Índio assassinado é enterrado a poucos metros da área ocupada pela sede da fazenda Fronteira

Por Suki Ozaki

Nossa equipe esteve ontem em Antônio João, na Fronteira com Paraguai, para cobrir o enterro do indígena SiMEÃO, 22 anos, que foi assassinado com um tiro no rosto no sábado. Constatamos o clima tenso, dentro das áreas de conflito, com uma espécie de “calmaria” antes que tudo possa ir pelos ares a qualquer momento. Boatos e mentiras circulam a rodo. Não tivemos nenhuma dificuldade para fazer matéria com os guaranis caiuás, mas os fazendeiros não quiseram falar com nossa equipe. No pequeno vilarejo de Campestre a vida seguia seu curso, as pessoas tomavam tereré em seus quintais e não queriam muita conversa. Entre boatos e mentiras, seguem os fatos.

 

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MPF ajuíza ação para acelerar demarcação de terra indígena no extremo sul da Bahia

A ação pede que a Funai e a União concluam o procedimento demarcatório da Terra Indígena Comexatibá em 180 dias

MPF BA

O Ministério Público Federal (MPF) em Teixeira de Freitas/BA ingressou com ação civil pública contra a Fundação Nacional do Índio (Funai) e a União para garantir a conclusão do procedimento administrativo de demarcação da Terra Indígena Comexatibá, situada no Município de Prado, a 794 km da capital baiana.

A ação é baseada no Relatório Circunstanciado de Delimitação e Identificação da terra indígena, elaborado pela Funai e publicado no dia 27/07/2015, que reconheceu em favor de índios da etnia Pataxó a tradicionalidade da ocupação de uma área de mais de 28 mil hectares na região. (mais…)

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Indígenas Guarani e Kaiowá peticionam no STF pedido para que ministros destravem homologação de Ñanderú Marangatú

Por Patrícia Bonilha e Renato Santana, Assessoria de Comunicação – Cimi

Lideranças da Aty Guasu, principal organização política Guarani e Kaiowá, protocolaram no Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde desta terça-feira, 1, uma petição solicitando o fim da suspensão dos efeitos do decreto de homologação da Terra Indígena Ñanderú Marangatú, há uma década aguardando o julgamento da Corte.

A petição foi encaminhada ao ministro Gilmar Mendes, atual relator do processo, durante protesto na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, pelo assassinato de Semião Vilhalva Guarani e Kaiowá. O indígena levou três tiros durante ataque de cerca de 100 fazendeiros, no último sábado, liderados pela presidente do Sindicato Rural de Antônio João, Roseli Maria Ruiz. (mais…)

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O INCRA vai ficar algemado, também, pela bancada do boi?, por Jacques Távora Alfonsin

IHU On-Line

“Se pela lei de proteção aos animais o boi tem o direito de ser defendido contra maus tratos, não seria demais esperar-se da bancada representativa da economia nele sustentada no Congresso Nacional – já que o seu poder se mostra tão superior ao do Estado – dedicasse às/aos trabalhadoras/es mantidas/os em regime de escravidão, senão superior, o mesmo cuidado com que se dedica aos seus animais”, escreve Jacques Távora Alfonsin, procurador aposentado do estado do Rio Grande do Sul e membro da ONG Acesso, Cidadania e Direitos Humanos.

Eis o artigo.

Se ainda pudesse sobreviver alguma dúvida sobre o poder da bancada congressual do boi frente ao Poder Executivo da União, ela se dissipa totalmente, com uma notícia recente da Agência Globo, publicada no dia 28 deste agosto: (mais…)

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Indígenas convocam entrevista coletiva hoje em Brasília para denunciar assassinato em Ñanderú Marangatú (MS)

No Cimi

Brasília – Cerca de 70 professores e lideranças indígenas de seis povos (Guarani-kaiowá, Terena, Munduruku, Baré, kambeba e Baniwa) realizam na tarde de hoje, 1º setembro, atos em protesto ao assassinato de mais um líder Guarani-Kaiowá, Semião Vilhalva, de 24 anos. Ele foi alvejado durante um ataque armado realizado por cerca de cem fazendeiros e jagunços, acompanhados de políticos da região, ao acampamento indígena no último sábado, dia 29, no município de Antônio João, no Mato Grosso do Sul. Outros indígenas, incluindo crianças de colo, foram atingidos por balas de borracha. A área em disputa, Ñanderu Marangatú, é reconhecida e foi homologada como terra tradicional indígena desde 2005 pelo próprio Estado brasileiro. Em meio aos atos, que serão realizados em frente a órgãos públicos considerados responsáveis pela situação de abandono a que os povos indígenas estão relegados, será realizada uma entrevista coletiva às 15h30, no gramado lateral do Supremo Tribunal Federal (STF). (mais…)

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Cese manifesta indignação por assassinato de Semião Guarani e Kaiowá

“Ai de vós, que juntais casa a casa e que acrescentais campo a campo, até que não hajas mais lugar e sejais os únicos donos da terra” (Isaías 5,8)

A Coordenadoria Ecumênica de Serviço (Cese) manifesta sua indignação com mais uma morte de um indígena Guarani Kaiowá no Mato Grosso do Sul. Desta vez, a vítima foi Semião Vilhalva, morto neste sábado, 29 de agosto, com um tiro na cabeça, no tekoha Ñanderu Marangatu, no município de Antônio João. (mais…)

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Anistia Internacional repudia assassinato de líder indígena no Mato Grosso do Sul e pede urgência na investigação

Anistia Internacional

A Anistia Internacional manifesta sua preocupação com o agravamento da violência contra o povo Guarani-Kaiowá no Mato Grosso do Sul. No dia 29 de agosto de 2015, um ataque às terras Ñanderú Marangatú no município de Antonio João, deixou mulheres e crianças feridas e o indígena Simião Vilhalva morto.

Ñanderú Marangatú é uma terra indígena tradicional Guarani e Kaiowá demarcada e homologada desde 2005. Entretanto, a suspensão dos efeitos da homologação, seguido por uma ordem de despejo, retirou os indígenas de suas terras. Cerca de 10 anos após a decisão, os indígenas decidiram retomar suas terras ocupadas por fazendeiros locais há uma semana. (mais…)

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Nota pública de Aty Guasu do Grande Povo Guarani e Kaiowá a todas as sociedades

Aty Guasu

É essencial se compreender que a última Terra Indígena Guarani e Kaiowa regularizada foi em 1928, essa terra foi demarcada pelo Serviço de Proteção aos Índios (SPI) em 1915.

Em primeiro lugar, o governo e a justiça federal deveria fazer demarcação das terras indígenas e julgamento e punição aos fazendeiros assassinos indígenas. Sem punição aos fazendeiros assassinos e mandantes de extermínio indígenas não vai parar as ações de extermínio/genocídio em andamento no Mato Grosso do Sul incitados pelos políticos anti-indígenas. Não existe nenhum fazendeiro assassino julgado e punido pela justiça do Brasil. (mais…)

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Pimenta organiza missão para visitar MT Sul onde guarani-kaiowá Semião Vilhalva foi assassinado

Por Marilu Cabañas, na RBA – Rede Brasil Atual

A insuficiência de ações do Poder Executivo e a suspensão da homologação, concedida pelo governo Lula em 2005, do tekohá Ñanderú Marangatu, pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, criaram o ambiente de instabilidade no município de Antônio João, Mato Grosso do Sul. Essa é a opinião do deputado Paulo Pimenta (PT-RS), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, que neste ano já foi três vezes às aldeias desse estado. O parlamentar está organizando uma missão, com autoridades e representantes de entidades, para visitar ainda nesta semana, o local onde ocorreu o ataque de grupos paramilitares, ligados a fazendeiros, que resultou no assassinato, no último domingo, do indígena Semião Vilhalva, de 24 anos. (mais…)

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Quem incentivar ‘ódio’ entre ruralistas e índios pode parar na justiça, alerta Governo

Governo quer identificar quem estimula conflito entre fazendeiros e índios

Por Mayara Bueno, em Midiamax

O governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), quer identificar pessoas que estimulam os conflitos entre indígenas e fazendeiros em Mato Grosso do Sul. Nesta segunda-feira (31), Reinaldo se reuniu com o Exército e a Polícia Federal, para discutir estrategias de atuação na região de Antonio João.

Para ele, há pessoas que acirram os ânimos entre os dois lados. No sábado (29), o conflito resultou na morte do indígena Semião Fernandes Vilhalva, de 24 anos. Segundo relatos, ele estava bebendo água em um córrego que passa por uma das propriedas ocupadas e foi atingido pelos tiros na cabeça. De acordo com a PM (Polícia Militar), os disparos teriam partido de um revólver calibre 22. (mais…)

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