da Europa, onde novas organizações políticas (Syriza, Podemos), que conhecem bem os avanços progressistas realizados na América Latina, estão a tentar mudar as coisas e contribuir com soluções de inclusão social e de rejeição das políticas “austeritárias”1. (mais…)

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A revolução será costurada: arpilleras

Como as arpilleras, movimento iniciado nos anos 1970 por um grupo de bordadeiras chilenas, vieram até o Brasil para se transformar no grito de resistência das mulheres contra a violência

Por Renata Penzani, na Revista da Cultura

“Lucía, Lucía, a panela está vazia.” Essas palavras, transformadas em estribilho, podiam ser ouvidas em quase todos os protestos contra o governo de Pinochet, no Chile dos anos 1970-1980. Lucía, a mulher do ditador, era invocada por minorias sociais afetadas pela pobreza, fome e violência decorrentes do regime ditatorial. Este é apenas um dos fragmentos de história retratados nas chamadas “arpilleras”, uma técnica de bordado sobre sacos de farinha ou batata que por muitos anos foi as mãos e os braços das mulheres na luta contra a realidade política do Chile. Narrando a história de suas famílias e comunidades com agulhas e retalhos de tecido, as arpilleristas recriaram a tarefa de repensar a sociedade. (mais…)

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Amazônia é tratada como almoxarifado, diz Egydio Schwade, estudioso e militante da causa indígena

Para entrevistado Egydio Schwade, a democracia não funciona na Amazônia e essa afirmação exige pensar profundamente sobre as realidades da região

Ivânia Vieria, A Crítica

A democracia na Amazônia não funciona. E o que funciona é às avessas do que pressupõe uma democracia, afirma o missionário, estudioso e militante da causa indígena, Egydio Schwade, 79, segundo entrevistado na série Amazônia e Democracia, que reúne reflexões a respeito do legado amazônico da redemocratização do País que este ano completa 30 anos. (mais…)

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Carta de Salvador: Manifesto da Associação Juízes para a Democracia

Os membros da Associação Juízes para a Democracia, reunidos na Universidade Católica de Salvador, em Encontro Nacional ocorrido nos dias 6 e 7 de março de 2015, tendo, no decorrer do evento, ouvido relatos de ativistas que sofreram prisões ilegais e torturas quando da luta contra a ditadura civil-militar pós-1964; relatos de atuais lideranças de movimentos populares no sentido de sofrerem violências semelhantes, em pleno século XXI, quando da luta por moradia, trabalho digno, reforma agrária e demarcação de terras, vêm a público dizer que: (mais…)

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Brumas e Incertezas no futuro do país, por Cândido Grzybowski

Por Cândido Grzybowski, no Canal Ibase

O momento é difícil e há muita confusão no ar. Os sinais de crise não vê quem não quer ou porque as crises do “povão” não lhe dizem respeito, [ou porque] ocupa outro lugar onde as mazelas do cotidiano não chegam. Não adianta negar, os preços do dia a dia, aqueles do viver enfim, estão loucos. Os produtos e serviços, mesmo os mais fundamentais como alimentação, energia, escola, pequenos consertos de água e luz, descarrilaram. Nem falo daqueles ligados à imagem e à autoestima – cabelo, massagem, academia, roupas gostosas, etc – que podem ser adiados, mas afetam identidade e satisfação pessoal – que estão disparando sem controle. E o fantasma do desemprego e da perda da renda mensal? Até parece que resolveu encarnar e está aí pegando gente na esquina, muita gente. Já fazia tempo que o país não estava em tal enrascada. O que fazer? (mais…)

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Mobilização da sociedade é o antídoto contra graves e iminentes retrocessos, por Maurício Guetta

Em artigo, o advogado e assessor de Política e Direito Socioambiental do ISA, Maurício Guetta, lista algumas das principais ameaças aos direitos socioambientais do cenário político brasileiro e mobilizações importantes em defesa desses direitos

Por Maurício Guetta, no ISA

O cenário político desenhado para os próximos anos não deixa dúvida: viveremos, daqui por diante, cada vez mais graves ameaças de retrocessos em praticamente todos os temas relacionados aos direitos humanos, com especial destaque aos direitos socioambientais. (mais…)

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Os desafios da revolução bolivariana

Por Elaine Tavares, Palavras Insurgentes

No mês de janeiro a Venezuela viveu o ápice da crise do desabastecimento. Muitas filas, produtos faltando nas prateleiras e grupos golpistas atuando a todo vapor. Na mídia comercial, o ataque é sistemático. Televisão, jornal, rádio, vociferam dioturnamente contra o governo, como se o país nunca em sua vida tivesse passado por algo semelhante. Crises de desabastecimento são frequentes, inclusive nos governos anteriores, porque a Venezuela sempre foi refém do petróleo. A diferença é que, no passado, quando vinha a escassez, os mais pobres ficavam a ver navios e tinham de se virar sozinhos. Hoje, os mais pobres são a preocupação primeira do governo. Tanto que todos os esforços foram realizados no sentido de abastecer os mercados populares. “Antes do governo bolivariano, não havia uma rede estatal de distribuição. Tudo estava na mão privada. Depois de Chávez, o estado foi criando uma rede, que ainda não é suficiente, mas já consegue dar combate em situações como a que vivemos agora”, diz o professor de economia Luis Salas, da Universidade Bolivariana. Hoje, a distribuição estatal de alimentos consegue abarcar 30% do setor e essa porcentagem cobre 70% da população. (mais…)

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